Estudo da retina de coelhos após injeção intravítrea de bupivacaína
Objetivo: Avaliar alterações morfológicas causadas por injeção intravítrea de bupivacaína, anestésico local de ação prolongada muito utilizado em bloqueios regionais oculares, na retina de coelhos albinos. Métodos: A droga na concentração de 0,75% em 0,1 mL foi injetada na cavidade vítrea próximo a retina num olho, enquanto solução salina balanceada em igual volume foi injetada no olho contralateral (controle). Foram realizadas oftalmoscopias indiretas antes, durante, imediatamente após e nos períodos de 1h, 24h e 72h, microscopias de luz e eletrônica de transmissão em 24 e 72 horas depois da administração do anestésico. Resultados: No exame oftalmoscópico imediatamente após a injeção de bupivacaína, encontrou-se em todos os casos a retina com aspecto esbranquiçado próximo ao local da injeção, fenômeno atribuído à presença de depressão alastrante, também observada (com menor freqüência e intensidade) nos olhos do grupo controle. Outras alterações encontradas incluíram: edema de retina, 6 (60%); área de condensação vítrea, 5 (50%); e pulso arterial de papila, 2 (20%). Conclusões: Injeção intravítrea de bupivacaína em concentração de 0,75% (usada para anestesia local retrobulbar, peribulbar ou outra técnica em cirurgias oculares prolongadas) não desencadeou alterações morfológicas quando estudadas pela microscopia de luz; porém desencadeou alterações sugestivas de edema discreto nas células horizontais da retina de coelhos albinos, estudados com microscopia eletrônica de transmissão, nos períodos de 24 e 72 horas.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Conselho Brasileiro de Oftalmologia
2002
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oai:scielo:S0004-274920020004000112002-09-23Estudo da retina de coelhos após injeção intravítrea de bupivacaínaOliveira Neto,Hermelino Lopes deFarah,Michel EidSmith,Ricardo LuizMartins,Maria Cristina Retina Bupivacaína/efeitos adversos Bupivacaína/toxidade Toxidade de drogas Coelhos Objetivo: Avaliar alterações morfológicas causadas por injeção intravítrea de bupivacaína, anestésico local de ação prolongada muito utilizado em bloqueios regionais oculares, na retina de coelhos albinos. Métodos: A droga na concentração de 0,75% em 0,1 mL foi injetada na cavidade vítrea próximo a retina num olho, enquanto solução salina balanceada em igual volume foi injetada no olho contralateral (controle). Foram realizadas oftalmoscopias indiretas antes, durante, imediatamente após e nos períodos de 1h, 24h e 72h, microscopias de luz e eletrônica de transmissão em 24 e 72 horas depois da administração do anestésico. Resultados: No exame oftalmoscópico imediatamente após a injeção de bupivacaína, encontrou-se em todos os casos a retina com aspecto esbranquiçado próximo ao local da injeção, fenômeno atribuído à presença de depressão alastrante, também observada (com menor freqüência e intensidade) nos olhos do grupo controle. Outras alterações encontradas incluíram: edema de retina, 6 (60%); área de condensação vítrea, 5 (50%); e pulso arterial de papila, 2 (20%). Conclusões: Injeção intravítrea de bupivacaína em concentração de 0,75% (usada para anestesia local retrobulbar, peribulbar ou outra técnica em cirurgias oculares prolongadas) não desencadeou alterações morfológicas quando estudadas pela microscopia de luz; porém desencadeou alterações sugestivas de edema discreto nas células horizontais da retina de coelhos albinos, estudados com microscopia eletrônica de transmissão, nos períodos de 24 e 72 horas.info:eu-repo/semantics/openAccessConselho Brasileiro de OftalmologiaArquivos Brasileiros de Oftalmologia v.65 n.4 20022002-08-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492002000400011pt10.1590/S0004-27492002000400011 |
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