"Ciência de potes quebrados": nação e região na arqueologia brasileira do século XIX

O artigo explora as distintas expectativas criadas em diferentes lugares e instituições com as descobertas arqueológicas que ocorreram em território brasileiro na segunda metade do século XIX. Por meio de estudo de caso sobre a trajetória profissional de Domingos Soares Ferreira Penna (1818-1888), fundador do Museu Paraense em 1866 e naturalista-viajante do Museu Nacional entre 1872 e 1884, são reconstituídas a origem dos debates científicos e a disputa pelo patrimônio arqueológico da Amazônia, então em grande evidência graças à descoberta dos sítios pré-históricos da ilha de Marajó (PA). A intenção é demonstrar como o discurso em torno de uma identidade nacional, largamente utilizado por Ladislau de Souza Mello Netto (1838-1894), diretor do Museu Nacional no período, eclipsava dissensões políticas e pouco repercutia nas províncias, que, na época, também construíam suas respectivas identidades regionais e narrativas históricas - e para as quais os vestígios arqueológicos eram, igualmente, fundamentais.

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Bibliographic Details
Main Author: Sanjad,Nelson
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Museu Paulista, Universidade de São Paulo 2011
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142011000100005
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spelling oai:scielo:S0101-471420110001000052011-07-25"Ciência de potes quebrados": nação e região na arqueologia brasileira do século XIXSanjad,Nelson Domingos Soares Ferreira Penna Ladislau de Souza Mello Netto Museu Paraense Museu Nacional Arqueologia Coleções arqueológicas O artigo explora as distintas expectativas criadas em diferentes lugares e instituições com as descobertas arqueológicas que ocorreram em território brasileiro na segunda metade do século XIX. Por meio de estudo de caso sobre a trajetória profissional de Domingos Soares Ferreira Penna (1818-1888), fundador do Museu Paraense em 1866 e naturalista-viajante do Museu Nacional entre 1872 e 1884, são reconstituídas a origem dos debates científicos e a disputa pelo patrimônio arqueológico da Amazônia, então em grande evidência graças à descoberta dos sítios pré-históricos da ilha de Marajó (PA). A intenção é demonstrar como o discurso em torno de uma identidade nacional, largamente utilizado por Ladislau de Souza Mello Netto (1838-1894), diretor do Museu Nacional no período, eclipsava dissensões políticas e pouco repercutia nas províncias, que, na época, também construíam suas respectivas identidades regionais e narrativas históricas - e para as quais os vestígios arqueológicos eram, igualmente, fundamentais.info:eu-repo/semantics/openAccessMuseu Paulista, Universidade de São PauloAnais do Museu Paulista: História e Cultura Material v.19 n.1 20112011-06-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142011000100005pt10.1590/S0101-47142011000100005
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