Gestão e subjetividade no SUS: o enfrentamento de impasses em tempos neoliberais

O objetivo deste artigo é analisar processos de gestão e subjetividade no SUS, com base no reconhecimento da existência de dois modelos distintos. O primeiro é o preconizado pela Reforma Sanitária; o segundo, de corte neoliberal, é assumido pelo setor privado, mas afeta o contexto da saúde pública, dificultando seus avanços. O neoliberalismo é discutido como estratégia de governo dos homens, possuindo uma política de subjetivação individualista. São analisadas as propostas do movimento sanitário de gestão democrática e subjetividade solidária e seus impasses. Conclui-se que as saídas não se darão exclusivamente a partir de arranjos macropolíticos e devem incluir a construção efetiva de modos de gestão e de subjetividade que permitam aos indivíduos e aos coletivos reinventarem-se de forma crítica e solidária.

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Bibliographic Details
Main Authors: Ferreira Neto,João Leite, Araújo,José Newton Garcia de
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2014
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822014000300016
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Summary:O objetivo deste artigo é analisar processos de gestão e subjetividade no SUS, com base no reconhecimento da existência de dois modelos distintos. O primeiro é o preconizado pela Reforma Sanitária; o segundo, de corte neoliberal, é assumido pelo setor privado, mas afeta o contexto da saúde pública, dificultando seus avanços. O neoliberalismo é discutido como estratégia de governo dos homens, possuindo uma política de subjetivação individualista. São analisadas as propostas do movimento sanitário de gestão democrática e subjetividade solidária e seus impasses. Conclui-se que as saídas não se darão exclusivamente a partir de arranjos macropolíticos e devem incluir a construção efetiva de modos de gestão e de subjetividade que permitam aos indivíduos e aos coletivos reinventarem-se de forma crítica e solidária.