A textualização de corpos doentes através de imagens: uma das lições da UTI contemporânea

Este artigo é parte de uma dissertação em que se discutiu o que chamamos de 'processo de ciborguização da enfermeira' no contexto da terapia intensiva. Para isso, buscamos apoio na teorização cultural e no trabalho de Donna Haraway e seu entendimento de ciborgue. Escolhemos como corpus de análise alguns manuais e protocolos assistenciais. Utilizamos a abordagem metodológica da análise cultural tal como esta vem sendo desenvolvida pelos Estudos Culturais que se aproximam do Pós-estruturalismo, para descrever e analisar a produção de imagens de corpos doentes e sua decodificação, através de um complexo sistema de monitoramento no qual se conectam, de diferentes modos e com diferentes efeitos, corpos doentes, máquinas e corpos de profissionais da enfermagem. Concluimos que é necessário e pertinente visualizar e problematizar toda essa rede de relações como instâncias de produção e disseminação de sentidos sobre o corpo, a vida e o cuidar em enfermagem.

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Bibliographic Details
Main Authors: Vargas,Mara Ambrosina de Oliveira, Meyer,Dagmar Estermann
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Enfermagem 2003
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672003000200012
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Summary:Este artigo é parte de uma dissertação em que se discutiu o que chamamos de 'processo de ciborguização da enfermeira' no contexto da terapia intensiva. Para isso, buscamos apoio na teorização cultural e no trabalho de Donna Haraway e seu entendimento de ciborgue. Escolhemos como corpus de análise alguns manuais e protocolos assistenciais. Utilizamos a abordagem metodológica da análise cultural tal como esta vem sendo desenvolvida pelos Estudos Culturais que se aproximam do Pós-estruturalismo, para descrever e analisar a produção de imagens de corpos doentes e sua decodificação, através de um complexo sistema de monitoramento no qual se conectam, de diferentes modos e com diferentes efeitos, corpos doentes, máquinas e corpos de profissionais da enfermagem. Concluimos que é necessário e pertinente visualizar e problematizar toda essa rede de relações como instâncias de produção e disseminação de sentidos sobre o corpo, a vida e o cuidar em enfermagem.