Competências Propostas no Currículo de Medicina: Percepção do Egresso
RESUMO Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de Medicina trouxeram novos delineamentos de formação e desenvolvimento de habilidades e competências que instrumentalizam o médico para sua atuação. Objetivo: Identificar a percepção do egresso quanto à aquisição de competências e habilidades previstas no projeto pedagógico do curso de Medicina. Métodos: Estudo transversal com 229 egressos do curso de Medicina, entre 2005 e 2012, da Universidade Anhanguera-Uniderp de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, por meio de questionário autoaplicável, no período de abril a julho de 2013, contendo 34 competências e habilidades, avaliadas por meio da escala do tipo Likert. Resultados: Quanto à aquisição de competências gerais, observaram-se respostas “bom” ou “muito bom” para a maioria dos itens pesquisados. Para a competência referente à comunicação, os maiores indices de respostas “muito bom” foram nos domínios “ser capaz de interagir e se articular com outros profissionais de saúde” (60%) e “ser capaz de manter a confidencialidade das informações” (68%). Em relação às competências específicas, a maior parte dos egressos referiu como “bom” ou “muito bom” a aquisição da maioria dos domínios. Observou-se ainda que os domínios “utilizar procedimentos diagnósticos e terapêuticos validados cientificamente” e “dominar os conhecimentos de fisiopatologia, do tratamento e reabilitação das doenças de maior prevalência” tiveram os maiores índices de respostas “bom”, 62% e 59%, respectivamente. No que se refere à aquisição de competências complementares, os domínios referentes às práticas gerais e específicas, tais como “estabelecer relação médico-paciente”, “realizar exame físico correlacionando com as referências anatômicas” e “realizar exame físico geral e segmentar”, atingiram maior percentual de respostas positivas (bom ou muito bom). Já os domínios referentes à “realização de exame especial neurológico”, “realização do exame especial ortopédico” e “imobilização de fraturas” apresentaram respostas ruins e regulares, que, somadas, corresponderam a 49%, 69% e 83%, respectivamente. Conclusões: O estudo serviu de base para mudanças no curso, fornecendo subsídios para melhoria da qualidade de ensino e respondendo às necessidades do acadêmico na graduação.
Main Authors: | , , , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Brasileira de Educação Médica
2017
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022017000400525 |
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Published 2017