Exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Embora existam relatos negativos quanto aos efeitos da exposição prolongada a resíduos de gases anestésicos, há ainda muitas controvérsias. Dados contraditórios são encontrados na literatura, considerando-se a variabilidade nas respostas individuais a diferentes agentes. O objetivo deste trabalho foi apresentar revisão sobre a exposição ocupacional aos resíduos de gases anestésicos. CONTEÚDO: São discutidos os resultados dos principais artigos sobre o tema, assim como causas de contaminação do ambiente cirúrgico, ventilação, exaustão, monitoração e dosagem dos resíduos de gases anestésicos. É dada ênfase às recomendações para a minimização dos efeitos imputados aos agentes inalatórios. CONCLUSÕES: Mesmo nos trabalhos das forças-tarefas de renomadas instituições reguladoras internacionais nota-se certo grau de controvérsia sobre os efeitos da exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos. Observa-se estipulação de valores máximos para exposição ocupacional, porém com reconhecimento de que não existem indícios epidemiológicos de qualquer tipo de dano causado pela exposição a concentrações de gases anestésicos em locais onde as medidas-padrão de ventilação, exaustão e uso de equipamentos anestésicos estejam sendo observadas. No nosso meio essas medidas, na maioria das vezes, não são implementadas e quando o são, não corretamente fiscalizadas. Além disso, há que considerar diferenças entre as técnicas utilizadas e as condições de trabalho. Levando-se em conta a natureza multifatorial da exposição de profissionais da saúde, medidas devem ser tomadas para minimizar a exposição ocupacional aos agentes com conhecido ou provável potencial tóxico. A reivindicação por salas cirúrgicas mais bem equipadas, com sistemas de ventilação e exaustão adequados, bem como sua manutenção devem ser incentivadas.
Main Author: | |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
2009
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000100014 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
id |
oai:scielo:S0034-70942009000100014 |
---|---|
record_format |
ojs |
spelling |
oai:scielo:S0034-709420090001000142009-02-16Exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicosOliveira,Carlos Rogério Degrandi ANESTÉSICOS, Gasoso, Volátil COMPLICAÇÕES/contaminação COMPLICAÇÕES/poluição ambiental COMPLICAÇÕES/risco profissional JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Embora existam relatos negativos quanto aos efeitos da exposição prolongada a resíduos de gases anestésicos, há ainda muitas controvérsias. Dados contraditórios são encontrados na literatura, considerando-se a variabilidade nas respostas individuais a diferentes agentes. O objetivo deste trabalho foi apresentar revisão sobre a exposição ocupacional aos resíduos de gases anestésicos. CONTEÚDO: São discutidos os resultados dos principais artigos sobre o tema, assim como causas de contaminação do ambiente cirúrgico, ventilação, exaustão, monitoração e dosagem dos resíduos de gases anestésicos. É dada ênfase às recomendações para a minimização dos efeitos imputados aos agentes inalatórios. CONCLUSÕES: Mesmo nos trabalhos das forças-tarefas de renomadas instituições reguladoras internacionais nota-se certo grau de controvérsia sobre os efeitos da exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos. Observa-se estipulação de valores máximos para exposição ocupacional, porém com reconhecimento de que não existem indícios epidemiológicos de qualquer tipo de dano causado pela exposição a concentrações de gases anestésicos em locais onde as medidas-padrão de ventilação, exaustão e uso de equipamentos anestésicos estejam sendo observadas. No nosso meio essas medidas, na maioria das vezes, não são implementadas e quando o são, não corretamente fiscalizadas. Além disso, há que considerar diferenças entre as técnicas utilizadas e as condições de trabalho. Levando-se em conta a natureza multifatorial da exposição de profissionais da saúde, medidas devem ser tomadas para minimizar a exposição ocupacional aos agentes com conhecido ou provável potencial tóxico. A reivindicação por salas cirúrgicas mais bem equipadas, com sistemas de ventilação e exaustão adequados, bem como sua manutenção devem ser incentivadas.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de AnestesiologiaRevista Brasileira de Anestesiologia v.59 n.1 20092009-02-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000100014pt10.1590/S0034-70942009000100014 |
institution |
SCIELO |
collection |
OJS |
country |
Brasil |
countrycode |
BR |
component |
Revista |
access |
En linea |
databasecode |
rev-scielo-br |
tag |
revista |
region |
America del Sur |
libraryname |
SciELO |
language |
Portuguese |
format |
Digital |
author |
Oliveira,Carlos Rogério Degrandi |
spellingShingle |
Oliveira,Carlos Rogério Degrandi Exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos |
author_facet |
Oliveira,Carlos Rogério Degrandi |
author_sort |
Oliveira,Carlos Rogério Degrandi |
title |
Exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos |
title_short |
Exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos |
title_full |
Exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos |
title_fullStr |
Exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos |
title_full_unstemmed |
Exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos |
title_sort |
exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos |
description |
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Embora existam relatos negativos quanto aos efeitos da exposição prolongada a resíduos de gases anestésicos, há ainda muitas controvérsias. Dados contraditórios são encontrados na literatura, considerando-se a variabilidade nas respostas individuais a diferentes agentes. O objetivo deste trabalho foi apresentar revisão sobre a exposição ocupacional aos resíduos de gases anestésicos. CONTEÚDO: São discutidos os resultados dos principais artigos sobre o tema, assim como causas de contaminação do ambiente cirúrgico, ventilação, exaustão, monitoração e dosagem dos resíduos de gases anestésicos. É dada ênfase às recomendações para a minimização dos efeitos imputados aos agentes inalatórios. CONCLUSÕES: Mesmo nos trabalhos das forças-tarefas de renomadas instituições reguladoras internacionais nota-se certo grau de controvérsia sobre os efeitos da exposição ocupacional a resíduos de gases anestésicos. Observa-se estipulação de valores máximos para exposição ocupacional, porém com reconhecimento de que não existem indícios epidemiológicos de qualquer tipo de dano causado pela exposição a concentrações de gases anestésicos em locais onde as medidas-padrão de ventilação, exaustão e uso de equipamentos anestésicos estejam sendo observadas. No nosso meio essas medidas, na maioria das vezes, não são implementadas e quando o são, não corretamente fiscalizadas. Além disso, há que considerar diferenças entre as técnicas utilizadas e as condições de trabalho. Levando-se em conta a natureza multifatorial da exposição de profissionais da saúde, medidas devem ser tomadas para minimizar a exposição ocupacional aos agentes com conhecido ou provável potencial tóxico. A reivindicação por salas cirúrgicas mais bem equipadas, com sistemas de ventilação e exaustão adequados, bem como sua manutenção devem ser incentivadas. |
publisher |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia |
publishDate |
2009 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000100014 |
work_keys_str_mv |
AT oliveiracarlosrogeriodegrandi exposicaoocupacionalaresiduosdegasesanestesicos |
_version_ |
1756376236552093697 |