Erosão superficial em Argissolo amarelo sob cultivo perene e com pousio florestal em área de relevo montanhoso.

A Região Serrana Fluminense possui muitas nascentes de água com as maiores áreas de remanescentes da Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro. Para conciliar a preservação ambiental com a intensa produção de olerícolas nessa região de relevo montanhoso, é relevante conhecer e controlar a ação nociva da erosão. Este trabalho teve como objetivo estudar as perdas de solo por erosão superficial e suas componentes hidrológicas, em uma encosta com aproximadamente 65 cm m- 1 de declividade, em tratamentos sob cultivo de olerícolas em rotação, banana e deixada sob pousio florestal por três anos. O estudo foi realizado em uma microbacia no município de Bom Jardim, instalando-se quatro parcelas experimentais com 88,0 m² (4 x 22 m) de área cada uma, para o monitoramento de perdas de solo, escoamento superficial e dinâmica da água no solo. Foi feita a caracterização do solo, determinando-se características físicas, químicas e mineralógicas. Os resultados indicaram que as maiores perdas por erosão acumulada foram registradas no período de maior precipitação, entre setembro e março, correspondendo a aproximadamente 30 t ha-1 ano-1 no tratamento sob cultivo anual e em torno de 10 t ha-1 ano-1 no tratamento com pousio florestal ainda no primeiro ano de desenvolvimento. Os atributos do solo que melhor se correlacionaram com a erosão foram a textura e o índice de estabilidade dos agregados. Constatou-se que o tempo utilizado nos cultivos e pousios pode dificultar a manutenção dos recursos naturais nesses locais, comprometendo a estabilização dessas encostas e sua vegetação.

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Main Authors: MENDES, C. A., MAHLER, C. F., ANDRADE, A. G. de
Other Authors: CARLOS ANDRÉ RIBEIRO MENDES, UFRJ; CLAUDIO FERNANDO MAHLER, UFRJ; ALUISIO GRANATO DE ANDRADE, CNPS.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2021-10-08
Subjects:Perda de solo e água, Olerícolas, Atributos do solo, Agricultura em encosta,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1135212
https://doi.org/10.1590/S0100-06832011000400033
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spelling dig-alice-doc-11352122021-10-09T02:18:46Z Erosão superficial em Argissolo amarelo sob cultivo perene e com pousio florestal em área de relevo montanhoso. MENDES, C. A. MAHLER, C. F. ANDRADE, A. G. de CARLOS ANDRÉ RIBEIRO MENDES, UFRJ; CLAUDIO FERNANDO MAHLER, UFRJ; ALUISIO GRANATO DE ANDRADE, CNPS. Perda de solo e água Olerícolas Atributos do solo Agricultura em encosta A Região Serrana Fluminense possui muitas nascentes de água com as maiores áreas de remanescentes da Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro. Para conciliar a preservação ambiental com a intensa produção de olerícolas nessa região de relevo montanhoso, é relevante conhecer e controlar a ação nociva da erosão. Este trabalho teve como objetivo estudar as perdas de solo por erosão superficial e suas componentes hidrológicas, em uma encosta com aproximadamente 65 cm m- 1 de declividade, em tratamentos sob cultivo de olerícolas em rotação, banana e deixada sob pousio florestal por três anos. O estudo foi realizado em uma microbacia no município de Bom Jardim, instalando-se quatro parcelas experimentais com 88,0 m² (4 x 22 m) de área cada uma, para o monitoramento de perdas de solo, escoamento superficial e dinâmica da água no solo. Foi feita a caracterização do solo, determinando-se características físicas, químicas e mineralógicas. Os resultados indicaram que as maiores perdas por erosão acumulada foram registradas no período de maior precipitação, entre setembro e março, correspondendo a aproximadamente 30 t ha-1 ano-1 no tratamento sob cultivo anual e em torno de 10 t ha-1 ano-1 no tratamento com pousio florestal ainda no primeiro ano de desenvolvimento. Os atributos do solo que melhor se correlacionaram com a erosão foram a textura e o índice de estabilidade dos agregados. Constatou-se que o tempo utilizado nos cultivos e pousios pode dificultar a manutenção dos recursos naturais nesses locais, comprometendo a estabilização dessas encostas e sua vegetação. 2021-10-09T02:18:38Z 2021-10-09T02:18:38Z 2021-10-08 2011 Artigo de periódico Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 35, n. 4, p. 1387-1396, ago. 2011. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1135212 https://doi.org/10.1590/S0100-06832011000400033 Portugues pt_BR openAccess
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