Explorando a relação mente-cérebro: reflexões e diretrizes
CONTEXTO: O avanço no entendimento da mente e sua relação com o cérebro tem sido prejudicado por equívocos filosóficos e metodológicos. OBJETIVO: Discutir brevemente e propor diretrizes epistemológicas e metodológicas para uma frutífera investigação da relação mente-cérebro. RESULTADOS: A relação mente-corpo ainda é um problema em aberto, não havendo evidências conclusivas de que a mente seja apenas um produto da atividade cerebral. Na exploração da mente, deve-se evitar a aceitação ou rejeição prematura de teorias, buscando não apenas evidências confirmatórias, mas também as falseadoras de uma teoria. Deve-se ampliar e diversificar a base empírica, buscando especialmente experiências humanas não usuais, tais como as chamadas experiências anômalas ou espirituais. A observação de fenômenos anômalos que não se encaixavam nos paradigmas estabelecidos foi essencial em revoluções científicas prévias. Tanto dados quantitativos quanto qualitativos devem ser valorizados. Para explicar a mente e suas múltiplas manifestações, é essencial haver abertura e rigor para criar, desenvolver e testar alternativas teóricas. Candidatos a paradigma de base tanto materialista quanto não materialista devem ter oportunidade de ser apresentados, aprimorados e testados. CONCLUSÃO: A ampliação e a diversificação da base empírica aliada a uma postura epistemológica e metodológica mais adequada são essenciais para o avanço da compreensão da relação mente-cérebro.
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Published: |
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
2013
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oai:scielo:S0101-608320130003000052013-07-02Explorando a relação mente-cérebro: reflexões e diretrizesMoreira-Almeida,Alexander Relações mente-corpo psicofisiologia epistemologia consciência metodologia CONTEXTO: O avanço no entendimento da mente e sua relação com o cérebro tem sido prejudicado por equívocos filosóficos e metodológicos. OBJETIVO: Discutir brevemente e propor diretrizes epistemológicas e metodológicas para uma frutífera investigação da relação mente-cérebro. RESULTADOS: A relação mente-corpo ainda é um problema em aberto, não havendo evidências conclusivas de que a mente seja apenas um produto da atividade cerebral. Na exploração da mente, deve-se evitar a aceitação ou rejeição prematura de teorias, buscando não apenas evidências confirmatórias, mas também as falseadoras de uma teoria. Deve-se ampliar e diversificar a base empírica, buscando especialmente experiências humanas não usuais, tais como as chamadas experiências anômalas ou espirituais. A observação de fenômenos anômalos que não se encaixavam nos paradigmas estabelecidos foi essencial em revoluções científicas prévias. Tanto dados quantitativos quanto qualitativos devem ser valorizados. Para explicar a mente e suas múltiplas manifestações, é essencial haver abertura e rigor para criar, desenvolver e testar alternativas teóricas. Candidatos a paradigma de base tanto materialista quanto não materialista devem ter oportunidade de ser apresentados, aprimorados e testados. CONCLUSÃO: A ampliação e a diversificação da base empírica aliada a uma postura epistemológica e metodológica mais adequada são essenciais para o avanço da compreensão da relação mente-cérebro.info:eu-repo/semantics/openAccessFaculdade de Medicina da Universidade de São PauloArchives of Clinical Psychiatry (São Paulo) v.40 n.3 20132013-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832013000300005pt10.1590/S0101-60832013000300005 |
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