O uso de recuperador de sangue em cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea
INTRODUÇÃO: O uso de recuperador de sangue (RS) em cirurgia cardíaca é proposto para diminuir o uso de unidades de concentrado de hemácias estocadas (UCH), que aumenta morbidade, mortalidade e reações inflamatórias. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar se o uso do RS diminui o emprego de UCH, é custo/efetivo e traz benefícios ao paciente. MÉTODOS: Estudo prospectivo realizado entre novembro de 2009 e outubro de 2011, em 100 pacientes consecutivos, submetidos à cirurgia cardiovascular com circulação extracorpórea (CEC), hemodiluição mínima e hemofiltração. Os pacientes foram divididos em grupo 1 (sem RS) e 2 (com RS). Os critérios para a reposição de UCH foram instabilidade hemodinâmica e hemoglobina (Hb) <7-8g/dl. Foram analisados dados demográficos, Hb, hematócrito (Ht), drenagem mediastinal e reposição de UCH, em diversos intervalos, e tempos de CEC, UTI e hospital. RESULTADOS: Nos grupos 1 e 2, a idade média foi de 64,2 e 60,6 anos, com predominância do sexo masculino, o EuroSCORE logístico de 10,3 e 9,6 e a mortalidade de 2% e 4%, não relacionada ao estudo. O grupo 2 apresentou incidência de reoperações superior (12 x 6%), mas o número de UCH usado (4,31x1,25) e o tempo de internamento hospitalar (10,8x7,4) foram menores. Realizada análise uni e multivariada, que não demonstrou valores estatisticamente significativos, exceto no uso de UCH. A relação entre o custo do RS e das UCH foi custo/efetiva e o tempo de internamento, menor. CONCLUSÃO: O uso de RS diminui o número de UCH usadas, não é custo/efetivo e mostrou benefícios ao paciente.
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Published: |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
2013
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oai:scielo:S0102-763820130001000122013-05-28O uso de recuperador de sangue em cirurgia cardíaca com circulação extracorpóreaAlmeida,Rui M. S.Leitão,Luciano Recuperação de sangue operatório Transfusão de componentes sanguíneos Separação celular INTRODUÇÃO: O uso de recuperador de sangue (RS) em cirurgia cardíaca é proposto para diminuir o uso de unidades de concentrado de hemácias estocadas (UCH), que aumenta morbidade, mortalidade e reações inflamatórias. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar se o uso do RS diminui o emprego de UCH, é custo/efetivo e traz benefícios ao paciente. MÉTODOS: Estudo prospectivo realizado entre novembro de 2009 e outubro de 2011, em 100 pacientes consecutivos, submetidos à cirurgia cardiovascular com circulação extracorpórea (CEC), hemodiluição mínima e hemofiltração. Os pacientes foram divididos em grupo 1 (sem RS) e 2 (com RS). Os critérios para a reposição de UCH foram instabilidade hemodinâmica e hemoglobina (Hb) <7-8g/dl. Foram analisados dados demográficos, Hb, hematócrito (Ht), drenagem mediastinal e reposição de UCH, em diversos intervalos, e tempos de CEC, UTI e hospital. RESULTADOS: Nos grupos 1 e 2, a idade média foi de 64,2 e 60,6 anos, com predominância do sexo masculino, o EuroSCORE logístico de 10,3 e 9,6 e a mortalidade de 2% e 4%, não relacionada ao estudo. O grupo 2 apresentou incidência de reoperações superior (12 x 6%), mas o número de UCH usado (4,31x1,25) e o tempo de internamento hospitalar (10,8x7,4) foram menores. Realizada análise uni e multivariada, que não demonstrou valores estatisticamente significativos, exceto no uso de UCH. A relação entre o custo do RS e das UCH foi custo/efetiva e o tempo de internamento, menor. CONCLUSÃO: O uso de RS diminui o número de UCH usadas, não é custo/efetivo e mostrou benefícios ao paciente.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de Cirurgia CardiovascularBrazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.28 n.1 20132013-03-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382013000100012pt10.5935/1678-9741.20130012 |
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