Pressão hidrostática: efeito na vitrificação, ultraestrutra e expressão gênica de embriões bovinos.
Apesar do enorme crescimento obtido pela técnica de produção in vitro de embriões nos últimos anos, uma limitação continua evidente, os embriões são mais susceptíveis à criopreservação que embriões produzidos in vivo. Pesquisadores buscam melhorar a qualidade do embrião produzido in vitro ou alterar os sistemas de criopreservação visando obter melhores resultados no procedimento de criopreservação. O presente trabalho teve como obj etivo definir os melhores parâmetros para o uso da pressão hidrostática como nova ferramenta no processo de criopreservação de embriões bovinos produzidos in vitro e avaliar ultraestruturalmente e pela análise de expressão gênica os efeitos causados pela pressão hidrostática e pelo procedimento de criopreservação nestes embriões. Os resultados indicaram que a pressurização de embriões a partir de 80 MPa passou a ser deletéria para o desenvolvimento embrionário. Mas o uso da pressão no nível de 60 MPa por 1 hora promoveu um incremento na taxa de eclosão dos embriões após a vitrificação comparado ao grupo apenas vitrificado (79% vs 66%). E que 1 hora após a pressurização seria o melhor momento para a vitrificação, com melhores taxas de re-expansão, eclosão (90% e 74%, respectivamente), maior velocidade de re-expansão após vitrificação/desvitrificação e maior abundância de transcritos do gene ERG 25 nesse momento comparados com grupo controle, imediatamente e 2 horas após a pressão. Ultraestruturalmente embriões submetidos a pressão apresentavam maior quantidade de microvilosidades e aumento de mitocôndrias tipo hooded que os embriões controle. No grupo de embriões vitrificados após a pressão observou-se uma maior quantidade de núcleos por área de MCl quando comparados ao grupo apenas vitrificado. Determinados níveis de tratamento com pressão hidrostática melhoraram a sobrevivência in vitro de embriões bovinos vitrificados. Células embrionárias reagem em resposta ao estresse, aumentando a expressão de genes específicos, como o ERG 25 e alterando sua ultraestrutura, o que pode promover uma maior resistência a outros processos estressantes, como a vitrificação.
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2011-05-02
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dig-alice-doc-8872982018-04-05T00:35:57Z Pressão hidrostática: efeito na vitrificação, ultraestrutra e expressão gênica de embriões bovinos. SIQUEIRA FILHO, E. de Vitrificação Embriões produzidos in vitro Pressão hidrostática Apesar do enorme crescimento obtido pela técnica de produção in vitro de embriões nos últimos anos, uma limitação continua evidente, os embriões são mais susceptíveis à criopreservação que embriões produzidos in vivo. Pesquisadores buscam melhorar a qualidade do embrião produzido in vitro ou alterar os sistemas de criopreservação visando obter melhores resultados no procedimento de criopreservação. O presente trabalho teve como obj etivo definir os melhores parâmetros para o uso da pressão hidrostática como nova ferramenta no processo de criopreservação de embriões bovinos produzidos in vitro e avaliar ultraestruturalmente e pela análise de expressão gênica os efeitos causados pela pressão hidrostática e pelo procedimento de criopreservação nestes embriões. Os resultados indicaram que a pressurização de embriões a partir de 80 MPa passou a ser deletéria para o desenvolvimento embrionário. Mas o uso da pressão no nível de 60 MPa por 1 hora promoveu um incremento na taxa de eclosão dos embriões após a vitrificação comparado ao grupo apenas vitrificado (79% vs 66%). E que 1 hora após a pressurização seria o melhor momento para a vitrificação, com melhores taxas de re-expansão, eclosão (90% e 74%, respectivamente), maior velocidade de re-expansão após vitrificação/desvitrificação e maior abundância de transcritos do gene ERG 25 nesse momento comparados com grupo controle, imediatamente e 2 horas após a pressão. Ultraestruturalmente embriões submetidos a pressão apresentavam maior quantidade de microvilosidades e aumento de mitocôndrias tipo hooded que os embriões controle. No grupo de embriões vitrificados após a pressão observou-se uma maior quantidade de núcleos por área de MCl quando comparados ao grupo apenas vitrificado. Determinados níveis de tratamento com pressão hidrostática melhoraram a sobrevivência in vitro de embriões bovinos vitrificados. Células embrionárias reagem em resposta ao estresse, aumentando a expressão de genes específicos, como o ERG 25 e alterando sua ultraestrutura, o que pode promover uma maior resistência a outros processos estressantes, como a vitrificação. Dissertação (Mestrado em Ciências Animais) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF. Orientador: Rodolfo Rumpt, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. 2018-04-05T00:35:51Z 2018-04-05T00:35:51Z 2011-05-02 2009 2018-04-05T00:35:51Z Teses 2009. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/887298 pt_BR por openAccess 98 f. |
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Apesar do enorme crescimento obtido pela técnica de produção in vitro de embriões nos últimos anos, uma limitação continua evidente, os embriões são mais susceptíveis à criopreservação que embriões produzidos in vivo. Pesquisadores buscam melhorar a qualidade do embrião produzido in vitro ou alterar os sistemas de criopreservação visando obter melhores resultados no procedimento de criopreservação. O presente trabalho teve como obj etivo definir os melhores parâmetros para o uso da pressão hidrostática como nova ferramenta no processo de criopreservação de embriões bovinos produzidos in vitro e avaliar ultraestruturalmente e pela análise de expressão gênica os efeitos causados pela pressão hidrostática e pelo procedimento de criopreservação nestes embriões. Os resultados indicaram que a pressurização de embriões a partir de 80 MPa passou a ser deletéria para o desenvolvimento embrionário. Mas o uso da pressão no nível de 60 MPa por 1 hora promoveu um incremento na taxa de eclosão dos embriões após a vitrificação comparado ao grupo apenas vitrificado (79% vs 66%). E que 1 hora após a pressurização seria o melhor momento para a vitrificação, com melhores taxas de re-expansão, eclosão (90% e 74%, respectivamente), maior velocidade de re-expansão após vitrificação/desvitrificação e maior abundância de transcritos do gene ERG 25 nesse momento comparados com grupo controle, imediatamente e 2 horas após a pressão. Ultraestruturalmente embriões submetidos a pressão apresentavam maior quantidade de microvilosidades e aumento de mitocôndrias tipo hooded que os embriões controle. No grupo de embriões vitrificados após a pressão observou-se uma maior quantidade de núcleos por área de MCl quando comparados ao grupo apenas vitrificado. Determinados níveis de tratamento com pressão hidrostática melhoraram a sobrevivência in vitro de embriões bovinos vitrificados. Células embrionárias reagem em resposta ao estresse, aumentando a expressão de genes específicos, como o ERG 25 e alterando sua ultraestrutura, o que pode promover uma maior resistência a outros processos estressantes, como a vitrificação. |
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