MULHERES JOVENS, “TETO DE VIDRO” E ESTRATÉGIAS PARA O ENFRENTAMENTO DE PAREDES DE CRISTAL
RESUMO Apesar de as desigualdades conhecidas como “teto de vidro” não serem um fenômeno recente na sociedade, as pesquisas abordando seus efeitos ainda o são. Estudos apontam que o interesse dos cientistas por esse tipo de desigualdade ganhou evidência a partir da década de 1990. Embora estejam em ascensão investigações sobre mulheres maduras nas organizações e entraves dos efeitos “teto de vidro”, ainda existe uma lacuna teórica sobre os obstáculos enfrentados por mulheres jovens, com idades entre 21 e 30 anos. A partir de uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com esse público, mostramos que os efeitos “teto de vidro” e "parede de cristal" podem ser sentidos ainda no início da carreira. As barreiras profissionais, como a falta de experiência, intensificam as desigualdades de gênero e discriminação por idade nos processos seletivos de estágio ou efetivação. Concluímos que as jovens adotam estratégias de credibilidade para lidar com essas dificuldades.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de S.Paulo
2022
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902022000600307 |
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Summary: | RESUMO Apesar de as desigualdades conhecidas como “teto de vidro” não serem um fenômeno recente na sociedade, as pesquisas abordando seus efeitos ainda o são. Estudos apontam que o interesse dos cientistas por esse tipo de desigualdade ganhou evidência a partir da década de 1990. Embora estejam em ascensão investigações sobre mulheres maduras nas organizações e entraves dos efeitos “teto de vidro”, ainda existe uma lacuna teórica sobre os obstáculos enfrentados por mulheres jovens, com idades entre 21 e 30 anos. A partir de uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com esse público, mostramos que os efeitos “teto de vidro” e "parede de cristal" podem ser sentidos ainda no início da carreira. As barreiras profissionais, como a falta de experiência, intensificam as desigualdades de gênero e discriminação por idade nos processos seletivos de estágio ou efetivação. Concluímos que as jovens adotam estratégias de credibilidade para lidar com essas dificuldades. |
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