Inseticidas para controle do bicudo do algodeiro: eficiência, período residual e perdas por escorrimento.
RESUMO: O controle do bicudo do algodoeiro, principal praga desta cultura, deve ser feito aliando-se os métodos de controle cultural, comportamental e químico. Para o controle químico, há vários inseticidas registrados, entre eles alguns cuja eficiência vem sendo questionada pelos produtores no decorrer das últimas safras. Este trabalho teve como objetivo avaliar comparativamente a eficiência de controle, o poder residual e eventuais perdas por escorrimento de inseticidas utilizados para controlar o bicudo. Para tanto, aplicações de inseticidas comerciais em adultos foram efetuadas em Torre de Potter. Para avaliar o efeito de escorrimento por chuva foi aplicado volume de 1 mL.cm-2 em todos os tratamentos, três dias após a aplicação dos produtos, para simular precipitação pluvial de 10 mm. Cada repetição continha cinco insetos adultos que foram pulverizados aos 3 dias de emergência. Avaliações da mortalidade foram efetuadas aos 2, 4, 7 e 10 dias após a aplicação. Para avaliar o efeito residual, após cada avaliação os indivíduos expostos eram trocados por novos indivíduos. Foram considerados mortos os indivíduos que não reagiam a estímulo de calor. A eficiência de controle foi corrigida pela fórmula de Henderson-Tilton (1955). Em condições de ausência de escorrimento e lavagem de produtos, malathion e fipronil apresentaram eficiência de controle de 92 e 80%, até os 10 dias após a aplicação, respectivamente. A interferência da chuva simulada, após o efeito de knock-down, reduziu a eficiência destes dois produtos, que caiu para 54 e 49%, respectivamente. A eficiência de controle de lambda-cialotrina foi reduzida de 52 para 30% quando foi provocado o escorrimento do produto. Bifentrina apresentou eficiência de 55% de controle em 10 dias após a aplicação, que foi reduzida a 33% com a situação de chuva aos 3DAA. Etofenproxi e alfa-cipermetrina tiveram sua eficiência inferior a 50% mesmo na condição de ausência de chuva simulada.
Main Authors: | , , , |
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Other Authors: | |
Format: | Parte de livro biblioteca |
Language: | Portugues pt_BR |
Published: |
2021-05-20
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Subjects: | Algodão, Bicudo, Gossypium Hirsutum, Inseticida, Cotton, Acute toxicity, Gossypium, Insecticides, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1131918 |
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Summary: | RESUMO: O controle do bicudo do algodoeiro, principal praga desta cultura, deve ser feito aliando-se os métodos de controle cultural, comportamental e químico. Para o controle químico, há vários inseticidas registrados, entre eles alguns cuja eficiência vem sendo questionada pelos produtores no decorrer das últimas safras. Este trabalho teve como objetivo avaliar comparativamente a eficiência de controle, o poder residual e eventuais perdas por escorrimento de inseticidas utilizados para controlar o bicudo. Para tanto, aplicações de inseticidas comerciais em adultos foram efetuadas em Torre de Potter. Para avaliar o efeito de escorrimento por chuva foi aplicado volume de 1 mL.cm-2 em todos os tratamentos, três dias após a aplicação dos produtos, para simular precipitação pluvial de 10 mm. Cada repetição continha cinco insetos adultos que foram pulverizados aos 3 dias de emergência. Avaliações da mortalidade foram efetuadas aos 2, 4, 7 e 10 dias após a aplicação. Para avaliar o efeito residual, após cada avaliação os indivíduos expostos eram trocados por novos indivíduos. Foram considerados mortos os indivíduos que não reagiam a estímulo de calor. A eficiência de controle foi corrigida pela fórmula de Henderson-Tilton (1955). Em condições de ausência de escorrimento e lavagem de produtos, malathion e fipronil apresentaram eficiência de controle de 92 e 80%, até os 10 dias após a aplicação, respectivamente. A interferência da chuva simulada, após o efeito de knock-down, reduziu a eficiência destes dois produtos, que caiu para 54 e 49%, respectivamente. A eficiência de controle de lambda-cialotrina foi reduzida de 52 para 30% quando foi provocado o escorrimento do produto. Bifentrina apresentou eficiência de 55% de controle em 10 dias após a aplicação, que foi reduzida a 33% com a situação de chuva aos 3DAA. Etofenproxi e alfa-cipermetrina tiveram sua eficiência inferior a 50% mesmo na condição de ausência de chuva simulada. |
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