Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira

Os autores revêem os aspectos ecoepidemiológicos apresentados pelos virus da encefalite de St. Louis (SLE), encefalites equinas Leste (EEE), Oeste (WEE) e Venezuelana [subtipos III, Mucambo (MUC) e IV, Pixuna (PIX)], decorrentes dos estudos realizados em diversas áreas da Região Amazônica brasileira, especialmente ao longo das rodovias e projetos de desenvolvimento. Esses vírus são amplamente distribuídos na Amazônia e pelo menos quatro deles, EEE, WEE, MUC e SLE já demonstraram ser patógenos do homem. O diagnóstico da doença humana foi feito por sorologia, sendo que de MUC e SLE obteve-se também isolamento viral. O vírus PIX, parece ser o menos prevalente e foi isolado em poucas oportunidades. Virtualmente se desconhecem os vetores do PIX e WEE. As aves silvestres constituem os hospedeiros principais de todos esses vírus, exceto do MUC, para o qual constituem os roedores. O quadro clínico apresentado pelos pacientes infectados na Amazônia é discutido, comparando-o ao apresentado em outras áreas, especialmente nos EUA, onde periodicamente SLE, EEE e WEE causam surtos de doença humana. Nenhuma epidemia foi até o presente detectada, embora em 1960 uma epizootia em eqüinos causada pelo EEE tenha sido registrada em Bragança, Pará, onde em um rebanho de 500 animais ocorreu uma letalidade de 5%. Quatro outras pequenas epizootias determinadas pelo SLE ocorreram nas florestas adjacentes a Belém, envolvendo aves silvestres e animais sentinelas.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Vasconcelos,Pedro Fernando da Costa, Travassos da Rosa,Jorge Fernando Soares, Travassos da Rosa,Amélia Paes de Andrade, Dégallier,Nicolas, Pinheiro,Francisco de Paula, Sá filho,Gregório Carrera
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 1991
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651991000600007
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S0036-46651991000600007
record_format ojs
spelling oai:scielo:S0036-466519910006000072006-09-11Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileiraVasconcelos,Pedro Fernando da CostaTravassos da Rosa,Jorge Fernando SoaresTravassos da Rosa,Amélia Paes de AndradeDégallier,NicolasPinheiro,Francisco de PaulaSá filho,Gregório Carrera Encefalites Arbovírus Epidemiologia Amazônia Brasil Os autores revêem os aspectos ecoepidemiológicos apresentados pelos virus da encefalite de St. Louis (SLE), encefalites equinas Leste (EEE), Oeste (WEE) e Venezuelana [subtipos III, Mucambo (MUC) e IV, Pixuna (PIX)], decorrentes dos estudos realizados em diversas áreas da Região Amazônica brasileira, especialmente ao longo das rodovias e projetos de desenvolvimento. Esses vírus são amplamente distribuídos na Amazônia e pelo menos quatro deles, EEE, WEE, MUC e SLE já demonstraram ser patógenos do homem. O diagnóstico da doença humana foi feito por sorologia, sendo que de MUC e SLE obteve-se também isolamento viral. O vírus PIX, parece ser o menos prevalente e foi isolado em poucas oportunidades. Virtualmente se desconhecem os vetores do PIX e WEE. As aves silvestres constituem os hospedeiros principais de todos esses vírus, exceto do MUC, para o qual constituem os roedores. O quadro clínico apresentado pelos pacientes infectados na Amazônia é discutido, comparando-o ao apresentado em outras áreas, especialmente nos EUA, onde periodicamente SLE, EEE e WEE causam surtos de doença humana. Nenhuma epidemia foi até o presente detectada, embora em 1960 uma epizootia em eqüinos causada pelo EEE tenha sido registrada em Bragança, Pará, onde em um rebanho de 500 animais ocorreu uma letalidade de 5%. Quatro outras pequenas epizootias determinadas pelo SLE ocorreram nas florestas adjacentes a Belém, envolvendo aves silvestres e animais sentinelas.info:eu-repo/semantics/openAccessInstituto de Medicina Tropical de São PauloRevista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo v.33 n.6 19911991-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651991000600007pt10.1590/S0036-46651991000600007
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Vasconcelos,Pedro Fernando da Costa
Travassos da Rosa,Jorge Fernando Soares
Travassos da Rosa,Amélia Paes de Andrade
Dégallier,Nicolas
Pinheiro,Francisco de Paula
Sá filho,Gregório Carrera
spellingShingle Vasconcelos,Pedro Fernando da Costa
Travassos da Rosa,Jorge Fernando Soares
Travassos da Rosa,Amélia Paes de Andrade
Dégallier,Nicolas
Pinheiro,Francisco de Paula
Sá filho,Gregório Carrera
Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira
author_facet Vasconcelos,Pedro Fernando da Costa
Travassos da Rosa,Jorge Fernando Soares
Travassos da Rosa,Amélia Paes de Andrade
Dégallier,Nicolas
Pinheiro,Francisco de Paula
Sá filho,Gregório Carrera
author_sort Vasconcelos,Pedro Fernando da Costa
title Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira
title_short Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira
title_full Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira
title_fullStr Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira
title_full_unstemmed Epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira
title_sort epidemiologia das encefalites por arbovírus na amazônia brasileira
description Os autores revêem os aspectos ecoepidemiológicos apresentados pelos virus da encefalite de St. Louis (SLE), encefalites equinas Leste (EEE), Oeste (WEE) e Venezuelana [subtipos III, Mucambo (MUC) e IV, Pixuna (PIX)], decorrentes dos estudos realizados em diversas áreas da Região Amazônica brasileira, especialmente ao longo das rodovias e projetos de desenvolvimento. Esses vírus são amplamente distribuídos na Amazônia e pelo menos quatro deles, EEE, WEE, MUC e SLE já demonstraram ser patógenos do homem. O diagnóstico da doença humana foi feito por sorologia, sendo que de MUC e SLE obteve-se também isolamento viral. O vírus PIX, parece ser o menos prevalente e foi isolado em poucas oportunidades. Virtualmente se desconhecem os vetores do PIX e WEE. As aves silvestres constituem os hospedeiros principais de todos esses vírus, exceto do MUC, para o qual constituem os roedores. O quadro clínico apresentado pelos pacientes infectados na Amazônia é discutido, comparando-o ao apresentado em outras áreas, especialmente nos EUA, onde periodicamente SLE, EEE e WEE causam surtos de doença humana. Nenhuma epidemia foi até o presente detectada, embora em 1960 uma epizootia em eqüinos causada pelo EEE tenha sido registrada em Bragança, Pará, onde em um rebanho de 500 animais ocorreu uma letalidade de 5%. Quatro outras pequenas epizootias determinadas pelo SLE ocorreram nas florestas adjacentes a Belém, envolvendo aves silvestres e animais sentinelas.
publisher Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
publishDate 1991
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651991000600007
work_keys_str_mv AT vasconcelospedrofernandodacosta epidemiologiadasencefalitesporarbovirusnaamazoniabrasileira
AT travassosdarosajorgefernandosoares epidemiologiadasencefalitesporarbovirusnaamazoniabrasileira
AT travassosdarosaameliapaesdeandrade epidemiologiadasencefalitesporarbovirusnaamazoniabrasileira
AT degalliernicolas epidemiologiadasencefalitesporarbovirusnaamazoniabrasileira
AT pinheirofranciscodepaula epidemiologiadasencefalitesporarbovirusnaamazoniabrasileira
AT safilhogregoriocarrera epidemiologiadasencefalitesporarbovirusnaamazoniabrasileira
_version_ 1756379599067938816