A concepção de família de uma mulher-mãe de vítimas de incesto
O objetivo deste estudo foi o de investigar os discursos patriarcais inscritos nas concepões de família que têm sido mantidos ainda na atualidade. A participante do estudo foi uma mulher-mãe, vítima de violência na infância e na vida adulta, cujas filhas foram vítimas de incesto. O delineamento utilizado foi o estudo de caso, baseado em entrevistas semidirigidas. Os dados coletados foram submetidos à análise e discurso. Evidenciou-se a correspondência dos ditames patriarcais na concepção de família da participante. Mesmo não sendo o modelo efetivamente vivido, a concepção de família revelou a idealização do modelo hegemônico em nossa sociedade de família nuclear, monogâmica, patriarcal e burguesa. Uma vez que os dados foram coletados a partir de apenas um único caso, novas investigações são recomendadas. A investigação propõe-se a problematizar a hegemonia do modelo familiar patriarcal ainda prevalente em nossa sociedade, cujos ditames estão associados à dinâmica das famílias violentas e incestuosas.
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Published: |
Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2006
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oai:scielo:S0102-797220060003000082007-04-12A concepção de família de uma mulher-mãe de vítimas de incestoNarvaz,Martha GiudiceKoller,Sílvia Helena Família patriarcado violência gênero discurso O objetivo deste estudo foi o de investigar os discursos patriarcais inscritos nas concepões de família que têm sido mantidos ainda na atualidade. A participante do estudo foi uma mulher-mãe, vítima de violência na infância e na vida adulta, cujas filhas foram vítimas de incesto. O delineamento utilizado foi o estudo de caso, baseado em entrevistas semidirigidas. Os dados coletados foram submetidos à análise e discurso. Evidenciou-se a correspondência dos ditames patriarcais na concepção de família da participante. Mesmo não sendo o modelo efetivamente vivido, a concepção de família revelou a idealização do modelo hegemônico em nossa sociedade de família nuclear, monogâmica, patriarcal e burguesa. Uma vez que os dados foram coletados a partir de apenas um único caso, novas investigações são recomendadas. A investigação propõe-se a problematizar a hegemonia do modelo familiar patriarcal ainda prevalente em nossa sociedade, cujos ditames estão associados à dinâmica das famílias violentas e incestuosas.info:eu-repo/semantics/openAccessCurso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do SulPsicologia: Reflexão e Crítica v.19 n.3 20062006-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722006000300008pt10.1590/S0102-79722006000300008 |
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O objetivo deste estudo foi o de investigar os discursos patriarcais inscritos nas concepões de família que têm sido mantidos ainda na atualidade. A participante do estudo foi uma mulher-mãe, vítima de violência na infância e na vida adulta, cujas filhas foram vítimas de incesto. O delineamento utilizado foi o estudo de caso, baseado em entrevistas semidirigidas. Os dados coletados foram submetidos à análise e discurso. Evidenciou-se a correspondência dos ditames patriarcais na concepção de família da participante. Mesmo não sendo o modelo efetivamente vivido, a concepção de família revelou a idealização do modelo hegemônico em nossa sociedade de família nuclear, monogâmica, patriarcal e burguesa. Uma vez que os dados foram coletados a partir de apenas um único caso, novas investigações são recomendadas. A investigação propõe-se a problematizar a hegemonia do modelo familiar patriarcal ainda prevalente em nossa sociedade, cujos ditames estão associados à dinâmica das famílias violentas e incestuosas. |
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