Relação espaço temporal da cafeicultura com as áreas de preservação permanente na Região de Três Pontas, Minas Gerais.

As Áreas de Preservação Permanente são espaços protegidos cobertos ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geográfica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Desde a década de 70, com a expansão da cafeicultura em Minas Gerais, ocorreram inúmeras mudanças no uso e ocupação da terra. No cenário atual a cafeicultura corresponde a 70% da renda das propriedades rurais da região Sul do estado e região de Três Pontas tem sua economia baseada na produção de café. A expansão das fronteiras agrícolas devido à pressão econômica foi uma das grandes motivadoras da mudança no uso da terra e da substituição da vegetação natural, o que acarretou na supressão das áreas destinadas a preservação permanente. Neste intuito, este estudo objetivou delimitar e caracterizar as Áreas de Preservação Permanente de uma área piloto na região de Três Pontas, entre os anos de 1987 a 2010, utilizando geotecnologias, de forma a avaliar o impacto da cafeicultura sobre o ambiente da região. Para delimitar as áreas de preservação permanente, foi utilizada uma carta topográfica do IBGE e imagens do satélite Landsat 5, sensor TM. Foram utilizados os mapas de uso da terra de 1987 a 2010. A hidrografia da região foi obtida por meio da digitalização da carta topográfica. Foi realizado, na rede de drenagem, o levantamento espacial das áreas que deveriam estar preservadas, utilizando a relação de proximidade (buffer). Foi realizado o cruzamento da hidrografia com os mapas de uso da terra, para obtenção das áreas preservadas e não preservadas. Os resultados mostraram que o município apresentou um parque cafeeiro diversificado para todos os anos estudados. Em todos os anos de estudo foi observada uma preservação de mais de 50% das Áreas de Preservação Permanente, com exceção do ano de 2000 que apresentou 75% de áreas não preservadas. Da percentagem das Áreas de Preservação Permanente não preservadas, a cafeicultura ocupa cerca de 10%, o que mostra que esta cultura não é a grande responsável pela ocupação indevida dessas áreas. De qualquer forma, a avaliação mostra que a região não se adéqua às exigências do Código Florestal, uma vez que estas áreas deveriam ser integralmente preservadas.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: SOUZA, C. G., ALVES, H. M. R., VIEIRA, T. G. C., VOLPATO, M. M. L., ANDRADE, L. N. de, SOUZA, K. R.
Other Authors: CAROLINA GUSMÃO SOUZA, Bolsista Embrapa Café; HELENA MARIA RAMOS ALVES, SAPC; TATIANA GROSSI CHQUILOFF VIEIRA, EPAMIG; MARGARETE MARIN LORDELO VOLPATO, EPAMIG; LÍVIA NAIARA DE ANDRADE, Bolsista Embrapa Café; KATIANE RIBEIRO SOUZA, Bolsista Embrapa Café.
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2011-10-27T11:11:11Z
Subjects:Uso e ocupação da terra., Impacto Ambiental, Sensoriamento Remoto, Sistema de Informação Geográfica.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/904244
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id dig-alice-doc-904244
record_format koha
spelling dig-alice-doc-9042442017-08-16T00:15:31Z Relação espaço temporal da cafeicultura com as áreas de preservação permanente na Região de Três Pontas, Minas Gerais. SOUZA, C. G. ALVES, H. M. R. VIEIRA, T. G. C. VOLPATO, M. M. L. ANDRADE, L. N. de SOUZA, K. R. CAROLINA GUSMÃO SOUZA, Bolsista Embrapa Café; HELENA MARIA RAMOS ALVES, SAPC; TATIANA GROSSI CHQUILOFF VIEIRA, EPAMIG; MARGARETE MARIN LORDELO VOLPATO, EPAMIG; LÍVIA NAIARA DE ANDRADE, Bolsista Embrapa Café; KATIANE RIBEIRO SOUZA, Bolsista Embrapa Café. Uso e ocupação da terra. Impacto Ambiental Sensoriamento Remoto Sistema de Informação Geográfica. As Áreas de Preservação Permanente são espaços protegidos cobertos ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geográfica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Desde a década de 70, com a expansão da cafeicultura em Minas Gerais, ocorreram inúmeras mudanças no uso e ocupação da terra. No cenário atual a cafeicultura corresponde a 70% da renda das propriedades rurais da região Sul do estado e região de Três Pontas tem sua economia baseada na produção de café. A expansão das fronteiras agrícolas devido à pressão econômica foi uma das grandes motivadoras da mudança no uso da terra e da substituição da vegetação natural, o que acarretou na supressão das áreas destinadas a preservação permanente. Neste intuito, este estudo objetivou delimitar e caracterizar as Áreas de Preservação Permanente de uma área piloto na região de Três Pontas, entre os anos de 1987 a 2010, utilizando geotecnologias, de forma a avaliar o impacto da cafeicultura sobre o ambiente da região. Para delimitar as áreas de preservação permanente, foi utilizada uma carta topográfica do IBGE e imagens do satélite Landsat 5, sensor TM. Foram utilizados os mapas de uso da terra de 1987 a 2010. A hidrografia da região foi obtida por meio da digitalização da carta topográfica. Foi realizado, na rede de drenagem, o levantamento espacial das áreas que deveriam estar preservadas, utilizando a relação de proximidade (buffer). Foi realizado o cruzamento da hidrografia com os mapas de uso da terra, para obtenção das áreas preservadas e não preservadas. Os resultados mostraram que o município apresentou um parque cafeeiro diversificado para todos os anos estudados. Em todos os anos de estudo foi observada uma preservação de mais de 50% das Áreas de Preservação Permanente, com exceção do ano de 2000 que apresentou 75% de áreas não preservadas. Da percentagem das Áreas de Preservação Permanente não preservadas, a cafeicultura ocupa cerca de 10%, o que mostra que esta cultura não é a grande responsável pela ocupação indevida dessas áreas. De qualquer forma, a avaliação mostra que a região não se adéqua às exigências do Código Florestal, uma vez que estas áreas deveriam ser integralmente preservadas. 2011-10-27T11:11:11Z 2011-10-27T11:11:11Z 2011-10-27T11:11:11Z 2011-10-27T11:11:11Z 2011-10-27 2011 2014-10-07T11:11:11Z Anais e Proceedings de eventos In: SIMPÓSIO DE PESQUISA DOS CAFÉS DO BRASIL, 7., 2011, Araxá. Anais... Brasília, DF: Embrapa Café, 2011. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/904244 pt_BR por openAccess
institution EMBRAPA
collection DSpace
country Brasil
countrycode BR
component Bibliográfico
access En linea
databasecode dig-alice
tag biblioteca
region America del Sur
libraryname Sistema de bibliotecas de EMBRAPA
language pt_BR
por
topic Uso e ocupação da terra.
Impacto Ambiental
Sensoriamento Remoto
Sistema de Informação Geográfica.
Uso e ocupação da terra.
Impacto Ambiental
Sensoriamento Remoto
Sistema de Informação Geográfica.
spellingShingle Uso e ocupação da terra.
Impacto Ambiental
Sensoriamento Remoto
Sistema de Informação Geográfica.
Uso e ocupação da terra.
Impacto Ambiental
Sensoriamento Remoto
Sistema de Informação Geográfica.
SOUZA, C. G.
ALVES, H. M. R.
VIEIRA, T. G. C.
VOLPATO, M. M. L.
ANDRADE, L. N. de
SOUZA, K. R.
Relação espaço temporal da cafeicultura com as áreas de preservação permanente na Região de Três Pontas, Minas Gerais.
description As Áreas de Preservação Permanente são espaços protegidos cobertos ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geográfica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Desde a década de 70, com a expansão da cafeicultura em Minas Gerais, ocorreram inúmeras mudanças no uso e ocupação da terra. No cenário atual a cafeicultura corresponde a 70% da renda das propriedades rurais da região Sul do estado e região de Três Pontas tem sua economia baseada na produção de café. A expansão das fronteiras agrícolas devido à pressão econômica foi uma das grandes motivadoras da mudança no uso da terra e da substituição da vegetação natural, o que acarretou na supressão das áreas destinadas a preservação permanente. Neste intuito, este estudo objetivou delimitar e caracterizar as Áreas de Preservação Permanente de uma área piloto na região de Três Pontas, entre os anos de 1987 a 2010, utilizando geotecnologias, de forma a avaliar o impacto da cafeicultura sobre o ambiente da região. Para delimitar as áreas de preservação permanente, foi utilizada uma carta topográfica do IBGE e imagens do satélite Landsat 5, sensor TM. Foram utilizados os mapas de uso da terra de 1987 a 2010. A hidrografia da região foi obtida por meio da digitalização da carta topográfica. Foi realizado, na rede de drenagem, o levantamento espacial das áreas que deveriam estar preservadas, utilizando a relação de proximidade (buffer). Foi realizado o cruzamento da hidrografia com os mapas de uso da terra, para obtenção das áreas preservadas e não preservadas. Os resultados mostraram que o município apresentou um parque cafeeiro diversificado para todos os anos estudados. Em todos os anos de estudo foi observada uma preservação de mais de 50% das Áreas de Preservação Permanente, com exceção do ano de 2000 que apresentou 75% de áreas não preservadas. Da percentagem das Áreas de Preservação Permanente não preservadas, a cafeicultura ocupa cerca de 10%, o que mostra que esta cultura não é a grande responsável pela ocupação indevida dessas áreas. De qualquer forma, a avaliação mostra que a região não se adéqua às exigências do Código Florestal, uma vez que estas áreas deveriam ser integralmente preservadas.
author2 CAROLINA GUSMÃO SOUZA, Bolsista Embrapa Café; HELENA MARIA RAMOS ALVES, SAPC; TATIANA GROSSI CHQUILOFF VIEIRA, EPAMIG; MARGARETE MARIN LORDELO VOLPATO, EPAMIG; LÍVIA NAIARA DE ANDRADE, Bolsista Embrapa Café; KATIANE RIBEIRO SOUZA, Bolsista Embrapa Café.
author_facet CAROLINA GUSMÃO SOUZA, Bolsista Embrapa Café; HELENA MARIA RAMOS ALVES, SAPC; TATIANA GROSSI CHQUILOFF VIEIRA, EPAMIG; MARGARETE MARIN LORDELO VOLPATO, EPAMIG; LÍVIA NAIARA DE ANDRADE, Bolsista Embrapa Café; KATIANE RIBEIRO SOUZA, Bolsista Embrapa Café.
SOUZA, C. G.
ALVES, H. M. R.
VIEIRA, T. G. C.
VOLPATO, M. M. L.
ANDRADE, L. N. de
SOUZA, K. R.
format Anais e Proceedings de eventos
topic_facet Uso e ocupação da terra.
Impacto Ambiental
Sensoriamento Remoto
Sistema de Informação Geográfica.
author SOUZA, C. G.
ALVES, H. M. R.
VIEIRA, T. G. C.
VOLPATO, M. M. L.
ANDRADE, L. N. de
SOUZA, K. R.
author_sort SOUZA, C. G.
title Relação espaço temporal da cafeicultura com as áreas de preservação permanente na Região de Três Pontas, Minas Gerais.
title_short Relação espaço temporal da cafeicultura com as áreas de preservação permanente na Região de Três Pontas, Minas Gerais.
title_full Relação espaço temporal da cafeicultura com as áreas de preservação permanente na Região de Três Pontas, Minas Gerais.
title_fullStr Relação espaço temporal da cafeicultura com as áreas de preservação permanente na Região de Três Pontas, Minas Gerais.
title_full_unstemmed Relação espaço temporal da cafeicultura com as áreas de preservação permanente na Região de Três Pontas, Minas Gerais.
title_sort relação espaço temporal da cafeicultura com as áreas de preservação permanente na região de três pontas, minas gerais.
publishDate 2011-10-27T11:11:11Z
url http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/904244
work_keys_str_mv AT souzacg relacaoespacotemporaldacafeiculturacomasareasdepreservacaopermanentenaregiaodetrespontasminasgerais
AT alveshmr relacaoespacotemporaldacafeiculturacomasareasdepreservacaopermanentenaregiaodetrespontasminasgerais
AT vieiratgc relacaoespacotemporaldacafeiculturacomasareasdepreservacaopermanentenaregiaodetrespontasminasgerais
AT volpatomml relacaoespacotemporaldacafeiculturacomasareasdepreservacaopermanentenaregiaodetrespontasminasgerais
AT andradelnde relacaoespacotemporaldacafeiculturacomasareasdepreservacaopermanentenaregiaodetrespontasminasgerais
AT souzakr relacaoespacotemporaldacafeiculturacomasareasdepreservacaopermanentenaregiaodetrespontasminasgerais
_version_ 1756016090347995136