Pegada de carbono e hidríca do cultivo de coco em sistemas de produção convencional no nordeste brasileiro.
A produção de coco na região Nordeste foi o equivalente a 74% da produção nacional em 2017, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portanto, considerando à importância econômica da cultura para a região e as alterações ambientais promovidas pelas atividades agrícolas, objetiva-se neste trabalho avaliar e comparar as pegadas de carbono e hídrica do coco verde produzido nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará e Sergipe. As pegadas foram calculadas com base nas normas ISO 14067 (pegada de carbono), ISO 14046 (pegada hídrica) e seguindo as etapas de um estudo de avaliação do ciclo de vida, conforme as normas ISO 14040 e 14044. Os dados coletados se referem a um pomar de coqueiros-anões cultivado por 17 anos e adotou-se como unidade funcional 1m3 de água de coco in natura produzida em um ano médio. As categorias de impactos consideradas nos estudos das pegadas e seus métodos de avaliação foram: i) para a pegada de carbono avaliou-se os impactos nas mudanças climáticas (IPCC); ii) para pegada hídrica, avaliaram-se a escassez hídrica (AWARE), toxicidade humana, câncer, não-câncer e ecotoxicidade em águas doces (USEtox), eutrofização marinha e de águas doces (ReCiPe midpoint). Observou-se que a fazenda de Alagoas obteve a menor pegada de carbono e hídrica. Já a fazenda do Ceará apresentou a pior pegada de carbono e hídrica em relação as outras fazendas avaliadas, devido a menor quantidade de água utilizada na irrigação e menor produção de água de coco in natura por hectare. Por fim, esse trabalho apontou a necessidade de se buscar melhorias para o sistema de produção do coco no Nordeste. Considerando os resultados da identificação dos processos críticos e a análise de cenários, tanto para a pegada de carbono como hídrica, sugere-se que a fertilização seja realizada de modo eficiente, de acordo com o recomendado e a necessidade da cultura; além da possível ampliação do período de cultivo para 30 anos, com o objetivo de se reduzir os impactos das pegadas ambientais e garantir a produtividade e sustentabilidade da cultura do coco.
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2019-11-22
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dig-alice-doc-11149232019-11-22T18:22:45Z Pegada de carbono e hidríca do cultivo de coco em sistemas de produção convencional no nordeste brasileiro. SAMPAIO, A. P. C. Ana Paula Coelho Sampaio, Universidade Federal do Ceará - UFC. Produção de coco Mudanças climáticas Escassez hídrica Toxicidade Eutrofização Coco Carbono Eutrophication Toxicity A produção de coco na região Nordeste foi o equivalente a 74% da produção nacional em 2017, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portanto, considerando à importância econômica da cultura para a região e as alterações ambientais promovidas pelas atividades agrícolas, objetiva-se neste trabalho avaliar e comparar as pegadas de carbono e hídrica do coco verde produzido nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará e Sergipe. As pegadas foram calculadas com base nas normas ISO 14067 (pegada de carbono), ISO 14046 (pegada hídrica) e seguindo as etapas de um estudo de avaliação do ciclo de vida, conforme as normas ISO 14040 e 14044. Os dados coletados se referem a um pomar de coqueiros-anões cultivado por 17 anos e adotou-se como unidade funcional 1m3 de água de coco in natura produzida em um ano médio. As categorias de impactos consideradas nos estudos das pegadas e seus métodos de avaliação foram: i) para a pegada de carbono avaliou-se os impactos nas mudanças climáticas (IPCC); ii) para pegada hídrica, avaliaram-se a escassez hídrica (AWARE), toxicidade humana, câncer, não-câncer e ecotoxicidade em águas doces (USEtox), eutrofização marinha e de águas doces (ReCiPe midpoint). Observou-se que a fazenda de Alagoas obteve a menor pegada de carbono e hídrica. Já a fazenda do Ceará apresentou a pior pegada de carbono e hídrica em relação as outras fazendas avaliadas, devido a menor quantidade de água utilizada na irrigação e menor produção de água de coco in natura por hectare. Por fim, esse trabalho apontou a necessidade de se buscar melhorias para o sistema de produção do coco no Nordeste. Considerando os resultados da identificação dos processos críticos e a análise de cenários, tanto para a pegada de carbono como hídrica, sugere-se que a fertilização seja realizada de modo eficiente, de acordo com o recomendado e a necessidade da cultura; além da possível ampliação do período de cultivo para 30 anos, com o objetivo de se reduzir os impactos das pegadas ambientais e garantir a produtividade e sustentabilidade da cultura do coco. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. Orientadora: Profª. Drª. Marta Celina Linhares Sales. Coorientadora: Profª. Drª. Maria Cléa Brito de Figueirêdo. 2019-11-22T18:22:37Z 2019-11-22T18:22:37Z 2019-11-22 2019 2019-11-22T18:22:37Z Teses 2019 http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1114923 pt_BR pt_BR openAccess 124p. |
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A produção de coco na região Nordeste foi o equivalente a 74% da produção nacional em 2017, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portanto, considerando à importância econômica da cultura para a região e as alterações ambientais promovidas pelas atividades agrícolas, objetiva-se neste trabalho avaliar e comparar as pegadas de carbono e hídrica do coco verde produzido nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará e Sergipe. As pegadas foram calculadas com base nas normas ISO 14067 (pegada de carbono), ISO 14046 (pegada hídrica) e seguindo as etapas de um estudo de avaliação do ciclo de vida, conforme as normas ISO 14040 e 14044. Os dados coletados se referem a um pomar de coqueiros-anões cultivado por 17 anos e adotou-se como unidade funcional 1m3 de água de coco in natura produzida em um ano médio. As categorias de impactos consideradas nos estudos das pegadas e seus métodos de avaliação foram: i) para a pegada de carbono avaliou-se os impactos nas mudanças climáticas (IPCC); ii) para pegada hídrica, avaliaram-se a escassez hídrica (AWARE), toxicidade humana, câncer, não-câncer e ecotoxicidade em águas doces (USEtox), eutrofização marinha e de águas doces (ReCiPe midpoint). Observou-se que a fazenda de Alagoas obteve a menor pegada de carbono e hídrica. Já a fazenda do Ceará apresentou a pior pegada de carbono e hídrica em relação as outras fazendas avaliadas, devido a menor quantidade de água utilizada na irrigação e menor produção de água de coco in natura por hectare. Por fim, esse trabalho apontou a necessidade de se buscar melhorias para o sistema de produção do coco no Nordeste. Considerando os resultados da identificação dos processos críticos e a análise de cenários, tanto para a pegada de carbono como hídrica, sugere-se que a fertilização seja realizada de modo eficiente, de acordo com o recomendado e a necessidade da cultura; além da possível ampliação do período de cultivo para 30 anos, com o objetivo de se reduzir os impactos das pegadas ambientais e garantir a produtividade e sustentabilidade da cultura do coco. |
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