Teatro do Oprimido e projeto emancipatório: mutações, fragilidades e combates
Resumo Este artigo explora a hipótese de que a multiplicação acelerada do Teatro do Oprimido (TO), criado por Augusto Boal no início dos anos 1970, tem sofrido apropriações que põem em causa o seu projeto emancipatório. Baseia-se numa investigação participativa iniciada há quatro anos, no contexto das ações e mobilizações coletivas - manifestações, greves, protestos - contra as políticas de austeridade impostas pelo governo português e mandatadas pelas instâncias europeias, em resposta à crise económica e financeira. Os dados empíricos, depoimentos em entrevistas e debates, foram analisados em torno de um conjunto de categorias que enunciam e discutem as mutações, as fragilidades e os combates do TO na atualidade. A análise evidencia a necessidade de uma reinvenção e reapropriação da metodologia, em particular em períodos de crise como os que hoje atravessamos.
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília
2017
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922017000200439 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | Resumo Este artigo explora a hipótese de que a multiplicação acelerada do Teatro do Oprimido (TO), criado por Augusto Boal no início dos anos 1970, tem sofrido apropriações que põem em causa o seu projeto emancipatório. Baseia-se numa investigação participativa iniciada há quatro anos, no contexto das ações e mobilizações coletivas - manifestações, greves, protestos - contra as políticas de austeridade impostas pelo governo português e mandatadas pelas instâncias europeias, em resposta à crise económica e financeira. Os dados empíricos, depoimentos em entrevistas e debates, foram analisados em torno de um conjunto de categorias que enunciam e discutem as mutações, as fragilidades e os combates do TO na atualidade. A análise evidencia a necessidade de uma reinvenção e reapropriação da metodologia, em particular em períodos de crise como os que hoje atravessamos. |
---|