Desempenho agronômico do milho safrinha em resposta a doses de nitrogênio combinadas com inoculante biológico em Mato Grosso.

O alto preço do adubo nitrogenado é um fator agravante para o custo de produção do milho safrinha e seu uso pode acarretar impactos negativos ao ambiente. Bactérias diazotróficas possuem a capacidade se associarem com diferentes espécies vegetais e fornecer nitrogênio fixado do ar. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico de milho safrinha inoculado com Azospirillum brasilense e cultivado com doses de nitrogênio no estado de Mato Grosso. O experimento foi dimensionado e reproduzido a campo com seis tratamentos: 42 kg N ha-1 com inoculante; 31,5 kg N ha-1 com inoculante; 21 kg N ha-1 com inoculante; 0 kg de N com inoculante; 0 kg de N sem inoculante; 42 kg N ha-1 sem inoculante. O inoculante testado continha duas estirpes de A. brasilense. Foram avaliadas nove variáveis após a colheita e os dados foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis (p ≤ 0,01). As variáveis produtividade, número de fileiras de grãos por espiga, número de grãos por fileira, diâmetro de espiga, peso da espiga e peso do sabugo responderam positivamente a inoculação em conjunto com 42 Kg de N. As variáveis massa de mil grãos, peso da palha e diâmetro do sabugo não variaram de acordo com os tratamentos. A produtividade nos tratamentos com inoculante suplementados com doses de N reduzidas foi igual a maior dose de N sem inoculante. Esses resultados indicaram que a aplicação de inoculantes com doses de nitrogênio reduzidas pode ser uma alternativa para a redução do uso de adubo nitrogenado sem redução da produtividade de milho na safrinha naquelas condições edafoclimáticas e pacote tecnológico em Mato Grosso