Maior tempo de exposição à progesterona associado ao uso de agonista de GnRH na superovulação e produção de embriões ovinos.
Os programas de múltipla ovulação e transferência de embriões (MOTE) vêm evoluindo ao longo dos últimos anos, contudo ainda existe uma grande variabilidade na resposta superovulatória e produção embrionária que limita o sucesso desta tecnologia na ovinocultura. Um aumento da qualidade folicular e oocitária associado a uma maior controle do momento das múltiplas ovulações poderia ser benéfico para aumentar o número de embriões produzidos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da maior exposição à progesterona exógena, durante a superestimulação, associado ou não a adição de agonista de GnRH sobre a resposta superovulatória, produção e qualidade embrionária, usando sêmen congelado. Quarenta e oito fêmeas da raça Santa Inês, foram sincronizadas com a inserção de um implante intravaginal (CIDR). Os animais foram divididos aleatoriamente em três grupos experimentais: exposição à progesterona por 14 dias (Controle; n = 14); prolongamento de 12 horas na exposição à progesterona (G 12hP4; n = 21); e prolongamento de 12 horas associado a uma aplicação de 25 /ug de lecirelina (G12hP4GnRH; n = 13). Para superestimulação, 133 mg de pFSH foram administradas em doses decrescentes em 8 aplicações. A resposta superestimulatória e a quantidade de folículos grandes ainda não ovulados foram avaliadas por ultrassonografia (US), ao final do tratamento com FSH e 12 horas após a segunda inseminação artificial (IA), respectivamente. O estro foi detectado com auxílio de rufiões após a remoção do CIDR, e as inseminações foram realizadas 36 e 48 horas após a retirada do mesmo, usando sêmen congelado (100xl06 epz/dose). Cinco dias após a primeira inseminação, o número de corpos lúteos (CL) foi avaliado por laparoscopia e os embriões colhidos por laparotomia pré-púbica. A quantidade de ovelhas em estro e o tempo de início do estro após a remoção do dispositivo de progesterona foi semelhante entre os grupos (P>0,05). Todos os grupos tiveram uma elevada resposta superestimu1atória (médias variando de 14,33 a 16,18 folículos menor ou igual a 4 mm) (P>0,05). O número de CL foi elevado em todos os grupos (variação de 11 a 12) (P>0,05). O percentual de fertilização foi maior (P<0,05) no G12hP4GnRH do que no Controle e G12hP4 (77%, 34%, e 41 %, respectivamente). O maior tempo de exposição à progesterona reduziu (P<0,05) a proporção de embriões degenerados (Controle = 30%; G 12hP4 = 7% e GP12hP4GnRH = 10%). A associação do aumento da exposição à progesterona com administração de GnRH reduziu a degeneração embrionária e aumentou a fertilização dos oócitos, podendo ser adotada nos programas de MOTE.
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2014-08-18
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dig-alice-doc-9927822018-04-12T01:25:26Z Maior tempo de exposição à progesterona associado ao uso de agonista de GnRH na superovulação e produção de embriões ovinos. BRASIL, O. O. Produção embrionária Santa Inês Superestimulação FSH Os programas de múltipla ovulação e transferência de embriões (MOTE) vêm evoluindo ao longo dos últimos anos, contudo ainda existe uma grande variabilidade na resposta superovulatória e produção embrionária que limita o sucesso desta tecnologia na ovinocultura. Um aumento da qualidade folicular e oocitária associado a uma maior controle do momento das múltiplas ovulações poderia ser benéfico para aumentar o número de embriões produzidos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da maior exposição à progesterona exógena, durante a superestimulação, associado ou não a adição de agonista de GnRH sobre a resposta superovulatória, produção e qualidade embrionária, usando sêmen congelado. Quarenta e oito fêmeas da raça Santa Inês, foram sincronizadas com a inserção de um implante intravaginal (CIDR). Os animais foram divididos aleatoriamente em três grupos experimentais: exposição à progesterona por 14 dias (Controle; n = 14); prolongamento de 12 horas na exposição à progesterona (G 12hP4; n = 21); e prolongamento de 12 horas associado a uma aplicação de 25 /ug de lecirelina (G12hP4GnRH; n = 13). Para superestimulação, 133 mg de pFSH foram administradas em doses decrescentes em 8 aplicações. A resposta superestimulatória e a quantidade de folículos grandes ainda não ovulados foram avaliadas por ultrassonografia (US), ao final do tratamento com FSH e 12 horas após a segunda inseminação artificial (IA), respectivamente. O estro foi detectado com auxílio de rufiões após a remoção do CIDR, e as inseminações foram realizadas 36 e 48 horas após a retirada do mesmo, usando sêmen congelado (100xl06 epz/dose). Cinco dias após a primeira inseminação, o número de corpos lúteos (CL) foi avaliado por laparoscopia e os embriões colhidos por laparotomia pré-púbica. A quantidade de ovelhas em estro e o tempo de início do estro após a remoção do dispositivo de progesterona foi semelhante entre os grupos (P>0,05). Todos os grupos tiveram uma elevada resposta superestimu1atória (médias variando de 14,33 a 16,18 folículos menor ou igual a 4 mm) (P>0,05). O número de CL foi elevado em todos os grupos (variação de 11 a 12) (P>0,05). O percentual de fertilização foi maior (P<0,05) no G12hP4GnRH do que no Controle e G12hP4 (77%, 34%, e 41 %, respectivamente). O maior tempo de exposição à progesterona reduziu (P<0,05) a proporção de embriões degenerados (Controle = 30%; G 12hP4 = 7% e GP12hP4GnRH = 10%). A associação do aumento da exposição à progesterona com administração de GnRH reduziu a degeneração embrionária e aumentou a fertilização dos oócitos, podendo ser adotada nos programas de MOTE. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF. Orientador: Alexandre Floriani Ramos, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. 2018-04-12T01:25:18Z 2018-04-12T01:25:18Z 2014-08-18 2013 2018-04-12T01:25:18Z Teses 2013. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/992782 pt_BR por openAccess 52 f. |
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Os programas de múltipla ovulação e transferência de embriões (MOTE) vêm evoluindo ao longo dos últimos anos, contudo ainda existe uma grande variabilidade na resposta superovulatória e produção embrionária que limita o sucesso desta tecnologia na ovinocultura. Um aumento da qualidade folicular e oocitária associado a uma maior controle do momento das múltiplas ovulações poderia ser benéfico para aumentar o número de embriões produzidos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da maior exposição à progesterona exógena, durante a superestimulação, associado ou não a adição de agonista de GnRH sobre a resposta superovulatória, produção e qualidade embrionária, usando sêmen congelado. Quarenta e oito fêmeas da raça Santa Inês, foram sincronizadas com a inserção de um implante intravaginal (CIDR). Os animais foram divididos aleatoriamente em três grupos experimentais: exposição à progesterona por 14 dias (Controle; n = 14); prolongamento de 12 horas na exposição à progesterona (G 12hP4; n = 21); e prolongamento de 12 horas associado a uma aplicação de 25 /ug de lecirelina (G12hP4GnRH; n = 13). Para superestimulação, 133 mg de pFSH foram administradas em doses decrescentes em 8 aplicações. A resposta superestimulatória e a quantidade de folículos grandes ainda não ovulados foram avaliadas por ultrassonografia (US), ao final do tratamento com FSH e 12 horas após a segunda inseminação artificial (IA), respectivamente. O estro foi detectado com auxílio de rufiões após a remoção do CIDR, e as inseminações foram realizadas 36 e 48 horas após a retirada do mesmo, usando sêmen congelado (100xl06 epz/dose). Cinco dias após a primeira inseminação, o número de corpos lúteos (CL) foi avaliado por laparoscopia e os embriões colhidos por laparotomia pré-púbica. A quantidade de ovelhas em estro e o tempo de início do estro após a remoção do dispositivo de progesterona foi semelhante entre os grupos (P>0,05). Todos os grupos tiveram uma elevada resposta superestimu1atória (médias variando de 14,33 a 16,18 folículos menor ou igual a 4 mm) (P>0,05). O número de CL foi elevado em todos os grupos (variação de 11 a 12) (P>0,05). O percentual de fertilização foi maior (P<0,05) no G12hP4GnRH do que no Controle e G12hP4 (77%, 34%, e 41 %, respectivamente). O maior tempo de exposição à progesterona reduziu (P<0,05) a proporção de embriões degenerados (Controle = 30%; G 12hP4 = 7% e GP12hP4GnRH = 10%). A associação do aumento da exposição à progesterona com administração de GnRH reduziu a degeneração embrionária e aumentou a fertilização dos oócitos, podendo ser adotada nos programas de MOTE. |
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