Transferência de tecnologia em piscicultura em Mato Grosso.
A atuação da Embrapa Agrossilvipastoril em Transferência de Tecnologia (TT) em piscicultura, iniciou-se em 2011, em um contexto em que o Mato Grosso se projetava como um dos principais produtores de peixes do Brasil (Brasil, 2013). Neste mesmo tempo, já estava disponível a informação divulgada pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer) de que a maior parte (cerca de 74 %) dos mais de 188 mil estabelecimentos rurais de Mato Grosso eram de pequeno porte, distribuídos entre agricultores tradicionais e assentados. Apesar da expressividade destes números, via de regra, o nível tecnológico desses pequenos produtores é baixo, por não conseguem acessar as informações que compõem o arcabouço tecnológico da produção de peixes de maneira tecnificada. Isto ocorre tanto por desconhecerem que estas informações existem, quanto por não conseguirem compreender a linguagem usada nos manuais e outras publicações técnicas sobre o assunto. Como resultado, os pequenos piscicultores incorriam e ainda incorrem em práticas equivocadas que comprometem o desempenho zootécnico dos peixes, não permitindo a regularidade e o volume de produção necessários para atrair as empresas que processam pescado. Em casos mais graves, tais práticas podem levar até à mortalidade de lotes inteiros de animais. Outro problema que aflige a atividade em Mato Grosso, é a e carência de agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) (Barros et al., 2010). Percebendo a importância da piscicultura para o agronegócio do estado, em especial da pequena propriedade, a Empaer identificou a necessidade de reforçar o conhecimento técnico do seu quadro de extensionistas no campo da piscicultura. Essa necessidade partiu da constatação de que sendo a piscicultura uma das atividades agropecuárias de mais recente implantação (e de acentuado crescimento) no estado, o número de técnicos que detinham conhecimento básico sobre o tema era insuficiente para a demanda que se apresentava. Estes fatores compuseram o cenário no qual percebeu-se a oportunidade de implementação de ações de TT em piscicultura no estado de Mato Grosso. Em novembro de 2011 formou-se o Grupo Gestor da Cadeia Produtiva da Piscicultura, que atualmente é formado pela Embrapa Agrossilvipastoril, Senar-AR/MT, UFMT, Imea, Empaer e Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf), desde então a Embrapa Agrossilvipastoril em conjunto com diferentes instituições parceiras do estado, tem executado ações de TT em piscicultura, inicialmente com o projeto do Macro Programa 4 (MP4) intitulado ?Capacitação continuada de técnicos multiplicadores I em piscicultura em Mato Grosso? que se encerrou em 2016.
Main Author: | |
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Other Authors: | |
Format: | Parte de livro biblioteca |
Language: | pt_BR pt_BR |
Published: |
2019-01-15
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Subjects: | Capacitacao continuada, Mato Grosso, Sinop-MT, Sorriso-MT, Nova Mutum-MT, Varzea Grande-MT, Guranta do Norte-MT, Poxoreu-MT, Alta Floresta-MT, Porto dos Gauhos-MT, Lucas do Rio Verde-MT., Transferência de Tecnologia, Capacitação, Piscicultura, Cadeia Produtiva, Assistência Técnica, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1104138 |
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Summary: | A atuação da Embrapa Agrossilvipastoril em Transferência de Tecnologia (TT) em piscicultura, iniciou-se em 2011, em um contexto em que o Mato Grosso se projetava como um dos principais produtores de peixes do Brasil (Brasil, 2013). Neste mesmo tempo, já estava disponível a informação divulgada pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer) de que a maior parte (cerca de 74 %) dos mais de 188 mil estabelecimentos rurais de Mato Grosso eram de pequeno porte, distribuídos entre agricultores tradicionais e assentados. Apesar da expressividade destes números, via de regra, o nível tecnológico desses pequenos produtores é baixo, por não conseguem acessar as informações que compõem o arcabouço tecnológico da produção de peixes de maneira tecnificada. Isto ocorre tanto por desconhecerem que estas informações existem, quanto por não conseguirem compreender a linguagem usada nos manuais e outras publicações técnicas sobre o assunto. Como resultado, os pequenos piscicultores incorriam e ainda incorrem em práticas equivocadas que comprometem o desempenho zootécnico dos peixes, não permitindo a regularidade e o volume de produção necessários para atrair as empresas que processam pescado. Em casos mais graves, tais práticas podem levar até à mortalidade de lotes inteiros de animais. Outro problema que aflige a atividade em Mato Grosso, é a e carência de agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) (Barros et al., 2010). Percebendo a importância da piscicultura para o agronegócio do estado, em especial da pequena propriedade, a Empaer identificou a necessidade de reforçar o conhecimento técnico do seu quadro de extensionistas no campo da piscicultura. Essa necessidade partiu da constatação de que sendo a piscicultura uma das atividades agropecuárias de mais recente implantação (e de acentuado crescimento) no estado, o número de técnicos que detinham conhecimento básico sobre o tema era insuficiente para a demanda que se apresentava. Estes fatores compuseram o cenário no qual percebeu-se a oportunidade de implementação de ações de TT em piscicultura no estado de Mato Grosso. Em novembro de 2011 formou-se o Grupo Gestor da Cadeia Produtiva da Piscicultura, que atualmente é formado pela Embrapa Agrossilvipastoril, Senar-AR/MT, UFMT, Imea, Empaer e Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf), desde então a Embrapa Agrossilvipastoril em conjunto com diferentes instituições parceiras do estado, tem executado ações de TT em piscicultura, inicialmente com o projeto do Macro Programa 4 (MP4) intitulado ?Capacitação continuada de técnicos multiplicadores I em piscicultura em Mato Grosso? que se encerrou em 2016. |
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