CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE RETEXTUALIZAÇÃO PARA LIBRAS DE TEXTOS EM PORTUGUÊS POR GRADUANDOS SURDOS
RESUMO: O objetivo deste trabalho é discutir o processo de retextualização, para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), de textos em português por alunos surdos. Para isso, dentre outros autores, apoiamo-nos teoricamente nas considerações de Travaglia (2013; 1993) e Marcuschi (2010 [2000]) acerca desse processo, entendido, respectivamente, como tradução, numa perspectiva textual, e como transformação de textos na mesma língua. Destacamos ainda as considerações de Karnopp e Quadros (2007) sobre aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais. Metodologicamente, analisamos o processo de retextualização em textos sinalizados e gravados em vídeos produzidos por alunos do Curso de Letras-Libras da UFPI, a partir de atividade elaborada na disciplina de Metodologia da Pesquisa em Ciências Humanas, ministrada no segundo período do ano de 2014. A análise dos dados apontou que a modalidade da Língua Brasileira de Sinais exige do tradutor/intérprete mais do que a habilidade de produzir textos, pois, no processo de tradução para Libras, os elementos linguísticos do português são transformados em elementos linguísticos da Libras. Dessa forma, informações do texto original, escrito em português, reaparecerão transformadas no texto retextualizado, sinalizado em Libras, mas essas informações são organizadas a partir da estruturação linguística da Libras e ressignificadas a partir da interpretação feita pelo surdo do texto escrito em português.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
UNICAMP. Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL)
2018
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132018000100493 |
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Summary: | RESUMO: O objetivo deste trabalho é discutir o processo de retextualização, para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), de textos em português por alunos surdos. Para isso, dentre outros autores, apoiamo-nos teoricamente nas considerações de Travaglia (2013; 1993) e Marcuschi (2010 [2000]) acerca desse processo, entendido, respectivamente, como tradução, numa perspectiva textual, e como transformação de textos na mesma língua. Destacamos ainda as considerações de Karnopp e Quadros (2007) sobre aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais. Metodologicamente, analisamos o processo de retextualização em textos sinalizados e gravados em vídeos produzidos por alunos do Curso de Letras-Libras da UFPI, a partir de atividade elaborada na disciplina de Metodologia da Pesquisa em Ciências Humanas, ministrada no segundo período do ano de 2014. A análise dos dados apontou que a modalidade da Língua Brasileira de Sinais exige do tradutor/intérprete mais do que a habilidade de produzir textos, pois, no processo de tradução para Libras, os elementos linguísticos do português são transformados em elementos linguísticos da Libras. Dessa forma, informações do texto original, escrito em português, reaparecerão transformadas no texto retextualizado, sinalizado em Libras, mas essas informações são organizadas a partir da estruturação linguística da Libras e ressignificadas a partir da interpretação feita pelo surdo do texto escrito em português. |
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