Fobia específica: um estudo transversal com 103 pacientes tratados em ambulatório
OBJETIVOS: Este estudo tem por objetivo investigar a presença de fobia específica (FE) entre pacientes atendidos em um ambulatório de psiquiatria. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, no qual foi aplicado o SCID-I em 103 pacientes, para se examinar a ocorrência de fobia específica. Os dados foram analisados por meio de medidas descritivas e mediante os testes de independência baseados na estatística qui-quadrado de Pearson ou no teste exato de Fisher. RESULTADOS: Foi verificada FE em 26,2% dos pacientes. As mulheres tinham duas vezes maior chance de apresentar FE que os homens. Em 96,3% do total de fóbicos, a FE não havia sido identificada pelo psiquiatra com quem se consultavam, e esses pacientes não estavam recebendo tratamento para FE. Entre as comorbidades, o diagnóstico mais freqüente foi depressão, que apareceu em 15,6% da amostra. No total, identificamos 39 fobias, sendo 13 do tipo animal; 12 do tipo ambiente-natural; 3 do tipo sangue-injeção-ferimentos; e 11 do tipo situacional. CONCLUSÃO: A FE tem uma freqüência elevada entre pacientes ambulatoriais, sendo mais comum entre as mulheres. No entanto, na maioria das vezes, esse transtorno não é diagnosticado e assim não recebe tratamento adequado, já que o foco da atenção fica concentrado nas comorbidades.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
2007
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832007000200002 |
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Summary: | OBJETIVOS: Este estudo tem por objetivo investigar a presença de fobia específica (FE) entre pacientes atendidos em um ambulatório de psiquiatria. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, no qual foi aplicado o SCID-I em 103 pacientes, para se examinar a ocorrência de fobia específica. Os dados foram analisados por meio de medidas descritivas e mediante os testes de independência baseados na estatística qui-quadrado de Pearson ou no teste exato de Fisher. RESULTADOS: Foi verificada FE em 26,2% dos pacientes. As mulheres tinham duas vezes maior chance de apresentar FE que os homens. Em 96,3% do total de fóbicos, a FE não havia sido identificada pelo psiquiatra com quem se consultavam, e esses pacientes não estavam recebendo tratamento para FE. Entre as comorbidades, o diagnóstico mais freqüente foi depressão, que apareceu em 15,6% da amostra. No total, identificamos 39 fobias, sendo 13 do tipo animal; 12 do tipo ambiente-natural; 3 do tipo sangue-injeção-ferimentos; e 11 do tipo situacional. CONCLUSÃO: A FE tem uma freqüência elevada entre pacientes ambulatoriais, sendo mais comum entre as mulheres. No entanto, na maioria das vezes, esse transtorno não é diagnosticado e assim não recebe tratamento adequado, já que o foco da atenção fica concentrado nas comorbidades. |
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