Guerra, terror, julgamento

O presente artigo responde a uma variedade de tentativas precoces de interpretar o significado mais amplo da violência do 11 de setembro de 2001. Seu argumento central diz respeito às bases do julgamento político. Aborda uma variedade de interpretações correntes para as formas contemporâneas de violência em parte relacionadas às alegações de uma política weberiana de responsabilidade, em parte relacionadas às tensões estruturais entre princípios de multilateralismo e unilateralismo. O artigo sugere que nem o multilateralismo nem o unilateralismo são suficientes para dar conta das questões sobre autoridade legítima e violência, para as quais o 11 de setembro de 2001 pelo menos trouxe um pouco mais de clareza. Conclui com uma breve alusão à crescente dificuldade para se desenhar linhas, não somente entre os civilizados e os bárbaros, mas também as linhas físicas que foram usadas para criar o sistema moderno de Estados, em muitos contextos, mas esta é uma dificuldade que está na raiz de problemas mais sérios envolvidos na formação do julgamento político moderno.

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Bibliographic Details
Main Author: Walker,R. B. J.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Instituto de Relações Internacionais 2003
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292003000200003
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Description
Summary:O presente artigo responde a uma variedade de tentativas precoces de interpretar o significado mais amplo da violência do 11 de setembro de 2001. Seu argumento central diz respeito às bases do julgamento político. Aborda uma variedade de interpretações correntes para as formas contemporâneas de violência em parte relacionadas às alegações de uma política weberiana de responsabilidade, em parte relacionadas às tensões estruturais entre princípios de multilateralismo e unilateralismo. O artigo sugere que nem o multilateralismo nem o unilateralismo são suficientes para dar conta das questões sobre autoridade legítima e violência, para as quais o 11 de setembro de 2001 pelo menos trouxe um pouco mais de clareza. Conclui com uma breve alusão à crescente dificuldade para se desenhar linhas, não somente entre os civilizados e os bárbaros, mas também as linhas físicas que foram usadas para criar o sistema moderno de Estados, em muitos contextos, mas esta é uma dificuldade que está na raiz de problemas mais sérios envolvidos na formação do julgamento político moderno.