Vírus da raiva em quirópteros naturalmente infectados no Estado de São Paulo, Brasil

OBJETIVO: Identificar as espécies de morcegos envolvidas na manutenção do ciclo da raiva, verificar a distribuição do vírus da raiva em tecidos e órgãos de morcegos e os períodos de mortalidade dos camundongos inoculados. MÉTODOS: A positividade para o vírus da raiva foi avaliada por imunofluorescência direta em morcegos de municípios do Estado de São Paulo, de abril de 2002 a novembro de 2003. A distribuição do vírus nos morcegos foi avaliada pela inoculação de camundongos e infecção de células N2A, com suspensões a 20% preparadas a partir de fragmentos de diversos órgãos e tecidos, além de cérebro e glândula salivar. A mortalidade dos camundongos foi observada diariamente, após inoculação intracerebral. RESULTADOS: Dos 4.393 morcegos pesquisados, 1,9% foram positivos para o vírus da raiva, pertencentes a dez gêneros, com predomínio de insetívoros. A média do período máximo de mortalidade dos camundongos pós-inoculação a partir de cérebros e glândulas salivares de morcegos hematófagos foi de 15,33±2,08 dias e 11,33±2,30 dias; insetívoros, 16,45±4,48 dias e 18,91±6,12 dias; e frugívoros, 12,60±2,13 dias e 15,67±4,82 dias, respectivamente. CONCLUSÕES: As espécies infectadas com o vírus da raiva foram: Artibeus lituratus, Artibeus sp., Myotis nigricans, Myotis sp., Eptesicus sp., Lasiurus ega, Lasiurus cinereus, Nyctinomops laticaudatus, Tadarida brasiliensis, Histiotus velatus, Molossus rufus, Eumops sp. e Desmodus rotundus. A pesquisa de vírus em diferentes tecidos e órgãos mostrou-se que os mais apropriados para o isolamento foram cérebro e glândulas salivares.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Scheffer,Karin Corrêa, Carrieri,Maria Luiza, Albas,Avelino, Santos,Helaine Cristina Pires dos, Kotait,Ivanete, Ito,Fumio Honma
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo 2007
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102007000300010
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S0034-89102007000300010
record_format ojs
spelling oai:scielo:S0034-891020070003000102007-05-16Vírus da raiva em quirópteros naturalmente infectados no Estado de São Paulo, BrasilScheffer,Karin CorrêaCarrieri,Maria LuizaAlbas,AvelinoSantos,Helaine Cristina Pires dosKotait,IvaneteIto,Fumio Honma Vírus da raiva/isolamento e purificação Raiva/virologia Quirópteros/virologia Camundongos/virologia Técnicas de cultura de células OBJETIVO: Identificar as espécies de morcegos envolvidas na manutenção do ciclo da raiva, verificar a distribuição do vírus da raiva em tecidos e órgãos de morcegos e os períodos de mortalidade dos camundongos inoculados. MÉTODOS: A positividade para o vírus da raiva foi avaliada por imunofluorescência direta em morcegos de municípios do Estado de São Paulo, de abril de 2002 a novembro de 2003. A distribuição do vírus nos morcegos foi avaliada pela inoculação de camundongos e infecção de células N2A, com suspensões a 20% preparadas a partir de fragmentos de diversos órgãos e tecidos, além de cérebro e glândula salivar. A mortalidade dos camundongos foi observada diariamente, após inoculação intracerebral. RESULTADOS: Dos 4.393 morcegos pesquisados, 1,9% foram positivos para o vírus da raiva, pertencentes a dez gêneros, com predomínio de insetívoros. A média do período máximo de mortalidade dos camundongos pós-inoculação a partir de cérebros e glândulas salivares de morcegos hematófagos foi de 15,33±2,08 dias e 11,33±2,30 dias; insetívoros, 16,45±4,48 dias e 18,91±6,12 dias; e frugívoros, 12,60±2,13 dias e 15,67±4,82 dias, respectivamente. CONCLUSÕES: As espécies infectadas com o vírus da raiva foram: Artibeus lituratus, Artibeus sp., Myotis nigricans, Myotis sp., Eptesicus sp., Lasiurus ega, Lasiurus cinereus, Nyctinomops laticaudatus, Tadarida brasiliensis, Histiotus velatus, Molossus rufus, Eumops sp. e Desmodus rotundus. A pesquisa de vírus em diferentes tecidos e órgãos mostrou-se que os mais apropriados para o isolamento foram cérebro e glândulas salivares.info:eu-repo/semantics/openAccessFaculdade de Saúde Pública da Universidade de São PauloRevista de Saúde Pública v.41 n.3 20072007-06-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102007000300010pt10.1590/S0034-89102007000300010
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Scheffer,Karin Corrêa
Carrieri,Maria Luiza
Albas,Avelino
Santos,Helaine Cristina Pires dos
Kotait,Ivanete
Ito,Fumio Honma
spellingShingle Scheffer,Karin Corrêa
Carrieri,Maria Luiza
Albas,Avelino
Santos,Helaine Cristina Pires dos
Kotait,Ivanete
Ito,Fumio Honma
Vírus da raiva em quirópteros naturalmente infectados no Estado de São Paulo, Brasil
author_facet Scheffer,Karin Corrêa
Carrieri,Maria Luiza
Albas,Avelino
Santos,Helaine Cristina Pires dos
Kotait,Ivanete
Ito,Fumio Honma
author_sort Scheffer,Karin Corrêa
title Vírus da raiva em quirópteros naturalmente infectados no Estado de São Paulo, Brasil
title_short Vírus da raiva em quirópteros naturalmente infectados no Estado de São Paulo, Brasil
title_full Vírus da raiva em quirópteros naturalmente infectados no Estado de São Paulo, Brasil
title_fullStr Vírus da raiva em quirópteros naturalmente infectados no Estado de São Paulo, Brasil
title_full_unstemmed Vírus da raiva em quirópteros naturalmente infectados no Estado de São Paulo, Brasil
title_sort vírus da raiva em quirópteros naturalmente infectados no estado de são paulo, brasil
description OBJETIVO: Identificar as espécies de morcegos envolvidas na manutenção do ciclo da raiva, verificar a distribuição do vírus da raiva em tecidos e órgãos de morcegos e os períodos de mortalidade dos camundongos inoculados. MÉTODOS: A positividade para o vírus da raiva foi avaliada por imunofluorescência direta em morcegos de municípios do Estado de São Paulo, de abril de 2002 a novembro de 2003. A distribuição do vírus nos morcegos foi avaliada pela inoculação de camundongos e infecção de células N2A, com suspensões a 20% preparadas a partir de fragmentos de diversos órgãos e tecidos, além de cérebro e glândula salivar. A mortalidade dos camundongos foi observada diariamente, após inoculação intracerebral. RESULTADOS: Dos 4.393 morcegos pesquisados, 1,9% foram positivos para o vírus da raiva, pertencentes a dez gêneros, com predomínio de insetívoros. A média do período máximo de mortalidade dos camundongos pós-inoculação a partir de cérebros e glândulas salivares de morcegos hematófagos foi de 15,33±2,08 dias e 11,33±2,30 dias; insetívoros, 16,45±4,48 dias e 18,91±6,12 dias; e frugívoros, 12,60±2,13 dias e 15,67±4,82 dias, respectivamente. CONCLUSÕES: As espécies infectadas com o vírus da raiva foram: Artibeus lituratus, Artibeus sp., Myotis nigricans, Myotis sp., Eptesicus sp., Lasiurus ega, Lasiurus cinereus, Nyctinomops laticaudatus, Tadarida brasiliensis, Histiotus velatus, Molossus rufus, Eumops sp. e Desmodus rotundus. A pesquisa de vírus em diferentes tecidos e órgãos mostrou-se que os mais apropriados para o isolamento foram cérebro e glândulas salivares.
publisher Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
publishDate 2007
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102007000300010
work_keys_str_mv AT schefferkarincorrea virusdaraivaemquiropterosnaturalmenteinfectadosnoestadodesaopaulobrasil
AT carrierimarialuiza virusdaraivaemquiropterosnaturalmenteinfectadosnoestadodesaopaulobrasil
AT albasavelino virusdaraivaemquiropterosnaturalmenteinfectadosnoestadodesaopaulobrasil
AT santoshelainecristinapiresdos virusdaraivaemquiropterosnaturalmenteinfectadosnoestadodesaopaulobrasil
AT kotaitivanete virusdaraivaemquiropterosnaturalmenteinfectadosnoestadodesaopaulobrasil
AT itofumiohonma virusdaraivaemquiropterosnaturalmenteinfectadosnoestadodesaopaulobrasil
_version_ 1756379146753146880