Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada - revisão de 89 casos
RESUMO Foram analisados em estudo retrospectivo 89 pacientes com hipótese diagnóstica de Síndrome de Vogt-Koyanag-Harada, com o objetivo de descrever e analisar suas manifestações clínicas e oculares. Sessenta e oito (76,4%) pacientes eram do sexo feminino e 21 (23,6%) do sexo masculino. A média de idade foi de 34 anos. Houve um predomínio da raça branca (59,6%). O envolvimento ocular foi bilateral em 100% dos casos. Doença do tipo I esteve presente em 25 pacientes (28,1%), tipo II em 36 (40,4%) e tipo III em 28 (31,5%). No tipo I encontramos uma menor incidência de manifestações neurológicas (p < 0,01). Dentre as manifestações extra-oculares a cefaléia (56,2%), zumbido (41,6%), hipoacusia (28,1%) e alopecia (27,0%) foram os mais citados. Os achados oculares mais freqüentes foram: "sunset glow fundus" (65,2%), nódulos de Dallen-Fuchs (49,4%), hiperemia de papila (48,3%), iridociclite granulomatosa (48,3%) e descolamento exsudativo de retina : (31,5%). Catarata (52,8%) e glaucoma: (270%) foram as complicações mais encontradas. Dos 18 pacientes que realizaram o exame do líquor, 10 (55,6%) apresentaram pleiocitose com linfocitose. A ultrassonografia ocular foi realizada em 30 pacientes e as principais alterações evidenciadas foram: membranas vítreas móveis e tênues, (43,3%), espessamento de parede (26,7%) e descolamento de retina (23,3%). 68,5% dos pacientes foram tratados com uma combinação de corticosteróides tópicos e sistêmicos.
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Conselho Brasileiro de Oftalmologia
1998
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27491998000300331 |
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Summary: | RESUMO Foram analisados em estudo retrospectivo 89 pacientes com hipótese diagnóstica de Síndrome de Vogt-Koyanag-Harada, com o objetivo de descrever e analisar suas manifestações clínicas e oculares. Sessenta e oito (76,4%) pacientes eram do sexo feminino e 21 (23,6%) do sexo masculino. A média de idade foi de 34 anos. Houve um predomínio da raça branca (59,6%). O envolvimento ocular foi bilateral em 100% dos casos. Doença do tipo I esteve presente em 25 pacientes (28,1%), tipo II em 36 (40,4%) e tipo III em 28 (31,5%). No tipo I encontramos uma menor incidência de manifestações neurológicas (p < 0,01). Dentre as manifestações extra-oculares a cefaléia (56,2%), zumbido (41,6%), hipoacusia (28,1%) e alopecia (27,0%) foram os mais citados. Os achados oculares mais freqüentes foram: "sunset glow fundus" (65,2%), nódulos de Dallen-Fuchs (49,4%), hiperemia de papila (48,3%), iridociclite granulomatosa (48,3%) e descolamento exsudativo de retina : (31,5%). Catarata (52,8%) e glaucoma: (270%) foram as complicações mais encontradas. Dos 18 pacientes que realizaram o exame do líquor, 10 (55,6%) apresentaram pleiocitose com linfocitose. A ultrassonografia ocular foi realizada em 30 pacientes e as principais alterações evidenciadas foram: membranas vítreas móveis e tênues, (43,3%), espessamento de parede (26,7%) e descolamento de retina (23,3%). 68,5% dos pacientes foram tratados com uma combinação de corticosteróides tópicos e sistêmicos. |
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