A construção de si em um grupo de apoio para pessoas com transtornos alimentares

Este estudo teve como objetivo compreender a construção de si mesmo a partir do discurso de pessoas diagnosticadas com anorexia e bulimia, participantes de um grupo de apoio psicológico. Participaram 14 jovens atendidas em um serviço público de saúde de um hospital universitário. A partir do referencial histórico-cultural bakhtiniano, analisaram-se qualitativamente as transcrições audiogravadas de 10 sessões consecutivas do grupo. Constatou-se que os discursos produzidos socialmente sobre os transtornos alimentares são evocados nas falas das participantes e encontram no grupo um espaço para que possam ser contestados, negociados ou aceitos, promovendo a desconstrução de mitos erigidos em torno da enfermidade. A análise empreendida aponta o grupo como uma ferramenta terapêutica significativa para a produção de novos sentidos, não patologizantes com relação aos transtornos alimentares e seus portadores.

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Bibliographic Details
Main Authors: Scorsolini-Comin,Fabio, Souza,Laura Vilela e, Santos,Manoel Antônio dos
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas 2010
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2010000400005
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Summary:Este estudo teve como objetivo compreender a construção de si mesmo a partir do discurso de pessoas diagnosticadas com anorexia e bulimia, participantes de um grupo de apoio psicológico. Participaram 14 jovens atendidas em um serviço público de saúde de um hospital universitário. A partir do referencial histórico-cultural bakhtiniano, analisaram-se qualitativamente as transcrições audiogravadas de 10 sessões consecutivas do grupo. Constatou-se que os discursos produzidos socialmente sobre os transtornos alimentares são evocados nas falas das participantes e encontram no grupo um espaço para que possam ser contestados, negociados ou aceitos, promovendo a desconstrução de mitos erigidos em torno da enfermidade. A análise empreendida aponta o grupo como uma ferramenta terapêutica significativa para a produção de novos sentidos, não patologizantes com relação aos transtornos alimentares e seus portadores.