Preconceito de marca etnografia e relações raciais

Este artigo analisa a noção de preconceito de marca proposta por Oracy Nogueira para a compreensão do racismo brasileiro. É, ao mesmo tempo uma forma de classificação social baseada na aparência racial e uma forma de discriminação na qual o sistema social pretere a população de cor, ao invés de excluí-la e concebê-la como um grupo em separado. Esse tipo de preconceito racial é contraposto ao preconceito de origem, característico do racismo desenvolvido pela sociedade norte-americana. O artigo examina o contexto intelectual de produção dessa noção, chamando atenção para a importante presença da tradição etnográfica, de cunho antropológico, na formação em ciências sociais propiciada pela Escola Livre de Sociologia e Política (São Paulo) nas décadas de 1940-1950. Enfatiza também a originalidade e atualidade dessa noção, que sugere a visão do racismo como um sistema cultural.

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Bibliographic Details
Main Author: Cavalcanti,Maria Laura Viveiros de Castro
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo 1999
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701999000100005
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spelling oai:scielo:S0103-207019990001000052012-04-17Preconceito de marca etnografia e relações raciaisCavalcanti,Maria Laura Viveiros de Castro racismo preconceito de marca etnografia sistema cultural Oracy Nogueira Donald Pierson Escola Livre de Sociologia e Política Este artigo analisa a noção de preconceito de marca proposta por Oracy Nogueira para a compreensão do racismo brasileiro. É, ao mesmo tempo uma forma de classificação social baseada na aparência racial e uma forma de discriminação na qual o sistema social pretere a população de cor, ao invés de excluí-la e concebê-la como um grupo em separado. Esse tipo de preconceito racial é contraposto ao preconceito de origem, característico do racismo desenvolvido pela sociedade norte-americana. O artigo examina o contexto intelectual de produção dessa noção, chamando atenção para a importante presença da tradição etnográfica, de cunho antropológico, na formação em ciências sociais propiciada pela Escola Livre de Sociologia e Política (São Paulo) nas décadas de 1940-1950. Enfatiza também a originalidade e atualidade dessa noção, que sugere a visão do racismo como um sistema cultural.info:eu-repo/semantics/openAccessDepartamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São PauloTempo Social v.11 n.1 19991999-05-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701999000100005pt10.1590/S0103-20701999000100005
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