Peso ótimo de abate de machos não-castrados para produção do bovino jovem em confinamento.
Este estudo objetivou obter o peso ótimo de machos cruzados não-castrados, para abate aos 15-18 meses de idade, atendendo a padrões estabelecidos pela Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP) e também baseando-se no desempenho em confinamento. O trabalho foi desenvolvido na Embrapa Pecuária Sudeste, com 233 animais cruzados 3/8 Blonde d'Aquitaine + 5/8 Nelore e 1/2 Blonde d'Aquitaine + 1/2 Nelore (BN), 1/2 Canchim + 1/2 Nelore (CN), 1/2 Limousin +1/2 Nelore (LN) e 1/2 Piemontês +1/2 Nelore (PN) e puros Canchim (CA) e Nelore (NE), nos anos de 1994, 1995 e 1997, sendo que cada grupo genético (GG) participou em dois anos, exceto BN, que foram confinados nos três anos. Os animais CA e CN pertenciam à Embrapa Pecuária Sudeste, enquanto que os animais dos outros GG pertenciam a produtores particulares. As médias de peso vivo dos animais BN, CA, CN, LN, NE e PN no início do período pré-experimental foram 268; 267; 264; 267; 214 e 237 kg, e a média de idade de 12,5; 11,1; 10,9; 12,9; 11,8 e 13,2 meses, respectivamente. Lotes de seis animais de cada GG foram alocados nos tratamentos (TRAT) que são os pesos de abate de 400 (I), 440 (II) e 480 kg (III), exceto nos bovinos NE, em que foram de 380, 410 e 440 kg. Os animais receberam, à vontade, dieta com 13% de proteína bruta e 70% nutrientes digestíveis totais, à base de 50% de silagem de milho, 28,3% de milho em grão moído, 9,2% de farelo de soja, 10,8% de farelo de trigo, 0,7% de calcário calcítico e 1% de mistura mineralizada, na base seca, duas vezes ao dia. O peso vivo dos animais foi obtido após jejum de água e alimentos de 16 h. As médias de ganho de peso diário foram de 1,56; 1,49 e 1,44 kg para os TRAT I, II e III, respectivamente. Pode-se observar que houve redução gradativa de ganho de peso à medida que se elevou o peso de abate. Houve diferenças entre anos, grupos genéticos e não houve interação entre GG X TRAT para ganho de peso. As médias de período de confinamento foram 102; 127 e 146 dias, para os TRAT I, II e III, respectivamente. As médias dos consumos de matéria seca de alimentos foram 9,0; 9,0 e 9,2 kg/animal/dia para os TRAT I, II e III, respectivamente. Houve redução do consumo de matéria seca quando expresso em percentagem do peso vivo, sendo que os valores obtidos foram de 2,59 ; 2,49 e 2,45%, para os TRAT I, II e III, respectivamente. As médias da eficiência de conversão alimentar, expressa em quilograma de matéria seca consumida por quilograma de ganho de peso, foram de 5,95; 6,28 e 6,53 para os TRAT I, II e III, respectivamente. Observou-se redução gradativa de eficiência de conversão alimentar à medida que se aumentou o peso de abate. Concluiu-se que não se deve aumentar o período de confinamento (peso de abate) em razão do efeito negativo sobre a conversão alimentar.
Main Authors: | , , , |
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Other Authors: | |
Format: | Anais e Proceedings de eventos biblioteca |
Language: | pt_BR por |
Published: |
2000-06-12
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Subjects: | Bovino jovem., Abate, Confinamento, Gado de Corte, Peso., beef cattle, weight., |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/44882 |
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Summary: | Este estudo objetivou obter o peso ótimo de machos cruzados não-castrados, para abate aos 15-18 meses de idade, atendendo a padrões estabelecidos pela Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP) e também baseando-se no desempenho em confinamento. O trabalho foi desenvolvido na Embrapa Pecuária Sudeste, com 233 animais cruzados 3/8 Blonde d'Aquitaine + 5/8 Nelore e 1/2 Blonde d'Aquitaine + 1/2 Nelore (BN), 1/2 Canchim + 1/2 Nelore (CN), 1/2 Limousin +1/2 Nelore (LN) e 1/2 Piemontês +1/2 Nelore (PN) e puros Canchim (CA) e Nelore (NE), nos anos de 1994, 1995 e 1997, sendo que cada grupo genético (GG) participou em dois anos, exceto BN, que foram confinados nos três anos. Os animais CA e CN pertenciam à Embrapa Pecuária Sudeste, enquanto que os animais dos outros GG pertenciam a produtores particulares. As médias de peso vivo dos animais BN, CA, CN, LN, NE e PN no início do período pré-experimental foram 268; 267; 264; 267; 214 e 237 kg, e a média de idade de 12,5; 11,1; 10,9; 12,9; 11,8 e 13,2 meses, respectivamente. Lotes de seis animais de cada GG foram alocados nos tratamentos (TRAT) que são os pesos de abate de 400 (I), 440 (II) e 480 kg (III), exceto nos bovinos NE, em que foram de 380, 410 e 440 kg. Os animais receberam, à vontade, dieta com 13% de proteína bruta e 70% nutrientes digestíveis totais, à base de 50% de silagem de milho, 28,3% de milho em grão moído, 9,2% de farelo de soja, 10,8% de farelo de trigo, 0,7% de calcário calcítico e 1% de mistura mineralizada, na base seca, duas vezes ao dia. O peso vivo dos animais foi obtido após jejum de água e alimentos de 16 h. As médias de ganho de peso diário foram de 1,56; 1,49 e 1,44 kg para os TRAT I, II e III, respectivamente. Pode-se observar que houve redução gradativa de ganho de peso à medida que se elevou o peso de abate. Houve diferenças entre anos, grupos genéticos e não houve interação entre GG X TRAT para ganho de peso. As médias de período de confinamento foram 102; 127 e 146 dias, para os TRAT I, II e III, respectivamente. As médias dos consumos de matéria seca de alimentos foram 9,0; 9,0 e 9,2 kg/animal/dia para os TRAT I, II e III, respectivamente. Houve redução do consumo de matéria seca quando expresso em percentagem do peso vivo, sendo que os valores obtidos foram de 2,59 ; 2,49 e 2,45%, para os TRAT I, II e III, respectivamente. As médias da eficiência de conversão alimentar, expressa em quilograma de matéria seca consumida por quilograma de ganho de peso, foram de 5,95; 6,28 e 6,53 para os TRAT I, II e III, respectivamente. Observou-se redução gradativa de eficiência de conversão alimentar à medida que se aumentou o peso de abate. Concluiu-se que não se deve aumentar o período de confinamento (peso de abate) em razão do efeito negativo sobre a conversão alimentar. |
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