Capitalismo: civilização e poder

No presente artigo, o capitalismo é examinado historicamente como civilização e como poder. Como primeira civilização mundial da história, o capitalismo é considerado desde o seu surgimento, no final da Idade Média, como fator de desagregação da civilização indo-europeia, não só quanto à mentalidade coletiva predominante, mas também quanto às instituições sociais. No tocante ao poder social do capitalismo, o artigo procura mostrar como a burguesia mercantil, inserindo-se na sociedade feudal, acabou por sobrepor-se aos estamentos nela dominantes: o eclesiástico e o aristocrático-militar. Embora originado fora do mundo jurídico, como poder puramente privado, o capitalismo manifestou, desde o início da Modernidade, sua vocação hegemônica, superpondo-se em pouco tempo aos poderes públicos tradicionais. O poder capitalista, para subsistir, exige a contínua concentração de capital e uma expansão geográfica sem limites. Sua força ideológica, na atual sociedade de massas, funda-se na apropriação dos modernos meios de comunicação social. O exercício desse poder mundial, nos últimos séculos, provocou a maior disrupção social que a história jamais conheceu.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Comparato,Fábio Konder
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo 2011
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142011000200020
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S0103-40142011000200020
record_format ojs
spelling oai:scielo:S0103-401420110002000202014-07-21Capitalismo: civilização e poderComparato,Fábio Konder Capitalismo Civilização Poder Mentalidade Instituições sociais No presente artigo, o capitalismo é examinado historicamente como civilização e como poder. Como primeira civilização mundial da história, o capitalismo é considerado desde o seu surgimento, no final da Idade Média, como fator de desagregação da civilização indo-europeia, não só quanto à mentalidade coletiva predominante, mas também quanto às instituições sociais. No tocante ao poder social do capitalismo, o artigo procura mostrar como a burguesia mercantil, inserindo-se na sociedade feudal, acabou por sobrepor-se aos estamentos nela dominantes: o eclesiástico e o aristocrático-militar. Embora originado fora do mundo jurídico, como poder puramente privado, o capitalismo manifestou, desde o início da Modernidade, sua vocação hegemônica, superpondo-se em pouco tempo aos poderes públicos tradicionais. O poder capitalista, para subsistir, exige a contínua concentração de capital e uma expansão geográfica sem limites. Sua força ideológica, na atual sociedade de massas, funda-se na apropriação dos modernos meios de comunicação social. O exercício desse poder mundial, nos últimos séculos, provocou a maior disrupção social que a história jamais conheceu.info:eu-repo/semantics/openAccessInstituto de Estudos Avançados da Universidade de São PauloEstudos Avançados v.25 n.72 20112011-08-01info:eu-repo/semantics/reviewtext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142011000200020pt10.1590/S0103-40142011000200020
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Comparato,Fábio Konder
spellingShingle Comparato,Fábio Konder
Capitalismo: civilização e poder
author_facet Comparato,Fábio Konder
author_sort Comparato,Fábio Konder
title Capitalismo: civilização e poder
title_short Capitalismo: civilização e poder
title_full Capitalismo: civilização e poder
title_fullStr Capitalismo: civilização e poder
title_full_unstemmed Capitalismo: civilização e poder
title_sort capitalismo: civilização e poder
description No presente artigo, o capitalismo é examinado historicamente como civilização e como poder. Como primeira civilização mundial da história, o capitalismo é considerado desde o seu surgimento, no final da Idade Média, como fator de desagregação da civilização indo-europeia, não só quanto à mentalidade coletiva predominante, mas também quanto às instituições sociais. No tocante ao poder social do capitalismo, o artigo procura mostrar como a burguesia mercantil, inserindo-se na sociedade feudal, acabou por sobrepor-se aos estamentos nela dominantes: o eclesiástico e o aristocrático-militar. Embora originado fora do mundo jurídico, como poder puramente privado, o capitalismo manifestou, desde o início da Modernidade, sua vocação hegemônica, superpondo-se em pouco tempo aos poderes públicos tradicionais. O poder capitalista, para subsistir, exige a contínua concentração de capital e uma expansão geográfica sem limites. Sua força ideológica, na atual sociedade de massas, funda-se na apropriação dos modernos meios de comunicação social. O exercício desse poder mundial, nos últimos séculos, provocou a maior disrupção social que a história jamais conheceu.
publisher Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo
publishDate 2011
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142011000200020
work_keys_str_mv AT comparatofabiokonder capitalismocivilizacaoepoder
_version_ 1756402871514955776