AÇÃO AFIRMATIVA, AUTORITARISMO E LIBERALISMO NO BRASIL DE 1968
RESUMOEm 1964, um golpe militar pôs fim à experiência democrática brasileira do período pós-guerra. No governo de transição que se seguiu, ancorado em uma aliança entre os militares e políticos da direita liberal, surgiu a primeira tentativa de reconhecer a existência de discriminação racial sistemática no país e de implementar medidas de ação afirmativa para corrigi-la. Isso aconteceu em novembro de 1968, pouco antes de os militares romperem seu compromisso liberal e institucionalizarem um regime militar autoritário que durou mais dezessete anos. Usando principalmente documentos de época, como jornais diários, o artigo analisa a conjuntura política que permitiu que cotas fossem propostas, e posteriormente rejeitadas pelos militares, cristalizando a "democracia racial" como ideologia do regime. São analisadas principalmente as forças sociais que poderiam ancorar a proposta de ação afirmativa, e aquelas que reagiram e abortaram a sua discussão.
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Published: |
Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
2015
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oai:scielo:S0101-330020150001000052015-10-07AÇÃO AFIRMATIVA, AUTORITARISMO E LIBERALISMO NO BRASIL DE 1968Guimarães,Antonio Sérgio Alfredo cotas autoritarismo liberalismo regime militar RESUMOEm 1964, um golpe militar pôs fim à experiência democrática brasileira do período pós-guerra. No governo de transição que se seguiu, ancorado em uma aliança entre os militares e políticos da direita liberal, surgiu a primeira tentativa de reconhecer a existência de discriminação racial sistemática no país e de implementar medidas de ação afirmativa para corrigi-la. Isso aconteceu em novembro de 1968, pouco antes de os militares romperem seu compromisso liberal e institucionalizarem um regime militar autoritário que durou mais dezessete anos. Usando principalmente documentos de época, como jornais diários, o artigo analisa a conjuntura política que permitiu que cotas fossem propostas, e posteriormente rejeitadas pelos militares, cristalizando a "democracia racial" como ideologia do regime. São analisadas principalmente as forças sociais que poderiam ancorar a proposta de ação afirmativa, e aquelas que reagiram e abortaram a sua discussão.info:eu-repo/semantics/openAccessCentro Brasileiro de Análise e PlanejamentoNovos estudos CEBRAP n.101 20152015-03-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002015000100005pt10.1590/S0101-33002015000100001 |
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