Determinar os melhores fungicidas e/ou programas de fungicidas para o controle da mancha de ramulária (Ramularia areola) do algodoeiro no estado de Mato Grosso.
O Cerrado brasileiro é o maior produtor de algodão do Brasil devido à implantação da colheita mecanizada, à maior utilização de reguladores de crescimento e ao investimento em qualidade de fibra, proporcionando o cultivo do algodoeiro em extensas áreas. Apesar de toda essa tecnologia, a elevação nos níveis de incidência e severidade das doenças, em diversas lavouras no Cerrado, tem causado perdas econômicas expressivos à cultura. O acúmulo de inóculo de patógenos nessas áreas favorece tanto o desenvolvimento das doenças do algodoeiro quanto a sua proliferação para áreas vizinhas. Dentre essas doenças, destaca-se a mancha de ramulária, causada pelo fungo Ramularia areola Atk, uma das principais doenças que incidem sobre a cultura do algodoeiro no Cerrado brasileiro. Esse fato deve-se principalmente ao cultivo repetitivo da cultura em uma mesma área agrícola e, provavelmente, o sistema de manejo do solo, resultando em maior utilização de defensivos químicos, perdas expressivas na produção e, consequentemente, menor preservação do meio ambiente, além de grandes perdas econômicas aos produtores. O nível de severidade e o controle químico da mancha de ramulária continuam sendo um dos principais problemas e desafios no manejo da cultura no Cerrado. No controle das doenças associadas à cultura do algodoeiro, o emprego de possíveis combinações de fungicidas representa importante estratégia a ser adotada no manejo de fungos (Brent, 1995; Lopes et al., 2017), que poderá minimizar os riscos do surgimento de estirpes de R. areola e outros patógenos resistentes. Perdas econômicas e resistência de R. areola devido a utilização contínua de um mesmo fungicida durante várias safras já foi relatado em Campo Verde, MT safra 2003/2004 (Chitarra et al., 2005). No médio norte do Estado de Mato Grosso são realizadas de 4 a 6 pulverizações com fungicidas em cultivares suscetíveis para o controle da doença. Os programas de fungicidas atualmente disponíveis no mercado estão sendo, por enquanto, eficazes no controle da doença quando comparados com a testemunha, sem fungicidas (Chitarra et al., (2012; 2013); França et al. (2013); Chitarra (2016); Chitarra; Filipiake (2017)). Atualmente existem noventa e seis fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle da mancha de ramulária (Brasil, 2018).
Main Authors: | , |
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Other Authors: | |
Format: | Parte de livro biblioteca |
Language: | pt_BR pt_BR |
Published: |
2019-01-14
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Subjects: | Macha de ramularia, Ramularia areola, Mato Grosso, Sinop-MT, Fungicida, Algodão, Safra., |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1104014 |
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Summary: | O Cerrado brasileiro é o maior produtor de algodão do Brasil devido à implantação da colheita mecanizada, à maior utilização de reguladores de crescimento e ao investimento em qualidade de fibra, proporcionando o cultivo do algodoeiro em extensas áreas. Apesar de toda essa tecnologia, a elevação nos níveis de incidência e severidade das doenças, em diversas lavouras no Cerrado, tem causado perdas econômicas expressivos à cultura. O acúmulo de inóculo de patógenos nessas áreas favorece tanto o desenvolvimento das doenças do algodoeiro quanto a sua proliferação para áreas vizinhas. Dentre essas doenças, destaca-se a mancha de ramulária, causada pelo fungo Ramularia areola Atk, uma das principais doenças que incidem sobre a cultura do algodoeiro no Cerrado brasileiro. Esse fato deve-se principalmente ao cultivo repetitivo da cultura em uma mesma área agrícola e, provavelmente, o sistema de manejo do solo, resultando em maior utilização de defensivos químicos, perdas expressivas na produção e, consequentemente, menor preservação do meio ambiente, além de grandes perdas econômicas aos produtores. O nível de severidade e o controle químico da mancha de ramulária continuam sendo um dos principais problemas e desafios no manejo da cultura no Cerrado. No controle das doenças associadas à cultura do algodoeiro, o emprego de possíveis combinações de fungicidas representa importante estratégia a ser adotada no manejo de fungos (Brent, 1995; Lopes et al., 2017), que poderá minimizar os riscos do surgimento de estirpes de R. areola e outros patógenos resistentes. Perdas econômicas e resistência de R. areola devido a utilização contínua de um mesmo fungicida durante várias safras já foi relatado em Campo Verde, MT safra 2003/2004 (Chitarra et al., 2005). No médio norte do Estado de Mato Grosso são realizadas de 4 a 6 pulverizações com fungicidas em cultivares suscetíveis para o controle da doença. Os programas de fungicidas atualmente disponíveis no mercado estão sendo, por enquanto, eficazes no controle da doença quando comparados com a testemunha, sem fungicidas (Chitarra et al., (2012; 2013); França et al. (2013); Chitarra (2016); Chitarra; Filipiake (2017)). Atualmente existem noventa e seis fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle da mancha de ramulária (Brasil, 2018). |
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