Distribuição altitudinal e simpatria das aves do gênero Drymophila Swainson (Passeriformes, Thamnophilidae) na Mata Atlântica
Foram descritas e analisadas as distribuições altitudinais das seis espécies de Drymophila Swainson, 1824, endêmicas da Mata Atlântica e identificados e discutidos os casos de simpatria. Para isso, foram usados dois conjuntos de dados, um em escala local (a Serra dos Órgãos, um segmento da Serra do Mar no Estado do Rio de Janeiro) e outro em escala regional (Mata Atlântica). Os registros e as altitudes na Serra dos Órgãos foram obtidos diretamente no campo enquanto que os dados da Mata Atlântica foram obtidos principalmente a partir de exemplares depositados em museus de história natural. Os dois conjuntos de dados mostraram um padrão similar de distribuição altitudinal das espécies: D. squamata (Lichtenstein, 1823) e D. ferruginea (Temminck, 1822) nas menores altitudes, D. malura (Temminck, 1825), D. ochropyga (Hellmayr, 1906) e D. rubricollis (Bertoni, 1901) com limites altitudinais semelhantes entre si e intermediários em relação às demais espécies e D. genei (Filippi, 1847), restrita às maiores altitudes. A maior parte das localidades na Mata Atlântica e pontos de observação na Serra dos Órgãos apresenta apenas uma ou duas espécies. Isso sugere que, embora possam ocorrer nas mesmas áreas ou localidades, as espécies tendem a se excluir. Drymophila squamata e D. malura foram as espécies que menos vezes ocorreram em simpatria proporcionalmente, nas duas escalas de análise. A simpatria entre as espécies irmãs D. ochropyga-D. genei e D. ferruginea-D. rubricollis ocorreu em localidades nas Serras do Mar e da Mantiqueira, sempre em faixas altitudinais estreitas, nunca superiores a 300 m de intervalo.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Zoologia
2006
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752006000300002 |
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Summary: | Foram descritas e analisadas as distribuições altitudinais das seis espécies de Drymophila Swainson, 1824, endêmicas da Mata Atlântica e identificados e discutidos os casos de simpatria. Para isso, foram usados dois conjuntos de dados, um em escala local (a Serra dos Órgãos, um segmento da Serra do Mar no Estado do Rio de Janeiro) e outro em escala regional (Mata Atlântica). Os registros e as altitudes na Serra dos Órgãos foram obtidos diretamente no campo enquanto que os dados da Mata Atlântica foram obtidos principalmente a partir de exemplares depositados em museus de história natural. Os dois conjuntos de dados mostraram um padrão similar de distribuição altitudinal das espécies: D. squamata (Lichtenstein, 1823) e D. ferruginea (Temminck, 1822) nas menores altitudes, D. malura (Temminck, 1825), D. ochropyga (Hellmayr, 1906) e D. rubricollis (Bertoni, 1901) com limites altitudinais semelhantes entre si e intermediários em relação às demais espécies e D. genei (Filippi, 1847), restrita às maiores altitudes. A maior parte das localidades na Mata Atlântica e pontos de observação na Serra dos Órgãos apresenta apenas uma ou duas espécies. Isso sugere que, embora possam ocorrer nas mesmas áreas ou localidades, as espécies tendem a se excluir. Drymophila squamata e D. malura foram as espécies que menos vezes ocorreram em simpatria proporcionalmente, nas duas escalas de análise. A simpatria entre as espécies irmãs D. ochropyga-D. genei e D. ferruginea-D. rubricollis ocorreu em localidades nas Serras do Mar e da Mantiqueira, sempre em faixas altitudinais estreitas, nunca superiores a 300 m de intervalo. |
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