Bloqueio 3-em-1 prolongado versus analgesia sistêmica no tratamento da dor pós-operatória após a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio femoral contínuo (3-em-1) é usado para a analgesia pós-operatória de artroplastia de quadril e joelho com bons resultados, apresentando vantagens sobre outras técnicas de analgesia locorregional ou sistêmica e com baixa incidência de complicações. O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente a utilidade do bloqueio femoral contínuo em comparação com a analgesia por via venosa na reconstrução do ligamento cruzado anterior. MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo, controlado, com 60 pacientes com estado físico ASA I. Os paciente foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (n = 30): bloqueio femoral contínuo com infusão de bupivacaína e clonidina; Grupo 2 (n = 30): infusão por via venosa de cetoprofeno. A intervenção cirúrgica foi realizada sob raquianestesia e sedação. O tratamento da dor pós-operatória foi feito com analgesia controlada pelo paciente (PCA) usando morfina. A dor pós-operatória foi registrada 2, 4, 6, 24 e 36 horas após a intervenção cirúrgica usando a Escala Visual Analógica (VAS). O consumo de morfina, a satisfação dos pacientes e as complicações também foram registradas. RESULTADOS: No Grupo 1, o VAS pós-operatório entre 4 e 48 horas após a intervenção cirúrgica foi de 21 mm ± 2 e no Grupo 2 foi de 45 mm ± 4 (p < 0,001). O uso de morfina no período de 4 a 48 horas no Grupo 1 foi de 4,5 mg ± 1,5 e no Grupo 2 foi de 25,5 mg ± 3 (p < 0,001). No Grupo 1, 6,7% dos pacientes apresentaram náusea ou vômito no pós-operatório (NVPO) comparado com 20% no Grupo 2. CONCLUSÕES: O bloqueio 3-em-1 com bupivacaína e clonidina em infusão contínua forneceu analgesia mais eficaz, maior satisfação do paciente, reduziu o consumo de morfina por via venosa e apresentou menor incidência de NVPO do que a analgesia sistêmica.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Contreras-Domínguez,Víctor A., Carbonell-Bellolio,Paulina E., Ojeda-Greciet,Álvaro C., Sanzana,Edgardo S.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Anestesiologia 2007
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942007000300006
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S0034-70942007000300006
record_format ojs
spelling oai:scielo:S0034-709420070003000062007-05-10Bloqueio 3-em-1 prolongado versus analgesia sistêmica no tratamento da dor pós-operatória após a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelhoContreras-Domínguez,Víctor A.Carbonell-Bellolio,Paulina E.Ojeda-Greciet,Álvaro C.Sanzana,Edgardo S. ANALGESIA, Regional/bloqueio 3-em-1, sistêmica CIRURGIA, Ortopédica/reconstrução do ligamento cruzado anterior JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio femoral contínuo (3-em-1) é usado para a analgesia pós-operatória de artroplastia de quadril e joelho com bons resultados, apresentando vantagens sobre outras técnicas de analgesia locorregional ou sistêmica e com baixa incidência de complicações. O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente a utilidade do bloqueio femoral contínuo em comparação com a analgesia por via venosa na reconstrução do ligamento cruzado anterior. MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo, controlado, com 60 pacientes com estado físico ASA I. Os paciente foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (n = 30): bloqueio femoral contínuo com infusão de bupivacaína e clonidina; Grupo 2 (n = 30): infusão por via venosa de cetoprofeno. A intervenção cirúrgica foi realizada sob raquianestesia e sedação. O tratamento da dor pós-operatória foi feito com analgesia controlada pelo paciente (PCA) usando morfina. A dor pós-operatória foi registrada 2, 4, 6, 24 e 36 horas após a intervenção cirúrgica usando a Escala Visual Analógica (VAS). O consumo de morfina, a satisfação dos pacientes e as complicações também foram registradas. RESULTADOS: No Grupo 1, o VAS pós-operatório entre 4 e 48 horas após a intervenção cirúrgica foi de 21 mm ± 2 e no Grupo 2 foi de 45 mm ± 4 (p < 0,001). O uso de morfina no período de 4 a 48 horas no Grupo 1 foi de 4,5 mg ± 1,5 e no Grupo 2 foi de 25,5 mg ± 3 (p < 0,001). No Grupo 1, 6,7% dos pacientes apresentaram náusea ou vômito no pós-operatório (NVPO) comparado com 20% no Grupo 2. CONCLUSÕES: O bloqueio 3-em-1 com bupivacaína e clonidina em infusão contínua forneceu analgesia mais eficaz, maior satisfação do paciente, reduziu o consumo de morfina por via venosa e apresentou menor incidência de NVPO do que a analgesia sistêmica.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de AnestesiologiaRevista Brasileira de Anestesiologia v.57 n.3 20072007-06-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942007000300006pt10.1590/S0034-70942007000300006
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Contreras-Domínguez,Víctor A.
Carbonell-Bellolio,Paulina E.
Ojeda-Greciet,Álvaro C.
Sanzana,Edgardo S.
spellingShingle Contreras-Domínguez,Víctor A.
Carbonell-Bellolio,Paulina E.
Ojeda-Greciet,Álvaro C.
Sanzana,Edgardo S.
Bloqueio 3-em-1 prolongado versus analgesia sistêmica no tratamento da dor pós-operatória após a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho
author_facet Contreras-Domínguez,Víctor A.
Carbonell-Bellolio,Paulina E.
Ojeda-Greciet,Álvaro C.
Sanzana,Edgardo S.
author_sort Contreras-Domínguez,Víctor A.
title Bloqueio 3-em-1 prolongado versus analgesia sistêmica no tratamento da dor pós-operatória após a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho
title_short Bloqueio 3-em-1 prolongado versus analgesia sistêmica no tratamento da dor pós-operatória após a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho
title_full Bloqueio 3-em-1 prolongado versus analgesia sistêmica no tratamento da dor pós-operatória após a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho
title_fullStr Bloqueio 3-em-1 prolongado versus analgesia sistêmica no tratamento da dor pós-operatória após a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho
title_full_unstemmed Bloqueio 3-em-1 prolongado versus analgesia sistêmica no tratamento da dor pós-operatória após a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho
title_sort bloqueio 3-em-1 prolongado versus analgesia sistêmica no tratamento da dor pós-operatória após a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio femoral contínuo (3-em-1) é usado para a analgesia pós-operatória de artroplastia de quadril e joelho com bons resultados, apresentando vantagens sobre outras técnicas de analgesia locorregional ou sistêmica e com baixa incidência de complicações. O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente a utilidade do bloqueio femoral contínuo em comparação com a analgesia por via venosa na reconstrução do ligamento cruzado anterior. MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo, controlado, com 60 pacientes com estado físico ASA I. Os paciente foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (n = 30): bloqueio femoral contínuo com infusão de bupivacaína e clonidina; Grupo 2 (n = 30): infusão por via venosa de cetoprofeno. A intervenção cirúrgica foi realizada sob raquianestesia e sedação. O tratamento da dor pós-operatória foi feito com analgesia controlada pelo paciente (PCA) usando morfina. A dor pós-operatória foi registrada 2, 4, 6, 24 e 36 horas após a intervenção cirúrgica usando a Escala Visual Analógica (VAS). O consumo de morfina, a satisfação dos pacientes e as complicações também foram registradas. RESULTADOS: No Grupo 1, o VAS pós-operatório entre 4 e 48 horas após a intervenção cirúrgica foi de 21 mm ± 2 e no Grupo 2 foi de 45 mm ± 4 (p < 0,001). O uso de morfina no período de 4 a 48 horas no Grupo 1 foi de 4,5 mg ± 1,5 e no Grupo 2 foi de 25,5 mg ± 3 (p < 0,001). No Grupo 1, 6,7% dos pacientes apresentaram náusea ou vômito no pós-operatório (NVPO) comparado com 20% no Grupo 2. CONCLUSÕES: O bloqueio 3-em-1 com bupivacaína e clonidina em infusão contínua forneceu analgesia mais eficaz, maior satisfação do paciente, reduziu o consumo de morfina por via venosa e apresentou menor incidência de NVPO do que a analgesia sistêmica.
publisher Sociedade Brasileira de Anestesiologia
publishDate 2007
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942007000300006
work_keys_str_mv AT contrerasdominguezvictora bloqueio3em1prolongadoversusanalgesiasistemicanotratamentodadorposoperatoriaaposareconstrucaodoligamentocruzadoanteriordojoelho
AT carbonellbelloliopaulinae bloqueio3em1prolongadoversusanalgesiasistemicanotratamentodadorposoperatoriaaposareconstrucaodoligamentocruzadoanteriordojoelho
AT ojedagrecietalvaroc bloqueio3em1prolongadoversusanalgesiasistemicanotratamentodadorposoperatoriaaposareconstrucaodoligamentocruzadoanteriordojoelho
AT sanzanaedgardos bloqueio3em1prolongadoversusanalgesiasistemicanotratamentodadorposoperatoriaaposareconstrucaodoligamentocruzadoanteriordojoelho
_version_ 1756376215126540288