Análise ambiental e energética do tratamento de dejetos líquidos de suínos.

dejetos oriundos da atividade. O manejo adotado geralmente se resume ao armazenamento desses dejetos e posterior aplicação no solo sem um tratamento prévio; constituindo um fator de poluição ambiental. Dessa forma torna-se necessário a utilização de dispositivos que promovam a redução do potencial poluidor dos dejetos e o reaproveitamento integral desses resíduos como forma de resgate de parte da energia empregada no processo produtivo. Diante disso os objetivos desse trabalho foram avaliar a eficiência do sistema de lagoas de estabilização em série na redução do potencial poluidor dos dejetos líquidos de suínos em uma granja comercial em ciclo completo com 500 animais; com vistas ao seu reaproveitamento como biofertilizante e estimar a quantidade de energia para produção de suínos em ciclo completo e o balanço energético do sistema com reaproveitamento dos resíduos gerados como biofertilizante em área de pastagem. Foram coletadas amostras em diferentes pontos do sistema de tratamento e efetuadas as análises dos seguintes parâmetros: pH; Demanda bioquímica de oxigênio (DBO); Demanda química de oxigênio (DQO); Sólidos totais (ST); Sólidos totais fixos (STF); Sólidos totais voláteis (STV); Sólidos suspensos totais (SST); Sólidos suspensos fixos (SSF); Sólidos suspensos voláteis (SSV); Nitrogênio total (N-Total); Fósforo (P); Potássio (K); Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg). Quantificou-se o coeficiente energético de cada componente envolvido no processo produtivo de suínos terminados; tratamento dos resíduos e produção de pastagem de Brachiaria decumbens; nas formas de ração; trabalho humano; energia elétrica; máquinas e equipamentos; combustíveis e lubrificantes; instalações; produção de suínos vivos e produção de Brachiaria decumbens. A remoção da carga orgânica obtida pelo sistema de lagoas de estabilização em série foi de 84;38% da DBO e 85;27% para a DQO. A série de sólidos apresentou comportamento semelhante e os nutrientes N-Total; P; K; Ca e Mg foram removidos em 28;30; 63;46; 12;24; 42;84 e 74;95% respectivamente. O sistema foi eficiente na remoção da carga orgânica e o efluente tratado demonstrou características favoráveis ao seu reaproveitamento como biofertilizante. No sistema de produção de suínos avaliado; a quantidade média de energia para produzir 1 kg de suíno vivo foi de 53;35 MJ. De toda energia empregada no sistema 76;03% (1.067.106;07 MJ) se referem às entradas e 23;97% (331.400 MJ) as saídas; resultando em um coeficiente de eficiência energética de 0;31. A energia transformada em suínos para abate correspondeu a 55;58% (184.200 MJ) das saídas; ao passo que a pastagem de Brachiaria decumbens assumiu um valor de 44;42% (147.200 MJ) apontando que a utilização dos resíduos da cadeia suinícola promoveu renovação de energia; reduzindo os impactos ambientais e minimizando a importação de energia.

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Main Author: SOUZA, C. V. de.
Other Authors: Cássio Vinícius de Souza, Incaper.
Format: Dissertação biblioteca
Language:pt_BR
Published: Diamantina, MG : Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2009. 2009
Subjects:Suinocultura, Dejetos, Impactos Ambientais, Sustentabilidade, Brachiaria decumbens, Swine,
Online Access:http://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/handle/item/1000
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SOUZA, C. V. de.
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