Neurocisticercose II: avaliação da terapêutica com praziquantel

São apresentados os resultados da utilização do praziquantel (PZQ) na terapêutica etiológica da neurocisticercose (NO. Este medicamento foi administrado a 45 pacientes (24 do sexo feminino e 21 do masculino) em doses crescentes de 10 a 50 mg/kg/dia na primeira semana, com manutenção desta última por mais duas semanas, preferencialmente naqueles apresentando lesões cisticas intraparenquimatosas na tomografia computadorizada do crânio. O tempo de seguimento variou de 8 meses a 4 anos e meio (mediana de 2,7 anos). Durante a administração do PZQ, 27 pacientes (60%) apresentaram reações colaterais, havendo necessidade da interrupção do tratamento em três deles. A descompensação da síndrome de hipertensão intracraniana ocorreu em dois casos (num deles fatal). A exacerbação da pleocitose ocorreu em 26 pacientes (57,7%). A avaliação da terapêutica com PZQ mostrou resultados de sucesso clínico-laboratorial inferiores aos da literatura. Foram discutidas as melhores indicações do PZQ, fundamentadas nas observações do presente material e de outros autores. Pelos riscos e pela falibilidade da terapêutica com o PZQ, a verdadeira solução da NC está no campo da prevenção da infestação.

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Bibliographic Details
Main Author: Takayanagui,Osvaldo M.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO 1990
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1990000100002
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spelling oai:scielo:S0004-282X19900001000022011-05-25Neurocisticercose II: avaliação da terapêutica com praziquantelTakayanagui,Osvaldo M.São apresentados os resultados da utilização do praziquantel (PZQ) na terapêutica etiológica da neurocisticercose (NO. Este medicamento foi administrado a 45 pacientes (24 do sexo feminino e 21 do masculino) em doses crescentes de 10 a 50 mg/kg/dia na primeira semana, com manutenção desta última por mais duas semanas, preferencialmente naqueles apresentando lesões cisticas intraparenquimatosas na tomografia computadorizada do crânio. O tempo de seguimento variou de 8 meses a 4 anos e meio (mediana de 2,7 anos). Durante a administração do PZQ, 27 pacientes (60%) apresentaram reações colaterais, havendo necessidade da interrupção do tratamento em três deles. A descompensação da síndrome de hipertensão intracraniana ocorreu em dois casos (num deles fatal). A exacerbação da pleocitose ocorreu em 26 pacientes (57,7%). A avaliação da terapêutica com PZQ mostrou resultados de sucesso clínico-laboratorial inferiores aos da literatura. Foram discutidas as melhores indicações do PZQ, fundamentadas nas observações do presente material e de outros autores. Pelos riscos e pela falibilidade da terapêutica com o PZQ, a verdadeira solução da NC está no campo da prevenção da infestação.info:eu-repo/semantics/openAccessAcademia Brasileira de Neurologia - ABNEUROArquivos de Neuro-Psiquiatria v.48 n.1 19901990-03-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1990000100002pt10.1590/S0004-282X1990000100002
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