Entrada no campo, aceitação e natureza da participação nos estudos etnográficos com crianças pequenas
Fazer pesquisa etnográfica com crianças pequenas envolve um certo número de desafios uma vez que os adultos são percebidos como poderosos e controladores de suas vidas. Este artigo relata minhas pesquisas etnográficas comparativas com crianças de pré-escolas nos Estados Unidos e na Itália. Enfoco mais particularmente a entrada no campo, o estabelecimento do status de participante e a coleta de notas de campo e de dados audiovisuais. Faço uma breve revisão dos procedimentos de entrada no campo que usei nos locais de pesquisa de campo nos Estados Unidos e na Itália. Discuto como, com o tempo, passei a fazer "pesquisa com, e não mais sobre, crianças", ou seja, como meus métodos de coleta de dados acabaram se tornando gradualmente mais abertos à contribuição direta das crianças. Finalmente, usando a pesquisa de Modena, na Itália, discuto uma etnografia longitudinal ao longo de períodos-chave de transição na vida das crianças. Essa etnografia implicou que permanecesse com e continuasse observando e entrevistando as crianças quando entraram na primeira série e durante seus cinco anos de escola primária.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Centro de Estudos Educação e Sociedade - Cedes
2005
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302005000200008 |
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Summary: | Fazer pesquisa etnográfica com crianças pequenas envolve um certo número de desafios uma vez que os adultos são percebidos como poderosos e controladores de suas vidas. Este artigo relata minhas pesquisas etnográficas comparativas com crianças de pré-escolas nos Estados Unidos e na Itália. Enfoco mais particularmente a entrada no campo, o estabelecimento do status de participante e a coleta de notas de campo e de dados audiovisuais. Faço uma breve revisão dos procedimentos de entrada no campo que usei nos locais de pesquisa de campo nos Estados Unidos e na Itália. Discuto como, com o tempo, passei a fazer "pesquisa com, e não mais sobre, crianças", ou seja, como meus métodos de coleta de dados acabaram se tornando gradualmente mais abertos à contribuição direta das crianças. Finalmente, usando a pesquisa de Modena, na Itália, discuto uma etnografia longitudinal ao longo de períodos-chave de transição na vida das crianças. Essa etnografia implicou que permanecesse com e continuasse observando e entrevistando as crianças quando entraram na primeira série e durante seus cinco anos de escola primária. |
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