Manobra de compressão torácica expiratória em adultos ventilados mecanicamente: revisão sistemática com metanálise
RESUMO Objetivo: Revisar na literatura os efeitos da manobra de compressão torácica expiratória sobre a mecânica ventilatória, a desobstrução brônquica, e os índices de oxigenação e hemodinâmica de pacientes adultos ventilados mecanicamente. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados nas bases de dados MEDLINE (via PubMed), EMBASE, Cochrane CENTRAL, PEDro e LILACS. Foram incluídos estudos com pacientes adultos, internados em unidades de terapia intensiva, ventilados mecanicamente, que comparavam os efeitos da manobra de compressão torácica expiratória com grupo controle (sem manobra de compressão torácica expiratória) e que avaliaram os seguintes desfechos: complacência estática e dinâmica, volume de secreção depurado, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, pressão arterial média, frequência cardíaca, saturação periférica de oxigênio e relação entre pressão arterial de oxigênio e fração inspirada de oxigênio. Foram excluídos estudos experimentais com animais e estudos com dados incompletos. Resultados: A estratégia de busca resultou em 5.816 estudos, sendo incluídos apenas três estudos randomizados com crossover, totalizando 93 pacientes. No desfecho de frequência cardíaca, observou-se redução a favor da manobra de compressão torácica expiratória, comparada com o grupo controle [-2,81bpm (IC95%: -4,73 a 0,89; I2: 0%)]. Na complacência dinâmica, não foi observada diferença significativa entre os grupos [-0,58mL/cmH2O (IC95%: -2,98 a 1,82; I2: 1%)]. Nas variáveis, pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica após avaliação descritiva, foram encontradas diferenças significativas, entretanto, para variáveis volume de secreção, complacência estática, relação pressão arterial de oxigênio por fração inspirada de oxigênio e saturação periférica de oxigênio, não foram encontradas diferenças entre os grupos. Conclusão: Faltam evidências que sustentem o uso da manobra de compressão torácica expiratória na rotina assistencial, pois a literatura sobre o tema é de baixa qualidade metodológica e inconclusiva.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
2017
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oai:scielo:S0103-507X20170001000962017-04-17Manobra de compressão torácica expiratória em adultos ventilados mecanicamente: revisão sistemática com metanáliseBorges,Lúcia FariaSaraiva,Mateus SassoSaraiva,Marcos Ariel SassoMacagnan,Fabrício EdlerKessler,Adriana Modalidades de fisioterapia Terapia respiratória Depuração mucociliar Cuidados críticos RESUMO Objetivo: Revisar na literatura os efeitos da manobra de compressão torácica expiratória sobre a mecânica ventilatória, a desobstrução brônquica, e os índices de oxigenação e hemodinâmica de pacientes adultos ventilados mecanicamente. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados nas bases de dados MEDLINE (via PubMed), EMBASE, Cochrane CENTRAL, PEDro e LILACS. Foram incluídos estudos com pacientes adultos, internados em unidades de terapia intensiva, ventilados mecanicamente, que comparavam os efeitos da manobra de compressão torácica expiratória com grupo controle (sem manobra de compressão torácica expiratória) e que avaliaram os seguintes desfechos: complacência estática e dinâmica, volume de secreção depurado, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, pressão arterial média, frequência cardíaca, saturação periférica de oxigênio e relação entre pressão arterial de oxigênio e fração inspirada de oxigênio. Foram excluídos estudos experimentais com animais e estudos com dados incompletos. Resultados: A estratégia de busca resultou em 5.816 estudos, sendo incluídos apenas três estudos randomizados com crossover, totalizando 93 pacientes. No desfecho de frequência cardíaca, observou-se redução a favor da manobra de compressão torácica expiratória, comparada com o grupo controle [-2,81bpm (IC95%: -4,73 a 0,89; I2: 0%)]. Na complacência dinâmica, não foi observada diferença significativa entre os grupos [-0,58mL/cmH2O (IC95%: -2,98 a 1,82; I2: 1%)]. Nas variáveis, pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica após avaliação descritiva, foram encontradas diferenças significativas, entretanto, para variáveis volume de secreção, complacência estática, relação pressão arterial de oxigênio por fração inspirada de oxigênio e saturação periférica de oxigênio, não foram encontradas diferenças entre os grupos. Conclusão: Faltam evidências que sustentem o uso da manobra de compressão torácica expiratória na rotina assistencial, pois a literatura sobre o tema é de baixa qualidade metodológica e inconclusiva.info:eu-repo/semantics/openAccessAssociação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIBRevista Brasileira de Terapia Intensiva v.29 n.1 20172017-03-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2017000100096pt10.5935/0103-507x.20170014 |
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