Efeitos do estresse térmico na atividade da ruminação e na degradabilidade ruminal in situ em vacas leiteiras.

No presente estudo objetivou-se avaliar os efeitos do estresse térmico (ET) sobre: i) tempo e o padrão diário de ruminação e ii) degradabilidade ruminal in situ em vacas da raça Girolando não lactantes. Nove vacas, pesando 556,2 ± 97,1 kg, foram alojadas em uma câmara climática (índice de temperatura e umidade - ITU médio = 83,1) ou em um freestall (ITU médio = 66,5), distribuídas aleatoriamente em delineamento de crossover. As vacas foram alimentadas em nível de mantença com silagem de milho ad libitum e 1 kg de concentrado. Para medir a ruminação foram utilizados sensores presos ao pescoço dos animais. A degradabilidade ruminal in situ foi avaliada por incubação de amostras de concentrado, silagem e dieta no rúmen de uma vaca fistulada por 6, 24, 48 e 96 h. O tempo de ruminação (TR) foi afetado pelo ET (P<0,001) e pela hora do dia (P<0,001). O padrão de ruminação para vacas controle e em ET teve o primeiro pico aproximadamente às 04:00h e a magnitude desse pico no ET foi 22,9% menor que nos animais do controle. O segundo pico de TR ocorreu à noite (~ 20:00h), quando o TR no ET foi 27,8% menor. Observou-se a redução na degradabilidade da matéria seca (DMD) do concentrado (85,1% vs 77,8%, controle e ET, respectivamente; P<0,05) e também na fração de degradação lenta do concentrado (93,9% vs 85,1%, respectivamente; P<0,05). A DMD da dieta reduziu de 73% para 70% para os animais expostos ao ET. Os resultados indicam que o ET afetou negativamente o tempo de ruminação e a degradabilidade ruminal in situ em vacas Girolando.

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Bibliographic Details
Main Authors: COMINATO, V., ALBUQUERQUE, B. S. F., PEREIRA, B. P., RIBEIRO, A. K. do C., SOARES, G. O., PAIXÃO, R., MAIA, G. G., SIQUEIRA, L. G. B., CAMARGO, L. S. de A., PEREIRA, L. G. R., CAMPOS, M. M., TOMICH, T. R.
Other Authors: VANESSA COMINATO, Bolsista; BIANCA SOUZA FERREIRA ALBUQUERQUE, Bolsista; BÁRBARA PIRONE PEREIRA, Bolsista; ANA KEREN DO CARMO RIBEIRO, Bolsista; GABRIELLE OLIVEIRA SOARES, Bolsista; RAQUEL PAIXÃO, Bolsista; GILSON GONÇALVES MAIA, Universidade Federal Fluminense; LUIZ GUSTAVO BRUNO SIQUEIRA, CNPGL; LUIZ SERGIO DE ALMEIDA CAMARGO, CNPGL; LUIZ GUSTAVO RIBEIRO PEREIRA, CNPGL; MARIANA MAGALHAES CAMPOS, CNPGL; THIERRY RIBEIRO TOMICH, CNPGL.
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2021-09-16
Subjects:Câmara climática, Cinética ruminal, Sensor, Climate chamber, Bovino, Gado Leiteiro, Digestibilidade, Digestibility, Sensors (equipment),
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1134477
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Summary:No presente estudo objetivou-se avaliar os efeitos do estresse térmico (ET) sobre: i) tempo e o padrão diário de ruminação e ii) degradabilidade ruminal in situ em vacas da raça Girolando não lactantes. Nove vacas, pesando 556,2 ± 97,1 kg, foram alojadas em uma câmara climática (índice de temperatura e umidade - ITU médio = 83,1) ou em um freestall (ITU médio = 66,5), distribuídas aleatoriamente em delineamento de crossover. As vacas foram alimentadas em nível de mantença com silagem de milho ad libitum e 1 kg de concentrado. Para medir a ruminação foram utilizados sensores presos ao pescoço dos animais. A degradabilidade ruminal in situ foi avaliada por incubação de amostras de concentrado, silagem e dieta no rúmen de uma vaca fistulada por 6, 24, 48 e 96 h. O tempo de ruminação (TR) foi afetado pelo ET (P<0,001) e pela hora do dia (P<0,001). O padrão de ruminação para vacas controle e em ET teve o primeiro pico aproximadamente às 04:00h e a magnitude desse pico no ET foi 22,9% menor que nos animais do controle. O segundo pico de TR ocorreu à noite (~ 20:00h), quando o TR no ET foi 27,8% menor. Observou-se a redução na degradabilidade da matéria seca (DMD) do concentrado (85,1% vs 77,8%, controle e ET, respectivamente; P<0,05) e também na fração de degradação lenta do concentrado (93,9% vs 85,1%, respectivamente; P<0,05). A DMD da dieta reduziu de 73% para 70% para os animais expostos ao ET. Os resultados indicam que o ET afetou negativamente o tempo de ruminação e a degradabilidade ruminal in situ em vacas Girolando.