Fatores de risco para a ocorrência de déficit estatural em pré-escolares
Um estudo caso-controle foi desenvolvido para identificar a magnitude do efeito dos principais fatores associados à estatura baixa de pré-escolares em uma cidade do interior paulista, no ano de 1995. Dentre os 1.201 pré-escolares que freqüentavam as escolas públicas do município, selecionaram-se 165 crianças que apresentavam um índice estatura/idade <= -1 escore Z (casos) e 165 entre as que tinham estatura/idade > ou = 1 escore Z (controles). As mães ou os responsáveis pelas crianças foram entrevistados para a obtenção de informações sócio-econômicas, características da família e características reprodutivas maternas e antropométricas. A análise de regressão logística múltipla hierarquizada indicou maior chance de déficit estatural nos seguintes grupos de pré-escolares: com baixa escolaridade da mãe (OR = 2,1; IC 1,1-3,8), renda familiar per capita <= 0,50 SM (OR = 3,4; IC: 1,5-8,0), número de pessoas no domicílio > ou = 6 (OR = 3,7; IC: 1,5-9,0), número de equipamentos domésticos <= 1 (OR = 4,4; IC: 1,8-10,7), comprimento ao nascer < 48 cm (OR = 7,4; IC: 2,3-23,7), estatura da mãe <= 156,6 cm (OR = 5,9; IC: 3,1-11,0) e estatura do pai <= 169,8 cm (OR = 4,2; IC: 2,1-8,6). Verificou-se que, mesmo em uma população de pré-escolares em que a deficiência nutricional é mínima ou inexistente (medida pelos índices habituais), é possível evidenciar o efeito de variáveis sócio-econômicas na estatura das crianças.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
1999
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1999000300018 |
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Summary: | Um estudo caso-controle foi desenvolvido para identificar a magnitude do efeito dos principais fatores associados à estatura baixa de pré-escolares em uma cidade do interior paulista, no ano de 1995. Dentre os 1.201 pré-escolares que freqüentavam as escolas públicas do município, selecionaram-se 165 crianças que apresentavam um índice estatura/idade <= -1 escore Z (casos) e 165 entre as que tinham estatura/idade > ou = 1 escore Z (controles). As mães ou os responsáveis pelas crianças foram entrevistados para a obtenção de informações sócio-econômicas, características da família e características reprodutivas maternas e antropométricas. A análise de regressão logística múltipla hierarquizada indicou maior chance de déficit estatural nos seguintes grupos de pré-escolares: com baixa escolaridade da mãe (OR = 2,1; IC 1,1-3,8), renda familiar per capita <= 0,50 SM (OR = 3,4; IC: 1,5-8,0), número de pessoas no domicílio > ou = 6 (OR = 3,7; IC: 1,5-9,0), número de equipamentos domésticos <= 1 (OR = 4,4; IC: 1,8-10,7), comprimento ao nascer < 48 cm (OR = 7,4; IC: 2,3-23,7), estatura da mãe <= 156,6 cm (OR = 5,9; IC: 3,1-11,0) e estatura do pai <= 169,8 cm (OR = 4,2; IC: 2,1-8,6). Verificou-se que, mesmo em uma população de pré-escolares em que a deficiência nutricional é mínima ou inexistente (medida pelos índices habituais), é possível evidenciar o efeito de variáveis sócio-econômicas na estatura das crianças. |
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