Impactos da construção do Porto de Suape sobre a comunidade fitoplanctônica no estuário do rio Ipojuca (Pernambuco-Brasil)
A construção do Complexo Industrial Portuário de Suape, entre os anos de 1979/84, modificou as características ecológicas da área, sendo os maiores impactos observados no estuário do rio Ipojuca. Visando avaliar a ação desses impactos sobre a comunidade fitoplanctônica através da comparação com estudos realizados antes na área, foram analisadas amostras de plâncton coletadas em uma estação, durante um ciclo de 24 horas, nos períodos chuvoso (agosto/90) e seco (janeiro/91). As amostras foram coletadas pela técnica do fracionamento e com rede de plâncton de 65µm de abertura de malha. Coletas de parâmetros hidrológicos foram realizadas concomitantemente. Foram identificados 97 táxons, destacando-se como espécies muito freqüentes nos períodos chuvoso e seco: Gyrosigma balticum, Oscillatoria princeps, Chaetoceros lorenzianus, Climacosphenia moniligera e Licmophora abbreviata. A densidade fitoplanctônica variou entre 142.000 cels.l-1 a 1.789.000 cels.l-1 predominando a fração do nanofitoplâncton. O maior florescimento ocorreu no período seco, nos horários de maior insolação e maré enchente. A diversidade específica foi alta (> 3 bits.cel.l-1) explicada pela heterogeneidade ambiental. A comunidade fitoplanctônica apresentou mudanças quali-quantitativas após a implantação do Porto. Agora, predominam espécies marinhas litorais, devido à pequena profundidade e elevado hidrodinamismo na área e um decréscimo de 70% na densidade celular, ao contrário do que ocorria antes da construção do Porto, quando foi detectado a maior ocorrência de espécies marinhas planctônicas e maior número de células/litro.
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Published: |
Sociedade Botânica do Brasil
2002
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oai:scielo:S0102-330620020004000042003-05-12Impactos da construção do Porto de Suape sobre a comunidade fitoplanctônica no estuário do rio Ipojuca (Pernambuco-Brasil)Koening,Maria LuiseEskinazi-Leça,EnideNeumann-Leitão,SigridMacêdo,Silvio José de Fitoplâncton ecologia variação nictemeral impacto A construção do Complexo Industrial Portuário de Suape, entre os anos de 1979/84, modificou as características ecológicas da área, sendo os maiores impactos observados no estuário do rio Ipojuca. Visando avaliar a ação desses impactos sobre a comunidade fitoplanctônica através da comparação com estudos realizados antes na área, foram analisadas amostras de plâncton coletadas em uma estação, durante um ciclo de 24 horas, nos períodos chuvoso (agosto/90) e seco (janeiro/91). As amostras foram coletadas pela técnica do fracionamento e com rede de plâncton de 65µm de abertura de malha. Coletas de parâmetros hidrológicos foram realizadas concomitantemente. Foram identificados 97 táxons, destacando-se como espécies muito freqüentes nos períodos chuvoso e seco: Gyrosigma balticum, Oscillatoria princeps, Chaetoceros lorenzianus, Climacosphenia moniligera e Licmophora abbreviata. A densidade fitoplanctônica variou entre 142.000 cels.l-1 a 1.789.000 cels.l-1 predominando a fração do nanofitoplâncton. O maior florescimento ocorreu no período seco, nos horários de maior insolação e maré enchente. A diversidade específica foi alta (> 3 bits.cel.l-1) explicada pela heterogeneidade ambiental. A comunidade fitoplanctônica apresentou mudanças quali-quantitativas após a implantação do Porto. Agora, predominam espécies marinhas litorais, devido à pequena profundidade e elevado hidrodinamismo na área e um decréscimo de 70% na densidade celular, ao contrário do que ocorria antes da construção do Porto, quando foi detectado a maior ocorrência de espécies marinhas planctônicas e maior número de células/litro.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Botânica do BrasilActa Botanica Brasilica v.16 n.4 20022002-10-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062002000400004pt10.1590/S0102-33062002000400004 |
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