Política de Cotas e Meritocracia: Uma Análise da Percepção de Professores Universitários
RESUMO As cotas completam 16 anos a partir das experiências nas universidades estaduais. Contudo, desde o seu início, intensos debates são registrados, cuja discussão perpassa os ideais de mérito e de igualdade de condições. Nesse contexto, o artigo tem por objetivo compreender sob a ótica do discurso de professores universitários como a justiça é manifesta nas ações afirmativas. Em termos metodológicos, recorreu-se a uma pesquisa qualitativa através de entrevistas com 26 docentes de uma instituição pública. Os resultados apontam que a maioria se aproxima de um discurso da meritocracia, todavia, sem negar a relevância das cotas. Observou-se também que, mesmo diante de dados já suficientes para a análise, os discursos se fundam em predições, sem, contudo, ilustrar experiências para a corroboração argumentativa. Em conclusão, coloca-se em evidência a importância da publicização de informações que qualifiquem o debate, já que se prevê para os próximos anos a revisão da ação afirmativa.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
2022
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582022000100203 |
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Summary: | RESUMO As cotas completam 16 anos a partir das experiências nas universidades estaduais. Contudo, desde o seu início, intensos debates são registrados, cuja discussão perpassa os ideais de mérito e de igualdade de condições. Nesse contexto, o artigo tem por objetivo compreender sob a ótica do discurso de professores universitários como a justiça é manifesta nas ações afirmativas. Em termos metodológicos, recorreu-se a uma pesquisa qualitativa através de entrevistas com 26 docentes de uma instituição pública. Os resultados apontam que a maioria se aproxima de um discurso da meritocracia, todavia, sem negar a relevância das cotas. Observou-se também que, mesmo diante de dados já suficientes para a análise, os discursos se fundam em predições, sem, contudo, ilustrar experiências para a corroboração argumentativa. Em conclusão, coloca-se em evidência a importância da publicização de informações que qualifiquem o debate, já que se prevê para os próximos anos a revisão da ação afirmativa. |
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