Estudo comparativo da perceção de resiliência por pais e crianças/adolescentes
Resumo Objetivo Caracterizar a auto-perceção de resiliência das crianças e adolescentes; analisar as diferenças na perceção dos pais e sua relação com algumas variáveis de contexto sociodemográfico. Métodos Estudo transversal realizado no âmbito do Projeto MaiSaúdeMental, numa amostra não probabilística de conveniência de 567 crianças e adolescentes, 50,6% do sexo feminino, idade entre 9-17 anos (média= 12,40; Dp= 1,59 anos) de escolas do ensino básico da região centro de Portugal e 592 pais (média idade= 40,43 anos; Dp= 2,58 anos). Utilizou-se um questionário de caracterização sociodemográfica e a subescala Internal Assets do Healthy Kids Resilience Assessment Module (versão 6.0), adaptada à população Portuguesa por Martins (2005), composta por 18 itens e seis dimensões. Resultados Das crianças / adolescentes 78,8% moravam com os pais. Dos progenitores a maioria tinha entre 40 e 41 anos. A resiliência foi classificada como moderada por 47,8%, das crianças / adolescentes, numa distribuição idêntica pelos pais. O test-t mostrou que as crianças têm uma auto-percepção mais positiva de resiliência, face à percepção dos pais, com diferenças significativas em todas as dimensões (p <0,000). Os pais mais jovens têm uma perceção mais positiva da resiliência dos filhos, mas apenas significativa na empatia (p = 0,036) e resolução de problemas (p = 0,001). A resiliência diminuiu significativamente com o aumento da idade e escolaridade e foi mais elevada em crianças que vivem com os pais. Conclusão Os resultados do estudo evidenciam diferenças entre a perceção de resiliência nas crianças e pais, sendo esta influenciada por características sociodemográficas.
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Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo
2020
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oai:scielo:S0103-210020200001004002020-08-31Estudo comparativo da perceção de resiliência por pais e crianças/adolescentesAparício,GraçaFerreira,ManuelaDuarte,JoãoSilva,ErnestinaCunha,MadalenaBica,IsabelAlbuquerque,CarlosCabral,Lídia Crianças Adolescentes Pais Resiliência psicológica Percepção Resumo Objetivo Caracterizar a auto-perceção de resiliência das crianças e adolescentes; analisar as diferenças na perceção dos pais e sua relação com algumas variáveis de contexto sociodemográfico. Métodos Estudo transversal realizado no âmbito do Projeto MaiSaúdeMental, numa amostra não probabilística de conveniência de 567 crianças e adolescentes, 50,6% do sexo feminino, idade entre 9-17 anos (média= 12,40; Dp= 1,59 anos) de escolas do ensino básico da região centro de Portugal e 592 pais (média idade= 40,43 anos; Dp= 2,58 anos). Utilizou-se um questionário de caracterização sociodemográfica e a subescala Internal Assets do Healthy Kids Resilience Assessment Module (versão 6.0), adaptada à população Portuguesa por Martins (2005), composta por 18 itens e seis dimensões. Resultados Das crianças / adolescentes 78,8% moravam com os pais. Dos progenitores a maioria tinha entre 40 e 41 anos. A resiliência foi classificada como moderada por 47,8%, das crianças / adolescentes, numa distribuição idêntica pelos pais. O test-t mostrou que as crianças têm uma auto-percepção mais positiva de resiliência, face à percepção dos pais, com diferenças significativas em todas as dimensões (p <0,000). Os pais mais jovens têm uma perceção mais positiva da resiliência dos filhos, mas apenas significativa na empatia (p = 0,036) e resolução de problemas (p = 0,001). A resiliência diminuiu significativamente com o aumento da idade e escolaridade e foi mais elevada em crianças que vivem com os pais. Conclusão Os resultados do estudo evidenciam diferenças entre a perceção de resiliência nas crianças e pais, sendo esta influenciada por características sociodemográficas.info:eu-repo/semantics/openAccessEscola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São PauloActa Paulista de Enfermagem v.33 20202020-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002020000100400pt10.37689/acta-ape/2020ao0178 |
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