Capnografia volumétrica como meio de detectar obstrução pulmonar periférica precoce em pacientes com fibrose cística
OBJETIVO: Comparar a espirometria e a capnografia volumétrica (CapV) para determinar se os valores amostrados pela capnografia acrescentam informações sobre doenças pulmonares precoces em pacientes com fibrose cística (FC). MÉTODOS: Este foi um estudo do tipo corte transversal envolvendo pacientes com FC: Grupo I (42 pacientes, 6-12 anos de idade) e Grupo II (22 pacientes, 13-20 anos de idade). Os grupos controle correspondentes eram formados por 30 e 50 indivíduos saudáveis, respectivamente. A capacidade vital forçada (CVF), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a relação VEF1/CVF foram determinados pela espirometria. Através da CapV, medimos a saturação periférica de oxigênio (SpO2), a frequência respiratória (FR), o tempo inspiratório (TI), o tempo expiratório (TE) e o slope da fase III normalizado pelo volume corrente (slope da fase III/Vc). RESULTADOS: Em comparação com os grupos controle, todos os pacientes com FC apresentaram valores de slope da fase III/Vc (p < 0,001) mais altos independentemente do estágio de doença pulmonar. O slope da fase III/Vc foi significantemente mais alto nos 24 pacientes que tiveram resultados normais de espirometria (p = 0,018). Os pacientes do Grupo II apresentaram valores de CVF, VEF1, VEF1/CVF (p < 0,05) e SpO2 (p < 0,001) mais baixos que os pacientes do Grupo I. Os pacientes do Grupo II, comparados com os do Grupo Controle II, apresentaram FR (p < 0,001) mais alta e valores de TI e TE (p < 0,001) mais baixos. CONCLUSÕES: Todos os pacientes com FC mostraram ter valores mais altos de slope da fase III/Vc quando comparados com os pacientes dos grupos controle. A CapV identificou a heterogeneidade da distribuição da ventilação nas vias aéreas periféricas dos pacientes com FC que apresentaram espirometria normal.
Main Authors: | , , , , , , , , , |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Pediatria
2012
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572012000600011 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
id |
oai:scielo:S0021-75572012000600011 |
---|---|
record_format |
ojs |
spelling |
oai:scielo:S0021-755720120006000112015-07-07Capnografia volumétrica como meio de detectar obstrução pulmonar periférica precoce em pacientes com fibrose císticaRibeiro,Maria Ângela G. O.Silva,Marcos T. N.Ribeiro,José DirceuMoreira,Marcos M.Almeida,Celize C. B.Almeida-Junior,Armando A.Ribeiro,Antonio F.Pereira,Monica C.Hessel,GabrielPaschoal,Ilma A. Capnografia volumétrica fibrose cística espirometria OBJETIVO: Comparar a espirometria e a capnografia volumétrica (CapV) para determinar se os valores amostrados pela capnografia acrescentam informações sobre doenças pulmonares precoces em pacientes com fibrose cística (FC). MÉTODOS: Este foi um estudo do tipo corte transversal envolvendo pacientes com FC: Grupo I (42 pacientes, 6-12 anos de idade) e Grupo II (22 pacientes, 13-20 anos de idade). Os grupos controle correspondentes eram formados por 30 e 50 indivíduos saudáveis, respectivamente. A capacidade vital forçada (CVF), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a relação VEF1/CVF foram determinados pela espirometria. Através da CapV, medimos a saturação periférica de oxigênio (SpO2), a frequência respiratória (FR), o tempo inspiratório (TI), o tempo expiratório (TE) e o slope da fase III normalizado pelo volume corrente (slope da fase III/Vc). RESULTADOS: Em comparação com os grupos controle, todos os pacientes com FC apresentaram valores de slope da fase III/Vc (p < 0,001) mais altos independentemente do estágio de doença pulmonar. O slope da fase III/Vc foi significantemente mais alto nos 24 pacientes que tiveram resultados normais de espirometria (p = 0,018). Os pacientes do Grupo II apresentaram valores de CVF, VEF1, VEF1/CVF (p < 0,05) e SpO2 (p < 0,001) mais baixos que os pacientes do Grupo I. Os pacientes do Grupo II, comparados com os do Grupo Controle II, apresentaram FR (p < 0,001) mais alta e valores de TI e TE (p < 0,001) mais baixos. CONCLUSÕES: Todos os pacientes com FC mostraram ter valores mais altos de slope da fase III/Vc quando comparados com os pacientes dos grupos controle. A CapV identificou a heterogeneidade da distribuição da ventilação nas vias aéreas periféricas dos pacientes com FC que apresentaram espirometria normal.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de PediatriaJornal de Pediatria v.88 n.6 20122012-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572012000600011pt10.1590/S0021-75572012000600011 |
institution |
SCIELO |
collection |
OJS |
country |
Brasil |
countrycode |
BR |
component |
Revista |
access |
En linea |
databasecode |
rev-scielo-br |
tag |
revista |
region |
America del Sur |
libraryname |
SciELO |
language |
Portuguese |
format |
Digital |
author |
Ribeiro,Maria Ângela G. O. Silva,Marcos T. N. Ribeiro,José Dirceu Moreira,Marcos M. Almeida,Celize C. B. Almeida-Junior,Armando A. Ribeiro,Antonio F. Pereira,Monica C. Hessel,Gabriel Paschoal,Ilma A. |
spellingShingle |
Ribeiro,Maria Ângela G. O. Silva,Marcos T. N. Ribeiro,José Dirceu Moreira,Marcos M. Almeida,Celize C. B. Almeida-Junior,Armando A. Ribeiro,Antonio F. Pereira,Monica C. Hessel,Gabriel Paschoal,Ilma A. Capnografia volumétrica como meio de detectar obstrução pulmonar periférica precoce em pacientes com fibrose cística |
author_facet |
Ribeiro,Maria Ângela G. O. Silva,Marcos T. N. Ribeiro,José Dirceu Moreira,Marcos M. Almeida,Celize C. B. Almeida-Junior,Armando A. Ribeiro,Antonio F. Pereira,Monica C. Hessel,Gabriel Paschoal,Ilma A. |
author_sort |
Ribeiro,Maria Ângela G. O. |
title |
Capnografia volumétrica como meio de detectar obstrução pulmonar periférica precoce em pacientes com fibrose cística |
title_short |
Capnografia volumétrica como meio de detectar obstrução pulmonar periférica precoce em pacientes com fibrose cística |
title_full |
Capnografia volumétrica como meio de detectar obstrução pulmonar periférica precoce em pacientes com fibrose cística |
title_fullStr |
Capnografia volumétrica como meio de detectar obstrução pulmonar periférica precoce em pacientes com fibrose cística |
title_full_unstemmed |
Capnografia volumétrica como meio de detectar obstrução pulmonar periférica precoce em pacientes com fibrose cística |
title_sort |
capnografia volumétrica como meio de detectar obstrução pulmonar periférica precoce em pacientes com fibrose cística |
description |
OBJETIVO: Comparar a espirometria e a capnografia volumétrica (CapV) para determinar se os valores amostrados pela capnografia acrescentam informações sobre doenças pulmonares precoces em pacientes com fibrose cística (FC). MÉTODOS: Este foi um estudo do tipo corte transversal envolvendo pacientes com FC: Grupo I (42 pacientes, 6-12 anos de idade) e Grupo II (22 pacientes, 13-20 anos de idade). Os grupos controle correspondentes eram formados por 30 e 50 indivíduos saudáveis, respectivamente. A capacidade vital forçada (CVF), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a relação VEF1/CVF foram determinados pela espirometria. Através da CapV, medimos a saturação periférica de oxigênio (SpO2), a frequência respiratória (FR), o tempo inspiratório (TI), o tempo expiratório (TE) e o slope da fase III normalizado pelo volume corrente (slope da fase III/Vc). RESULTADOS: Em comparação com os grupos controle, todos os pacientes com FC apresentaram valores de slope da fase III/Vc (p < 0,001) mais altos independentemente do estágio de doença pulmonar. O slope da fase III/Vc foi significantemente mais alto nos 24 pacientes que tiveram resultados normais de espirometria (p = 0,018). Os pacientes do Grupo II apresentaram valores de CVF, VEF1, VEF1/CVF (p < 0,05) e SpO2 (p < 0,001) mais baixos que os pacientes do Grupo I. Os pacientes do Grupo II, comparados com os do Grupo Controle II, apresentaram FR (p < 0,001) mais alta e valores de TI e TE (p < 0,001) mais baixos. CONCLUSÕES: Todos os pacientes com FC mostraram ter valores mais altos de slope da fase III/Vc quando comparados com os pacientes dos grupos controle. A CapV identificou a heterogeneidade da distribuição da ventilação nas vias aéreas periféricas dos pacientes com FC que apresentaram espirometria normal. |
publisher |
Sociedade Brasileira de Pediatria |
publishDate |
2012 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572012000600011 |
work_keys_str_mv |
AT ribeiromariaangelago capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica AT silvamarcostn capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica AT ribeirojosedirceu capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica AT moreiramarcosm capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica AT almeidacelizecb capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica AT almeidajuniorarmandoa capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica AT ribeiroantoniof capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica AT pereiramonicac capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica AT hesselgabriel capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica AT paschoalilmaa capnografiavolumetricacomomeiodedetectarobstrucaopulmonarperifericaprecoceempacientescomfibrosecistica |
_version_ |
1756375872943685632 |