Cirurgia na endocardite infecciosa
A endocardite infecciosa continua com alta mortalidade, apesar de sofisticados meios diagnósticos e terapêuticos. Mesmo com o uso de novos antibióticos, a sua evolução continua muitas vezes desfavorável, levando o paciente ao óbito ou a lesões incapacitantes. A operação deve ser realizada precocemente para evitar a alta mortalidade com o tratamento clínico isolado. Este estudo avalia o tratamento cirúrgico de pacientes com endocardite infecciosa e complicações de alto risco. Foram realizadas 63 operações cardíacas para tratar as complicações em pacientes com endocardite infecciosa, no HSE-RJ, entre maio de 1982 a outubro de 1995. Trinta e dois (62,3%) pacientes apresentavam doença cardíaca prévia ou prótese valvar. A doença reumática foi encontrada em 24 (38,1%) pacientes. Febre, sopros e insuficiência cardíaca estavam presentes em 100% dos casos. A ecocardiografia revelou a presença de vegetações ou destruição valvar em todos os casos. A cultura das valvas e a hemocultura foram positivas em 10 (15,6%) e 29 (38,1%) casos, respectivamente. O critério para o tratamento cirúrgico foi a insuficiência cardíaca intratável em 57 (90,5%) casos, embolia sistêmica em 29 (46,0%) pacientes e infecção persistente em 24 (38,1%) casos. Foram implantadas 51 próteses mecânicas e 22 biopróteses. A valvulectomia tricúspide foi realizada em 4 pacientes. A mortalidade cirúrgica foi de 17,5% e todos os pacientes sobreviventes permaneceram em classe funcional I ou II, sem infecção.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
1997
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