DUNS SCOTUS, ESCOTISTAS E O DEBATE EM TORNO À EXTENSÃO PREDICATIVA IN QUID DA NOÇÃO DE ENTE NO SÉCULO XIV
O objetivo de meu texto consiste em reconstruir um aspecto da recepção da compreensão de Duns Scotus sobre a noção de ente em dois autores pertencentes à geração que imediatamente o sucedeu: no franciscano Guilherme de Alnwick e em seu confrade Francisco de Meyronnes. O problema que surge nessa primeira recepção de Scotus pode ser assim resumido: uma vez que tenhamos aceitado que a noção de ente é simultaneamente unívoca, primeira, a mais geral e a mais simples das noções, como podemos evitar a ameaça de se ter de conceder que a ciência de tal noção – que a metafísica, noutras palavras – não seja capaz de se distinguir claramente de uma investigação que não lida necessariamente com realidades extramentais? Ou, pondo a questão em outros termos: não nos vemos depois de Scotus condenados a ter de escolher entre uma noção de ente como uma noção real ou como uma noção perfeitamente geral? Veremos que, tratando da mesma questão, Alnwick e Meyronnes seguem diferentes caminhos, cada um deles com seus custos e méritos.
Main Author: | Guerizoli,Rodrigo |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG
2015
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2015000100007 |
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