Controle de doenças.

É estimado que doenças, insetos e plantas invasoras possam reduzir a produção de 30 a 40% de todas as culturas produzidas no mundo, em média. As perdas são usualmente mais baixas nos países desenvolvidos e maiores nos países em desenvolvimento. Considerando -seque, do percentual acima, aproximadamente 15% estão comprometidos apenas pelas doenças de planta, o total de perdas anuais no mundo todo causadas por doenças sobre as culturas pode atingir cerca de 200 bilhões de dólares. A cultura da videira é uma das culturas com maiores pressões de infecção por patógenos fúngicos. Em regiões apresentando condições favoráveis, a proteção de cultivos e insumos pode beirar os 30% do custo de produção da uva. O manejo corrente de controle de doenças baseia-se no uso, muitas vezes indiscriminado, de defensivos químicos sobre culturas de base genética restrita. Esse quadro promove o surgimento de raças mais agressivas de patógenos, gerando um ciclo vicioso. Diante disso, alguns paradigmas vêm sendo quebrados tanto no cultivo da parreira quanto na agricultura em geral, visando à sustentabilidade e eficiência do manejo de doenças. A adoção de práticas de Manejo Integrado de Pragas e Doenças (IPM) está, cada vez mais, sendo levada em consideração. O emprego da associação de medidas culturais, o controle biológico e a resistência induzida, em complementação ao controle químico, são alvos constantes de debate e aceitação de mercado, tanto por necessidades crescentes de produzir de forma sustentável, como pela urgência em se diminuir a quantidade de contaminantes químicos nos produtos da videira, que foi recentemente classificada em 3º lugar na lista de culturas com maior índice de resíduos indesejáveis, de acordo com o relatório do PARA de 2009. Contudo, na cultura da videira, muita pesquisa ainda deve ser feita objetivando minimizar o uso de defensivos químicos, pois controles alternativos são escassos e os riscos são altos. Abaixo, são apresentadas, em breve relato, as doenças mais importantes da cultura da videira no Brasil, causadas, em sua grande maioria, por fungos fitopatogênicos. Cada item especificando uma doença é seguido de um breve comentário acerca do controle.

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Main Authors: CAVALCANTI, F. R., GARRIDO, L. da R.
Other Authors: FABIO ROSSI CAVALCANTI, CNPUV; LUCAS DA RESSURREICAO GARRIDO, CNPUV.
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2016
Subjects:Videira, Praga, Doenca de planta, Mildio,
Online Access:http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1060282
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spelling dig-infoteca-e-doc-10602822017-08-16T14:21:22Z Controle de doenças. CAVALCANTI, F. R. GARRIDO, L. da R. FABIO ROSSI CAVALCANTI, CNPUV; LUCAS DA RESSURREICAO GARRIDO, CNPUV. Videira Praga Doenca de planta Mildio É estimado que doenças, insetos e plantas invasoras possam reduzir a produção de 30 a 40% de todas as culturas produzidas no mundo, em média. As perdas são usualmente mais baixas nos países desenvolvidos e maiores nos países em desenvolvimento. Considerando -seque, do percentual acima, aproximadamente 15% estão comprometidos apenas pelas doenças de planta, o total de perdas anuais no mundo todo causadas por doenças sobre as culturas pode atingir cerca de 200 bilhões de dólares. A cultura da videira é uma das culturas com maiores pressões de infecção por patógenos fúngicos. Em regiões apresentando condições favoráveis, a proteção de cultivos e insumos pode beirar os 30% do custo de produção da uva. O manejo corrente de controle de doenças baseia-se no uso, muitas vezes indiscriminado, de defensivos químicos sobre culturas de base genética restrita. Esse quadro promove o surgimento de raças mais agressivas de patógenos, gerando um ciclo vicioso. Diante disso, alguns paradigmas vêm sendo quebrados tanto no cultivo da parreira quanto na agricultura em geral, visando à sustentabilidade e eficiência do manejo de doenças. A adoção de práticas de Manejo Integrado de Pragas e Doenças (IPM) está, cada vez mais, sendo levada em consideração. O emprego da associação de medidas culturais, o controle biológico e a resistência induzida, em complementação ao controle químico, são alvos constantes de debate e aceitação de mercado, tanto por necessidades crescentes de produzir de forma sustentável, como pela urgência em se diminuir a quantidade de contaminantes químicos nos produtos da videira, que foi recentemente classificada em 3º lugar na lista de culturas com maior índice de resíduos indesejáveis, de acordo com o relatório do PARA de 2009. Contudo, na cultura da videira, muita pesquisa ainda deve ser feita objetivando minimizar o uso de defensivos químicos, pois controles alternativos são escassos e os riscos são altos. Abaixo, são apresentadas, em breve relato, as doenças mais importantes da cultura da videira no Brasil, causadas, em sua grande maioria, por fungos fitopatogênicos. Cada item especificando uma doença é seguido de um breve comentário acerca do controle. 2017-01-10T11:11:11Z 2017-01-10T11:11:11Z 2017-01-10 2016 2017-01-10T11:11:11Z Parte de livro IN: GARRIDO, L. da R.; HOFFMANN, A.;SILVEIRA, S. V. da (Ed.). Produção integrada de uva para processamento: manejo de pragas e doenças. Brasília, DF: Embrapa, 2015. v. 4, cap. 2, p. 33-48. http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1060282 pt_BR por openAccess
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