Estrutura e diversidade florística de uma floresta secundária de Oratórios, Zona da Mata de Minas Gerais.

A paisagem do bioma Mata Atlântica é dominada por fragmentos isolados de vegetação secundária (capoeiras e capoeirões), em várias fases sucessionais, em meio a pastagens, lavouras anuais, reflorestamentos comerciais e centros urbanos e industriais. Esse modelo desordenado de ocupação espacial é responsável por grandes perdas de diversidade biológica em que pese o aumento da pressão fiscalizatória do poder público nas últimas duas décadas. A recuperação florestal do bioma depende de um maior conhecimento das espécies nativas o que faz das capoeiras um acervo vivo para gerar conhecimento de interesse por abrigarem populações arbóreas capazes de colonizar, de forma pioneira, sítios degradados. Nesse estudo são caracterizadas a composição e estrutura de um fragmento de vegetação secundária na Zona da Mata de Minas Gerais com cerca de 38 anos, desenvolvido em um Latossolo Vermelho Distrófico típico, textura argilosa, A moderado. Os resultados indicam estrutura típica de capoeira em estado sucessional relativamente jovem com o predomínio de árvores com DAP abaixo de 30cm, baixa diversidade de espécies arbóreas (H?= 2,38 nats), e o amplo domínio de Mabea fistulifera, sugerindo, dadas as condições locais de baixa fertilidade natural, um potencial de uso dessa Euphorbiaceae arbórea como pioneira para estudos de recomposição florestal no sudeste brasileiro.

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Bibliographic Details
Main Authors: LIMA, J. A. de S., KINDEL, A., CARMO, C. A. F. S. do, MOTTA, P. E. F. da
Other Authors: JORGE ARAUJO DE SOUSA LIMA, CNPS; ANDREIA KINDEL, FAPERJ; CIRÍACA ARCÂNGELA F. SANTANA DO CARMO, CNPS; PAULO EMILIO FERREIRA DA MOTTA, CNPS.
Format: Folhetos biblioteca
Language:pt_BR
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Published: 2003
Subjects:Floresta Atlântica, Fitossociologia, Biodiversidade, Capoeira,
Online Access:http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/338517
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Description
Summary:A paisagem do bioma Mata Atlântica é dominada por fragmentos isolados de vegetação secundária (capoeiras e capoeirões), em várias fases sucessionais, em meio a pastagens, lavouras anuais, reflorestamentos comerciais e centros urbanos e industriais. Esse modelo desordenado de ocupação espacial é responsável por grandes perdas de diversidade biológica em que pese o aumento da pressão fiscalizatória do poder público nas últimas duas décadas. A recuperação florestal do bioma depende de um maior conhecimento das espécies nativas o que faz das capoeiras um acervo vivo para gerar conhecimento de interesse por abrigarem populações arbóreas capazes de colonizar, de forma pioneira, sítios degradados. Nesse estudo são caracterizadas a composição e estrutura de um fragmento de vegetação secundária na Zona da Mata de Minas Gerais com cerca de 38 anos, desenvolvido em um Latossolo Vermelho Distrófico típico, textura argilosa, A moderado. Os resultados indicam estrutura típica de capoeira em estado sucessional relativamente jovem com o predomínio de árvores com DAP abaixo de 30cm, baixa diversidade de espécies arbóreas (H?= 2,38 nats), e o amplo domínio de Mabea fistulifera, sugerindo, dadas as condições locais de baixa fertilidade natural, um potencial de uso dessa Euphorbiaceae arbórea como pioneira para estudos de recomposição florestal no sudeste brasileiro.