TRABALHAR E TATUAR-SE: ESTRATÉGIA DE INVENTAR A VIDA

Resumo A experiência de aproximação com o tema de tatuagens e o diálogo conceitual com Deleuze e Guattari (1992) nos levaram à problematização da tatuagem como personagem conceitual nas relações entre os modos de subjetivar e trabalhar. Associamos a discussão dessas relações à noção de trabalho imaterial (Gorz, 2005) e à concepção de vida líquida na sociedade líquido-moderna (Bauman, 2007). A fim de compreender a relação entre o trabalhar e o tatuar-se nessa sociedade, desenvolvemos um estudo cartográfico que contemplou essas noções para pensar os relatos de sujeitos que portam em parte visível do corpo uma tatuagem alusiva a seu trabalho. A análise apontou que a tatuagem compreendida como personagem conceitual constitui tanto a marca no corpo como um tempo que perdura, e diz de uma estratégia de inventar a vida como forma de reflexão, (d)enúncia, expressão, resistência, comunicação, interação, conexão, conjugação e continuação, criando possibilidades de outras interações e escolhas.

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Bibliographic Details
Main Authors: DeLuca,Gabriela, Grisci,Carmem Ligia Iochins, Lazzarotto,Gislei Domingas Romanzini
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822018000100222
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Summary:Resumo A experiência de aproximação com o tema de tatuagens e o diálogo conceitual com Deleuze e Guattari (1992) nos levaram à problematização da tatuagem como personagem conceitual nas relações entre os modos de subjetivar e trabalhar. Associamos a discussão dessas relações à noção de trabalho imaterial (Gorz, 2005) e à concepção de vida líquida na sociedade líquido-moderna (Bauman, 2007). A fim de compreender a relação entre o trabalhar e o tatuar-se nessa sociedade, desenvolvemos um estudo cartográfico que contemplou essas noções para pensar os relatos de sujeitos que portam em parte visível do corpo uma tatuagem alusiva a seu trabalho. A análise apontou que a tatuagem compreendida como personagem conceitual constitui tanto a marca no corpo como um tempo que perdura, e diz de uma estratégia de inventar a vida como forma de reflexão, (d)enúncia, expressão, resistência, comunicação, interação, conexão, conjugação e continuação, criando possibilidades de outras interações e escolhas.