Preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta

OBJETIVO: Identificar preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta. PACIENTES E MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 53 crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta, sem antecedente de hemorragia digestiva ou tratamento de varizes esofágicas, com até 20 anos de idade. Dois grupos foram formados: grupo I (35 pacientes com hepatopatia crônica) e grupo II (18 com obstrução extra-hepática da veia porta). Foram realizados hemograma, razão normalizada internacional, albumina, bilirrubina total, ultrassonografia de abdome e endoscopia digestiva alta. O índice esplênico foi determinado dividindo a dimensão esplênica pelo valor do limite superior da normalidade. As variáveis foram comparadas quanto à presença ou não de varizes esofágicas através de análise univariada (testes qui-quadrado, exato de Fischer e de Wilcoxon) e multivariada (regressão logística). A acurácia foi determinada a partir da área sob a curva ROC. RESULTADOS: As varizes esofágicas foram observadas em 48,5% dos pacientes do grupo I e em 83,3% do grupo II. Plaquetopenia (p = 0,0015), esplenomegalia (p = 0,0003) e a razão plaquetas/índice esplênico (p = 0,0007) se mostraram indicadores preditivos de varizes esofágicas entre os pacientes do grupo I. Após análise multivariada, a plaquetopenia (odds ratio = 21,7) se manteve como um indicador independente da presença de varizes esofágicas entre os pacientes com hepatopatia crônica. CONCLUSÃO: O número de plaquetas, o índice esplênico e a razão plaquetas/índice esplênico se mostraram preditivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica. Não foram encontrados preditores de varizes esofágicas entre os pacientes com obstrução extra-hepática da veia porta.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Alcantara,Roberta V., Yamada,Roberto M., De Tommaso,Adriana M. A., Bellomo-Brandão,Maria Angela, Hessel,Gabriel
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Pediatria 2012
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572012000400011
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S0021-75572012000400011
record_format ojs
spelling oai:scielo:S0021-755720120004000112012-09-18Preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia portaAlcantara,Roberta V.Yamada,Roberto M.De Tommaso,Adriana M. A.Bellomo-Brandão,Maria AngelaHessel,Gabriel Varizes esofágicas obstrução extra-hepática da veia porta cirrose hipertensão portal criança adolescente OBJETIVO: Identificar preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta. PACIENTES E MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 53 crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta, sem antecedente de hemorragia digestiva ou tratamento de varizes esofágicas, com até 20 anos de idade. Dois grupos foram formados: grupo I (35 pacientes com hepatopatia crônica) e grupo II (18 com obstrução extra-hepática da veia porta). Foram realizados hemograma, razão normalizada internacional, albumina, bilirrubina total, ultrassonografia de abdome e endoscopia digestiva alta. O índice esplênico foi determinado dividindo a dimensão esplênica pelo valor do limite superior da normalidade. As variáveis foram comparadas quanto à presença ou não de varizes esofágicas através de análise univariada (testes qui-quadrado, exato de Fischer e de Wilcoxon) e multivariada (regressão logística). A acurácia foi determinada a partir da área sob a curva ROC. RESULTADOS: As varizes esofágicas foram observadas em 48,5% dos pacientes do grupo I e em 83,3% do grupo II. Plaquetopenia (p = 0,0015), esplenomegalia (p = 0,0003) e a razão plaquetas/índice esplênico (p = 0,0007) se mostraram indicadores preditivos de varizes esofágicas entre os pacientes do grupo I. Após análise multivariada, a plaquetopenia (odds ratio = 21,7) se manteve como um indicador independente da presença de varizes esofágicas entre os pacientes com hepatopatia crônica. CONCLUSÃO: O número de plaquetas, o índice esplênico e a razão plaquetas/índice esplênico se mostraram preditivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica. Não foram encontrados preditores de varizes esofágicas entre os pacientes com obstrução extra-hepática da veia porta.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de PediatriaJornal de Pediatria v.88 n.4 20122012-08-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572012000400011pt10.2223/JPED.2205
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Alcantara,Roberta V.
Yamada,Roberto M.
De Tommaso,Adriana M. A.
Bellomo-Brandão,Maria Angela
Hessel,Gabriel
spellingShingle Alcantara,Roberta V.
Yamada,Roberto M.
De Tommaso,Adriana M. A.
Bellomo-Brandão,Maria Angela
Hessel,Gabriel
Preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta
author_facet Alcantara,Roberta V.
Yamada,Roberto M.
De Tommaso,Adriana M. A.
Bellomo-Brandão,Maria Angela
Hessel,Gabriel
author_sort Alcantara,Roberta V.
title Preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta
title_short Preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta
title_full Preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta
title_fullStr Preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta
title_full_unstemmed Preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta
title_sort preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta
description OBJETIVO: Identificar preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta. PACIENTES E MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 53 crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou obstrução extra-hepática da veia porta, sem antecedente de hemorragia digestiva ou tratamento de varizes esofágicas, com até 20 anos de idade. Dois grupos foram formados: grupo I (35 pacientes com hepatopatia crônica) e grupo II (18 com obstrução extra-hepática da veia porta). Foram realizados hemograma, razão normalizada internacional, albumina, bilirrubina total, ultrassonografia de abdome e endoscopia digestiva alta. O índice esplênico foi determinado dividindo a dimensão esplênica pelo valor do limite superior da normalidade. As variáveis foram comparadas quanto à presença ou não de varizes esofágicas através de análise univariada (testes qui-quadrado, exato de Fischer e de Wilcoxon) e multivariada (regressão logística). A acurácia foi determinada a partir da área sob a curva ROC. RESULTADOS: As varizes esofágicas foram observadas em 48,5% dos pacientes do grupo I e em 83,3% do grupo II. Plaquetopenia (p = 0,0015), esplenomegalia (p = 0,0003) e a razão plaquetas/índice esplênico (p = 0,0007) se mostraram indicadores preditivos de varizes esofágicas entre os pacientes do grupo I. Após análise multivariada, a plaquetopenia (odds ratio = 21,7) se manteve como um indicador independente da presença de varizes esofágicas entre os pacientes com hepatopatia crônica. CONCLUSÃO: O número de plaquetas, o índice esplênico e a razão plaquetas/índice esplênico se mostraram preditivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica. Não foram encontrados preditores de varizes esofágicas entre os pacientes com obstrução extra-hepática da veia porta.
publisher Sociedade Brasileira de Pediatria
publishDate 2012
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572012000400011
work_keys_str_mv AT alcantararobertav preditoresnaoinvasivosdevarizesesofagicasemcriancaseadolescentescomhepatopatiacronicaouobstrucaoextrahepaticadaveiaporta
AT yamadarobertom preditoresnaoinvasivosdevarizesesofagicasemcriancaseadolescentescomhepatopatiacronicaouobstrucaoextrahepaticadaveiaporta
AT detommasoadrianama preditoresnaoinvasivosdevarizesesofagicasemcriancaseadolescentescomhepatopatiacronicaouobstrucaoextrahepaticadaveiaporta
AT bellomobrandaomariaangela preditoresnaoinvasivosdevarizesesofagicasemcriancaseadolescentescomhepatopatiacronicaouobstrucaoextrahepaticadaveiaporta
AT hesselgabriel preditoresnaoinvasivosdevarizesesofagicasemcriancaseadolescentescomhepatopatiacronicaouobstrucaoextrahepaticadaveiaporta
_version_ 1756375868508209152