Levantamento e caracterização de plantios comerciais de castanheira-do-brasil no estado de Mato Grosso, Brasil

A castanheira-do-brasil, Bertholletia excelsa Bonpl., é uma das maiores árvo¬res da floresta Amazônica e suas sementes são uns dos principais produtos coletados e vendidos por extrativistas (Camargo et al., 1994). Segundo a Produção... (2016), a castanha-do-brasil é o segundo produto flo¬restal não madeireiro alimentício de destaque de produção extrativista na re¬gião Norte do Brasil, com expressivos R$ 110,1 milhões em valor de produção extrativa não madeireira, ficando atrás apenas do açaí (Euterpe oleracea). O Estado do Amazonas, no ano de 2016, foi o principal produtor, com 14.945 toneladas, seguido pelo Acre (8.472 toneladas) e Pará (6.866 toneladas). Nos últimos dados fornecidos pelo IBGE, o Mato Grosso alcançava o quarto lugar, com 2.082 toneladas (Produção..., 2015). Em 2017, a castanha-do-brasil, considerada um dos produtos alimentícios com maior valor de produção, foi a que registrou maior queda na produção (queda no volume de extração de 24,4%, atingindo 26.191 toneladas). Essa queda na produção das florestas nativas, pelo segundo ano consecutivo (em 2016, a queda representou 14,7% da produção, comparado com 2015) foi possivelmente gerada pela alteração nos regimes hídricos da Região Amazônica, influenciando na produtividade dos castanhais. Com a queda na produção, ocorreu aumento nos preços pagos ao produtor, o que ameni¬zou a queda (5,4%) no valor da produção, que alcançou R$ 104,1 milhões (Produção..., 2017). As informações oficiais de produção de castanha-do-brasil referem-se à ativi¬dade extrativista de florestas nativas, visto que não há dados confiáveis sobre a produção de plantios comerciais da espécie. Esse sistema de produção extrativista é caracterizado pela baixa produtividade e qualidade das casta¬nhas, com consequente baixa remuneração ao produtor e baixa aceitação no mercado internacional. Aliado a isso, é importante considerar a sustentabili¬dade dessa cadeia, com a redução dos castanhais nativos devido à extração ilegal de madeira e à expansão das fronteiras agrícolas (Pimentel et al., 2007; Dassori, 2004).

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Bibliographic Details
Main Authors: BALDONI, A. B., ROELIS, R. V., TONINI, H., ROSSI, A. A. B.
Other Authors: AISY BOTEGA BALDONI TARDIN, CPAMT; BRUNO VINDILINO ROELIS, Escola Estadual Rodas dos Ventos, Sinop-MT; HELIO TONINI, CPPSUL; ANA APARECIDA BANDINI ROSSI, UNEMAT, Alta Floresta-MT.
Format: Livros biblioteca
Language:pt_BR
pt_BR
Published: 2019
Subjects:Produto florestal não madeireiro, Extrativismo vegetal, Mato Grosso, Cláudia-MT, Santa Carmem-MT, São José do Rio Claro-MT, Rosário Oeste-MT, Sinop-MT, Terra Nova do Norte-MT, Nova Bandeirantes-MT, Alta Floresta-MT, Juína-MT, Paranaíta-MT, Sistema integrado, Castanha do Para, Bertholletia Excelsa, Sistema de Produção,
Online Access:http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1116623
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spelling dig-infoteca-e-doc-11166232019-12-11T19:45:21Z Levantamento e caracterização de plantios comerciais de castanheira-do-brasil no estado de Mato Grosso, Brasil BALDONI, A. B. ROELIS, R. V. TONINI, H. ROSSI, A. A. B. AISY BOTEGA BALDONI TARDIN, CPAMT; BRUNO VINDILINO ROELIS, Escola Estadual Rodas dos Ventos, Sinop-MT; HELIO TONINI, CPPSUL; ANA APARECIDA BANDINI ROSSI, UNEMAT, Alta Floresta-MT. Produto florestal não madeireiro Extrativismo vegetal Mato Grosso Cláudia-MT Santa Carmem-MT São José do Rio Claro-MT Rosário Oeste-MT Sinop-MT Terra Nova do Norte-MT Nova Bandeirantes-MT Alta Floresta-MT Juína-MT Paranaíta-MT Sistema integrado Castanha do Para Bertholletia Excelsa Sistema de Produção A castanheira-do-brasil, Bertholletia excelsa Bonpl., é uma das maiores árvo¬res da floresta Amazônica e suas sementes são uns dos principais produtos coletados e vendidos por extrativistas (Camargo et al., 1994). Segundo a Produção... (2016), a castanha-do-brasil é o segundo produto flo¬restal não madeireiro alimentício de destaque de produção extrativista na re¬gião Norte do Brasil, com expressivos R$ 110,1 milhões em valor de produção extrativa não madeireira, ficando atrás apenas do açaí (Euterpe oleracea). O Estado do Amazonas, no ano de 2016, foi o principal produtor, com 14.945 toneladas, seguido pelo Acre (8.472 toneladas) e Pará (6.866 toneladas). Nos últimos dados fornecidos pelo IBGE, o Mato Grosso alcançava o quarto lugar, com 2.082 toneladas (Produção..., 2015). Em 2017, a castanha-do-brasil, considerada um dos produtos alimentícios com maior valor de produção, foi a que registrou maior queda na produção (queda no volume de extração de 24,4%, atingindo 26.191 toneladas). Essa queda na produção das florestas nativas, pelo segundo ano consecutivo (em 2016, a queda representou 14,7% da produção, comparado com 2015) foi possivelmente gerada pela alteração nos regimes hídricos da Região Amazônica, influenciando na produtividade dos castanhais. Com a queda na produção, ocorreu aumento nos preços pagos ao produtor, o que ameni¬zou a queda (5,4%) no valor da produção, que alcançou R$ 104,1 milhões (Produção..., 2017). As informações oficiais de produção de castanha-do-brasil referem-se à ativi¬dade extrativista de florestas nativas, visto que não há dados confiáveis sobre a produção de plantios comerciais da espécie. Esse sistema de produção extrativista é caracterizado pela baixa produtividade e qualidade das casta¬nhas, com consequente baixa remuneração ao produtor e baixa aceitação no mercado internacional. Aliado a isso, é importante considerar a sustentabili¬dade dessa cadeia, com a redução dos castanhais nativos devido à extração ilegal de madeira e à expansão das fronteiras agrícolas (Pimentel et al., 2007; Dassori, 2004). 2019-12-11T19:45:14Z 2019-12-11T19:45:14Z 2019-12-11 2019 2019-12-11T19:45:14Z Livros Sinop, MT: Embrapa Agrossilvipastoril, 2019. http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1116623 pt_BR pt_BR (Embrapa Agrossilvipastoril. Documentos, 8) openAccess
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